sexta-feira, 29 de abril de 2011

Problemas servem para você aprender a aprender

Nunca odeie quem lhe traz o problema. Ele é somente o professor. Resolva a dificuldade e agradeça a essa pessoa pela oportunidade de evoluir

Uma das perguntas mais freqüentes que alguém faz a si mesmo é: por que estou enfrentando este problema? Infelizmente, a maioria das pessoas encontra a resposta do modo errado: culpando o outro. A culpa é do chefe, do companheiro, dos pais, do empregado.

Mas o outro nunca é a razão de seus problemas. Se você não aprender com a dificuldade, vai repeti-la ao infinito. Vai trocar de emprego, de companheiro, de empregados, mas, quando perceber, trocou as pessoas e o problema continua o mesmo, e se repete.

Os problemas são oportunidades de aprendizado e, quando perdemos essa lição, toda dor que sentimos se torna inútil. Lembre-se: para todo problema existe solução. Aliás, essa é uma boa definição: problema é um acontecimento que vem sempre acompanhado de solução. Quando você não tiver uma solução, será necessário definir qual é o problema.

Por exemplo: você descobre que não tem dinheiro para pagar as contas. Está bem, não ter dinheiro é um problema, principalmente se os credores estão lhe cobrando e os juros aumentando. A solução provavelmente se inicia com o corte de gastos, continua com uma negociação com os credores e alguma ação para ganhar mais dinheiro. No final, extraiu-se um aprendizado de uma situação que parecia ter apenas um lado negativo.


Perceba tudo o que você pode aprender em uma situação assim:

- Aprender a gastar de acordo com seus rendimentos;

- Aprender a ser humilde para negociar com os credores;

- Aprender a ganhar mais.

A solução sempre existe! E, na maior parte das vezes, a pessoa sabe qual é. O difícil é ter a coragem de pô-la em prática. Nunca perca a oportunidade de aprender com uma dificuldade. Aprender em geral é destruir uma visão e construir uma nova perspectiva.

E, principalmente, tenha certeza de que o problema será resolvido. Se você tiver alguma dúvida disso, pense: se você morresse agora, qual seria a evolução do problema? Percebeu? Ele de alguma maneira se resolverá.

A única coisa que não funciona é jogar no outro a responsabilidade por suas dificuldades. O ódio bloqueia a criatividade e só piora as coisas. As pessoas que chamamos de inimigos são os melhores mestres que a vida nos oferece para nos ajudar a aprender as lições que nos farão crescer. Elas nos mantêm acordados para podermos evoluir. Perceba que, depois que você resolve uma dificuldade, fica até agradecido por essa pessoa ter lhe ensinado uma lição.

O médium Luiz Antonio Gasparetto certa vez falou:

“Perdoar é descobrir que você não tem razão nenhuma para perdoar; é apenas viver o aprendizado. Isso só acontece quando você aproveita a oportunidade para crescer”.

Se você carrega ódio de alguém, pense na lição que você tem a aprender com esse alguém e sua vida será muito melhor.

Se você tem muitos problemas, pense na lição que você tem a aprender com esses problemas e sua vida será muito melhor.

Aliás, sabe por que você tem tantos problemas? Pela simples razão de estar vivo. Pela simples razão de ter muito ainda por aprender.

Se você está passando por um problema, pode ficar tranqüilo: ele não será o último nem o pior.

“Roberto”, você pode perguntar, “vai me acontecer um problema pior do que este pelo qual estou passando?”

Com toda certeza. Você já notou que o problema que estamos enfrentando no momento é sempre o pior? Quando você olha para trás, certamente vê que já teve problemas muito maiores, mas a angústia do momento presente é sempre a pior.

Viver é enfrentar desafios, pois a função da vida é o aprendizado. Eu tenho um jeito de lidar com as dificuldades que me ajuda muito. Quando estou no meio de uma situação difícil, procuro afastar todas aquelas emoções que poderiam me angustiar e digo a mim mesmo: não faça drama! Isso é somente um exame de uma matéria em que você foi reprovado. Estude, se dedique e passe de ano”.

