Continue reclamando e me diga então o que mudou…


O quanto você se coloca na mão das pessoas?

O quanto permites que as coisas externas te influenciem, definindo teus passos?

Deveríamos nos amar a tal ponto de não nos colocarmos nas mãos dos outros

E por quantas vezes culpabilizamos o outro…

O namorado/ namorada pela insegurança, pelo medo do abandono;

Culpamos nossos pais pelos traumas infantis e pelo comodismo;

Culpamos nossos chefes pela desvalorização no trabalho ou pelo aumento que não vem;

Culpamos a inflação causada pela corrupção;

Culpamos o outro pelo transito parado;

Afinal “o inferno são os outros” não é mesmo?


Mas que tal olharmos para dentro de nós mesmos, olharmos para dentro, com olhar de fora, sem julgamentos, sem ego, sem eu, de modo mais abrangente, como se fossemos águias enxergando do alto, distanciando-nos das nossas emoções e apenas pensando que o outro é apenas um SER humano assim como eu. E então, talvez nos perguntaríamos:

 

Será que é certo sentir tanto ciúme e possessão desse namorado/namorada, simplesmente porque ele não me mandou nenhuma mensagem hoje, e já são 10 da noite? Não seria melhor ligar e perguntar como foi seu dia, dizer o quanto estou com saudade e o quanto ele/ela é importante para mim;


Será que para romper o comodismo e pararmos de culpar nossos pais pelas dificuldades não deveríamos nos colocar no lugar deles? Apenas sentirmos amor e gratidão pelo simples fato de terem nos dado a vida, dádiva a qual jamais teremos como retribuir nessa vida, e nos criarmos da melhor forma possível.


Será que o sentimento de desvalorização está no chefe ou em mim, que já não enxergo o propósito no trabalho que realizo? Não seria mais pertinente ter uma conversa franca e falar de aumento ou mesmo procurar algo para trabalhar no qual me sentisse valorizado, isto é, algo que eu realmente gostasse. Pois não é um trabalho que diz qual a sua real capacidade, mas sim o limite que você mesmo se impõe.

 

Será que as coisas estão caras ou eu ainda não aprendi a viver com pouco, amando aquilo que tenho? Pense acerca do seu cotidiano, perceba as inúmeras coisas que tu tens em casa as quais não usa, as quais adquiriu e nem sequer utilizou? Não seria mais pertinente agradecer a vida pelos bens e pela saúde e tentar ao menos uma vez não criar expectativas acerca do dinheiro, aprendendo a viver com pouco.


Será que o trânsito parado é culpa do outro que não está querendo andar e isso me dá o direito de “socar” a mão na buzina? Não seria mais pertinente eu me conscientizar que mesmo com toda buzina o outro não conseguira se “helicopterizar” e ao invés disso orar para a pessoa que talvez esteja sofrendo devido as dores de um acidente ocorrido no trecho adiante.


Coisas do dia-a-dia das quais reclamamos e nem nos damos conta, eu também já reclamei, já senti tudo conforme acima. Não existe nada que eu escreva que não tenha passado, que não tenha sentido, que não tenha mudado, ou pelo menos tentado fazer diferente.

 

Tem uma frase que diz ser loucura continuar fazendo tudo igual e esperar resultados diferentes. Continue reclamando e me diga então o que mudou…


Boa semana! Boa sorte! Boas energias!


*Patricia Hornburg 


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