Os problemas são matérias que temos de aprender. Mantenha a cabeça tranqüila e procure aprender rápido a lição, para poder passar de ano. Se não aprender a lição, a vida sempre trará os mesmos problemas de volta para que você possa evoluir o mais rápido possível.

E não se esqueça: os problemas são sempre do seu tamanho. Como disse o poeta Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio conforme o cobertor”. A solução está sempre dentro de você. Analise a situação, peça ajuda a um amigo e concentre sua atenção na solução do problema. Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, você encontrará a solução. E nesse dia vai descobrir que se tornou um pouquinho melhor como pessoa.

Uma dica fundamental: nunca odeie quem lhe traz o problema. Ele é somente o professor. Resolva a dificuldade e agradeça a essa pessoa pela oportunidade de evoluir.

O mal é como chuva de granizo: faz muito barulho, às vezes machuca, mas passa logo. Já o nosso aprendizado, não. Ele é eterno.

por Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os cuidados de Deus

A mãe dava as primeiras lições de fé e entendimento a respeito de Deus para a filha, que lhe acompanhava, atentamente, o raciocínio.

Buscando o linguajar infantil, escolhendo as palavras para que lhe fossem compreensíveis, falava a mãe com cuidado e gentileza a respeito de Deus, Criador do Universo. O Pai de todos nós.

Ao ouvir a mãe lhe explicando que Deus é nosso Pai, a menina arregalou os olhos, surpresa. Buscando ter certeza de que havia compreendido, perguntou:

Pai de todo mundo? Pai de cada um de nós?

É isso mesmo. - Respondeu a mãe, contente pelo aprendizado que se fazia.

Então, conclui a criança, deixando a mãe sem resposta, diante da sagacidade da pequena: Ora mãe, se ele é Pai de cada um de nós, como é que Ele cuida de todo mundo?

* * *

A profundidade da reflexão infantil muitas vezes não encontra resposta em nossa mente, quando não nos habituamos a refletir um pouco a respeito das coisas de Deus.

Quantas vezes nos queixamos, a respeito da vida, dos dissabores, das desilusões e desafios, tão pesados para nossos ombros?

Nessas horas nos deixamos levar pelo pensamento pessimista de quem se imagina sozinho no mundo, como se ninguém cuidasse de nós, como se ninguém se importasse conosco.

Esquecemos que aprendemos a chamar Deus de Pai. Esquecemos de que não é o pai figurativo e imaginário, mas sim Aquele que cuida e Se preocupa com cada um de Seus filhos.

Jesus, procurando nos explicar as coisas de Deus, nos leva a raciocinar de forma simples, ao dizer que nem os maus, quando um filho lhes pede pão, são capazes de lhe dar uma serpente e assim, tanto mais se poderá esperar do Pai que está nos Céus.

Com esse raciocínio nos fortalece a fé, nos aconselhando a deixar a cada dia as suas necessidades, não nos preocupando com aquilo que não está ao nosso alcance, pois Deus provê a todas as nossas necessidades.

E, quantas vezes os cuidados de Deus nos chegam através de um amigo, de um conselho certo nas horas da intemperança?

Em outros momentos, são os cuidados de Deus que nos chegam através de um encontro aparentemente fortuito ou de um telefonema inesperado, que nos faz mudar de rumo, nos demove de um propósito infeliz ou renova nossa paisagem íntima.

Mesmo que, muitas das vezes, os desígnios de Deus passem despercebidos por nós e lhes demos o nome de acaso, sorte ou coincidência, sempre estará a Providência Divina a cuidar dos Seus filhos.

Os cuidados de Deus com cada um de nós são tão preciosos que, antes de nascermos, Ele nos designa um Espírito amigo que irá velar por nossa caminhada, nos proteger, ser nosso anjo da guarda.

Irá nos cuidar em nome dEle. Só mesmo um Pai seria capaz de tantos cuidados e desvelos para com um filho.

E, mesmo que nos apresentemos ora rebeldes ou ainda ingratos para com tanto cuidado, Ele será sempre o Pai amoroso a aguardar nosso amadurecimento a fim de que consigamos entender o quanto Ele nos ama.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Martha Medeiros

terça-feira, 26 de abril de 2011

Resposta do Amor

Contam-nos os Evangelhos que, após a morte de Jesus, havia um ambiente de desânimo e expectativa entre os Apóstolos, na espera do cumprimento de Sua promessa de retorno, para comprovar a Imortalidade da alma e continuidade da vida.

Depois da crucificação infame e injusta, a dor da perda se misturava ao aturdimento da situação prevista pelo próprio Jesus, porém, indesejada por todos os Seus.

Alguns poucos estavam reunidos por Ele e em nome dEle. Apenas os onze mais próximos, Sua mãe, alguns amigos íntimos.

A atmosfera de profunda tristeza e melancolia que se fazia, desde o sepultamento, foi rompida bruscamente pela figura que adentrava à sala de maneira brusca e intensa.

Vinha com a notícia que todos esperavam: o Messias havia retornado dos umbrais da morte. Ela mesma houvera tido um rápido colóquio com Ele. Suficiente, no entanto, para reconhecê-lO e enternecer-se novamente com a suavidade do Seu verbo.

Ao verem Maria de Magdala adentrar na casa com a notícia surpreendente, quase todos pensaram: Por que o Mestre escolhera aparecer para ela?

O seu passado de vendedora de ilusões, de meretriz, na cidade de Magdala, fazia-os refletirem: Por que o Mestre aparecera a ela para dar a notícia?

A pergunta pairava no ar e parecia não haver uma resposta lógica. Contudo, se eles consultassem a memória, poderiam lembrar da própria fala de Jesus.

Poderiam se dar conta de que aquela mulher, buscando um novo entendimento e comportamento perante a vida, após seu encontro com Jesus, rompera com tudo e todos do seu passado.

Começara uma nova vida. Após o diálogo com Jesus, foi capaz de se desfazer da casa rica em que morava, distribuir seus bens e segui-lO.

Também poderiam recordar de como ela demonstrara seu amor ao Mestre, lavando-Lhe os pés com suas lágrimas e secando-os com seus cabelos.

E Jesus, percebendo-lhe a alma vibrar de maneira diferente, oferece uma das mais profundas lições, dizendo-lhe: Vai, mulher. E não tornes a pecar. Muito te foi perdoado porque muito amaste.

A frase nos reporta a profundos significados do amor. Diz-nos da capacidade do amor em sublimar todas as nossas dificuldades e erros.

Jesus nos ensina que nenhum dos nossos delitos é imperdoável. Não há atitude nossa que não possa ser refeita ou comportamento que não possa ser reestruturado. E o caminho é um só: o amor.

Ensina-nos Jesus que não devemos nos afogar em processos de autopunição, acreditando que não haja perdão para a falta que tenhamos cometido.

Ensina-nos que não devemos nos martirizar pelo erro cometido porque sempre a vida nos oferece a oportunidade de amar.

E o amor cobre a multidão dos delitos, permitindo ser reestruturada nossa intimidade.

Jamais imaginemos que nosso erro seja tão grave ou nossa ação tão absurda que não possibilite acertos.

É claro que teremos que arcar com as consequências de nossas ações, porém, será sempre a nossa disponibilidade de aprender a amar que nos dará os caminhos para a felicidade e nos abrirá as portas dos céus.

A lição era tão importante que foi justamente a quem tanto se propôs a amar que Jesus escolheu para ser a emissária da Boa Nova do Seu retorno: a certeza de que Ele estaria sempre conosco.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Como não ir além do seu limite?

Olá, Bom Dia...

O mundo está uma loucura mas todos só acertam na vida. Não é esquisito isso? Será que só eu e você temos inquietações e erramos?

Será que só eu e você temos a sensação de correr o dia inteiro e ainda estar em falta com alguma coisa no fim do dia? Todo mundo tem dúvidas, mas faz pose de gênio! Os super-heróis atacam por todos os lados. E os seres humanos deixam de viver as ordens do coração para viver num mundo de aparência.

Fico impressionado com o número de pessoas que se enche de dívidas só para desfilar o carro novo para o vizinho, ou para fazer inveja à amiga com a bolsa de marca famosa, ou para deslumbrar a mulher desejada com um jantar além da sua condição financeira. Pessoas que se cercam de bens materiais e conceitos supérfluos para serem admiradas. Pessoas que não sabem como é bom amar alguém. Não conhecem a essência de um relacionamento. Querem apenas impressionar. Aparentar aquilo que não são.

E os pais super-heróis? Esses querem que os filhos também sejam super-heróis. Lotam a agenda das crianças com aulas e mais aulas. Elas não têm tempo livre sequer para brincar. A ideia dos superpais é preparar os filhos para o futuro. Mas assim as crianças acabam perdendo a infância. Ou seja, não fazem a única coisa realmente importante para se tornar um adulto pleno.

Gostaria de convidar você a refletir um pouco sobre seus heróis. Pense por alguns segundos nas pessoas que você admira. Quando proponho essa reflexão em meus seminários, em geral ouço descrições que lembram os super-heróis das histórias em quadrinhos ou do cinema. Heróis com superpoderes que nada têm a ver com o mundo real.

Apesar de ter plena consciência de que essa imagem não passa de pura fantasia, a maioria das pessoas embarca nela de cabeça. E se ilude querendo mostrar que são superexecutivos, superempresários, supermães, superprofessores, superamantes.

Não estou dizendo que a pessoa que procura dar sempre o melhor de si em cada ação está errada. Ao contrário. É altamente positivo buscar a excelência em cada coisa que fazemos. Isso não quer dizer, no entanto, que sempre sairemos vitoriosos de nossas batalhas. Ninguém consegue ganhar todas as disputas da vida.

Quem exige de si vencer o tempo todo está se candidatando a viver crises de depressão ou, pior ainda, agir sem ética para vencer a qualquer preço. Quem precisa se sentir importante o tempo todo está criando um grande vazio em sua vida... É preciso estar muito consciente para não embarcar nesse jogo de aparências e não se deixar envolver em atividades sem sentido para sua vida.

Acredite: é possível ser feliz com o que você tem e é. Eu digo, com todo carinho do meu coração: da mesma maneira que é importante tirar das suas costas o peso de ser algo que você não é, também é importante tirar esse peso dos ombros de quem está a seu lado. Aliás, nem precisamos ser o que não somos nem precisamos ser perfeitos no que queremos ser. Ser muito bom já é suficiente. Temos de ser bons naquilo para o qual temos talento, o que não significa nos exigir sermos maravilhosos o tempo todo.

Por Roberto Shinyashiki
é psiquiatra, escritor e conferencista*.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

VOCÊ JÁ PENSOU NA DOR QUE JESUS SENTIU SÓ POR AMÁ-LO?

Médico Francês reconstitui a agonia de Jesus



Dr. Barbet, médico francês, utilizando sua experiência fez um apanhado de como foi a dor que Jesus sentiu durante o período de sua crucificação.
Eis a sua declaração:
“Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por 13 anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto escrever sem presunção a respeito de morte como aquela. Jesus entrou em agonia em Getsemani e seu suor tornou-se gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com precisão de um clínico. O suar sangue, ou hematidrose é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz um rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois o escárnio do coração. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no coro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o canto sangra o couro cabeludo).Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado.Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já esta plantada sobre o calvário. Jesus caminhava com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheia de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.

Sobre o calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. A ponta cortante da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde do dia anterior.Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam de tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com um ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.

Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicia. Por que este esforço? Por que Jesus quer falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que queria falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que duras três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”. Jesus grita: “Tudo está consumado!”. Em seguida num grande brado diz: “Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito!”. E morre. Em meu lugar e no seu”.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

...

Se ouvires uma voz dentro da escuridão quando estiveres na solidão, vais lembrar de mim. Se sentires o toque da mão de alguém que te impede seguir em frente, vais lembrar de mim. Eu movi montanhas para te alcançar, corri mais que o tempo para não te deixar e quando não houver flores no teu jardim é só olhares para a luz e vais lembrar de mim.

Não me arrependo quando te amei, entristeço-me por não ter conseguido conquistar-te, quem sabe eu fui pouco para ti, e tu eras demais para mim, ou quem sabe não foi assim, talvez eu fosse tanto, tão além das tuas possibilidades, que apesar do meu encanto, tu não assumiste tal responsabilidade. Enfim agora já não importa, porque nada entre nós aconteceu, eu nunca fui teu, e tu jamais foste minha. Se, apesar de tudo, dissemos palavras de amor, que elas sejam enterradas sem nenhum pudor.

O que dissemos o tempo pode levar, e tão distante colocar, que chegará um dia que de nada vamos lembrar. O tempo só não apagará as palavras em formas de poesia que por mim foram escritas um dia é, com isso que vais ter que conviver, de vez em quando, em algum lugar vais ler algo que foi escrito para ti. Não acredito que isso te fará sofrer, mas pelo menos fará com que reconheças em cada verso, em cada linha, em cada palavra, que eu fui um homem apaixonado por ti…

Nas últimas vezes...
que nos falamos
Nos últimos dias e meses...

Acabei por não lembrar
De dizer o significado
da tua existência
para mim,
Por isso digo agora mesmo que,
És, foste e sempre vais ser
alguém especial!
Esqueci de dizer...
ainda que distante
o teu papel na minha vida
foi demais importante.
És uma pessoa querida!
Esqueci de dizer,
no último encontro,
que não importa...
Se nunca mais nos vamos ver
Marcaste a minha vida
Fizeste-me crescer!
Esqueci de dizer...
deveria ter falado!
Você me ensinou a viver
mesmo quando cansado.
Esqueci de dizer...
Que muitas pessoas...
cruzaram o meu caminho
E nenhuma delas
com flores ou espinhos...
as más ou as boas...
permitiram-me conhecer
da maneira intensa
como aconteceu contigo.
Agora reflito...
sobre isso eu penso
Muito mais que amigo
que pude ou não ser
Queria poder ter dito
devagar, com calma
Que foste mais que um afeto
és estigma na minha alma

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um novo olhar

Em algum momento da vida, enquanto crianças, jovens ou adultos, muitos de nós, talvez, já nos tenhamos perguntado se a família que temos é a que realmente merecemos.
Pode ser que tenhamos desejado, mesmo que por um breve instante, ter pais diferentes, mais dedicados e afetuosos.

Pais que, enquanto éramos crianças, tivessem nos carregado mais no colo, que tivessem trabalhado menos e brincado mais.

E que, quando éramos jovens ou mesmo na fase adulta, tivessem valorizado mais nossas conquistas, vibrado mais por cada obstáculo superado ou que tivessem, simplesmente, nos feito mais companhia.

Por vezes, desejamos irmãos que fossem mais companheiros. Quantos de nós não gostaríamos de ter um irmão que enfrentasse o mundo para nos defender?

Com a maturidade e o desenvolvimento moral, é de se esperar que mudemos um pouco esses questionamentos.

Ao invés de cobranças, perguntemos a nós mesmos quanto de afeto nossos pais receberam na infância. Será que tiveram uma infância feliz? Será que foram cercados da devida atenção, de compreensão e carinho?

Será que, quando jovens, eles tiveram pais que se fizeram presentes? Quais dificuldades afetivas ou materiais tiveram que superar?

Levemos em consideração que, talvez, eles tenham feito o melhor que puderam. Por mais que possa parecer pouco o que fizeram por nós, filhos, talvez esse pouco que nos ofertaram, seja muito mais do que um dia receberam.

Talvez eles tenham superado a si mesmos, tenham vencido obstáculos invisíveis para tentarem ser melhores pais.

Como filhos, temos deveres intransferíveis para com nossos genitores. Toda gratidão, carinho, afeição e respeito são pouco para retribuir o que fizeram por nós.

Eles nos deram a oportunidade do renascimento na carne, a assistência desde antes do berço e a grandeza de gestos de sacrifício e abnegação.

A nossa ingratidão para com os pais é um dos mais graves enganos que o Espírito pode cometer no caminho evolutivo. Devemos amar e respeitar os nossos genitores.

Em relação aos pais que fugiram à responsabilidade, nós, filhos, não devemos julgá-los com severidade. Sejamos tolerantes e compreensivos. Se fracassaram, um dia reconhecerão o erro e terão oportunidade de repará-lo.

* * *

Renascemos na família de que se tem necessidade e nem sempre naquela que se gostaria. Os afetos e desafetos são instrumentos para nossa própria evolução.

Enquanto nossos pais estiverem fortes, sejamos a companhia e a jovialidade. Quando fracos, sejamos a proteção e o socorro. Quando sadios, ofertemos-lhes a alegria. Quando enfermos, ofereçamos-lhes o sustento e a assistência.

* * *

Busca crescer com a tua família e dá-lhe a mão enquanto possas. Envolve teus pais no carinho, gratidão e paciência. Oferta aos teus irmãos tolerância e respeito.

Seja qual for o lar em que te encontres, se não fores compreendido ou amado, esforça-te para amar e compreender.

Nos momentos de dificuldade, ora e, com certeza, contarás com o auxílio Divino e a proteção dos Guias espirituais.

Aproveita a família consanguínea pois ela é a oportunidade de luta e progresso ofertada pelo Criador.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Negócios

Ganhar a vida já não é suficiente, o trabalho tem que nos permitir vivê-la também.

A frase é daquele que é considerado o pai da administração moderna – Peter Drucker – e revela uma verdade preciosa para os dias de hoje.

Drucker acompanhou um período sem precedentes na Terra, no que diz respeito ao mundo dos negócios.

Nascido em 1909, veio a desencarnar em 2005, após uma vida de muitas conquistas e de farto material produzido na área corporativa.

Sua citação sobre o papel do trabalho, da profissão, em nossa existência, precisa ser analisada em profundidade, pois traz consequências imediatas em todo viver, uma vez colocada em prática.

A profissão tem como função principal nos fazer peça útil na sociedade e, também, nos propiciar o ganha-pão.

A reflexão de Drucker nos convida a pensar: De que adianta ganhar a vida, ter o meio de sustento, ter riqueza, se não consigo “usufruir” disso tudo para meu benefício?

O trabalho tem que nos permitir viver a vida. Ele não pode nos escravizar numa teia de compromissos, responsabilidades, sem nos deixar sequer respirar o ar de uma bela manhã.

Se nos transformamos nos chamados workaholics, perdemos o foco verdadeiro da encarnação, trocando os meios pelos fins.

Sim, a profissão, o trabalho, tudo isso são meios. Meio de subsistência; meio de crescimento intelectual, meio de ser útil.

Quando percebermos que o mundo dos negócios, a vida profissional está nos deixando quase loucos, é tempo de parar tudo e repensar.

Temos, como Espíritos encarnados, compromisso direto com a melhoria material do planeta, ao mesmo tempo que temos compromisso conosco de nos melhorarmos, de nos tornarmos pessoas de bem.

Assim, não podemos deixar que essas atividades simplesmente nos absorvam todas as energias, a ponto de nos fazer chegar em casa, ao final de cada dia, sem vontade sequer de conversar, de brincar com um filho pequeno, de sorrir.

Temos que dar a cada coisa seu devido valor. E o mundo dos negócios não pode ser mais importante do que a família, do que a saúde de nosso corpo e de nosso Espírito.

Se você percebe que a vida tem lhe carregado para esse caminho, pare, pense, reflita, reprograme tudo enquanto há tempo.

* * *

Do Eclesiastes do Antigo Testamento Bíblico retiramos:

Melhor é um punhado com descanso, do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito.

Pense nisso. Pense se realmente vale a pena tanta aflição, tanto desespero, tantas horas de tensão, apenas por questões puramente materiais.

Não podemos deixar de trabalhar, é certo, mas quem sabe possamos deixar o trabalho mais leve, menos extenuante, menos neurótico, permitindo que vivamos a vida em abundância.

Pense nisso.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nem toda mudança é para o bem. Pare de pular de galho em galho

O mestre indiano Osho, guru famoso por suas ideias surpreendentes, conta que, uma vez por ano, ocorria em sua cidade natal um concurso para premiar o dono da rosa mais linda. Nesse dia, a praça principal ficava lotada de flores — uma mais vibrante que a outra. Mas não tinha para ninguém: quem sempre ganhava era um militar aposentado.

Certo dia, terminada a festa, Osho seguiu o homem a fim de descobrir o segredo de sua flor. E reparou que havia um velhinho regando as plantas do jardim de sua casa. O mestre, então, perguntou o que fazia para conseguir tão bela rosa.

— Os outros deixam todos os botões crescerem e depois colhem o mais bonito. Eu faço o contrário: escolho o mais bonito e corto todos os outros. Então, a seiva que alimenta a planta não precisa se dividir — vai toda para uma única rosa.

Esse segredo funciona para o amor: você elege uma única pessoa com o qual construirá uma vida feliz. Isso é comprometimento. E funciona mais ainda na sua trajetória rumo ao topo. Francamente, está cuidando da sua atividade atual como se fosse uma rosa promissora? Ou se sente dividido entre tantas possibilidades?

Nem todos concordam comigo. Vejo consultores, em suas palestras, orientando os participantes a não se prenderem ao lugar em que trabalham. Baseiam-se na tese de que cavar convites é o melhor caminho para uma carreira de sucesso. Conheço executivos e profissionais liberais que saltaram de galho em galho e são bem-sucedidos. Ainda assim, não acredito que esse seja um bom conselho. É cada vez mais frequente o desligamento de gente que nem esquentou a cadeira, mal passou de seis meses de casa. O profissional é treinado, cria expectativas na equipe e então... Na hora em que começaria a brilhar, parte para um novo desafio. Essa saída pela direita também acontece com quem abre um negócio próprio sem determinação para superar uma queda e levantar. Ao menor sinal de fracasso, desiste. Em ambos os casos, falta comprometimento. Falta aquela promessa que se faz no casamento: na alegria e na tristeza... Falta acreditar numa rosa e cuidar dela com afinco.

Não boto fé em quem muda de ideia facilmente, coleciona passagens meteóricas por empresas. Pode ser incompetente e, por isso, ninguém quer ficar com ele. Pode ser inconstante e, por isso, não para em lugar nenhum. Pode ser movido a dinheiro e, por isso, basta receber uma proposta de alguns centavos a mais para ir embora. É claro que, se você está infeliz, empatando a vida em uma organização que não se preocupa em investir na sua carreira, deve mudar. Vá para um local que valorize sua dedicação e seu talento.

Óbvio também que, se já fez de tudo para o consultório, o café ou a loja deslanchar, mas só se afunda em dívidas, deve repensar sua escolha. Agora, se sentir que ainda tem oportunidade de crescer e aparecer, resista à tentação de pular de galho em galho.

Digamos que seu relacionamento amoroso seja com uma pessoa complicada, que não o valorize. Você tenta acordá-la para (o amor, mas ela nem dá bola. Nesse caso, está certo de abrir seu coração para outro amor. Mas se vive com uma pessoa legal, que investe no relacionamento... Vai abandonar o romance a troco de quê? Nessa era em que tantos jovens apenas contam o número de bocas que beijaram na noite anterior, é preciso coragem para se comprometer. Essa superficialidade somente leva à solidão e ao desânimo.

Se for fundo na empresa em que trabalha ou no negócio próprio, amar o que faz e as pessoas que investem em você... não se arrependerá. Pode apostar: do comprometimento virão as oportunidades (ou rosas) para você ser um profissional campeão.

por Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Você sabe o real significado do aprendizado?

Quando alguém pára e se questiona sobre os motivos de estar enfrentando um problema, infelizmente, a maioria encontra a resposta do modo errado: culpando o outro. A culpa é do chefe, do companheiro, dos pais, do empregado.

O outro nunca é a resposta para os seus problemas. Se você não aprender com a dificuldade, vai repeti-la ao infinito. Vai trocar de emprego, de companheiro, de empregados... mas, quando perceber, trocou as pessoas e o problema continua o mesmo, e se repete.

As dificuldades são oportunidades de aprendizado, e quando perdemos essa lição a dor se torna inútil.

Para todo problema existe solução. Aliás, essa é uma definição: problema é um acontecimento sempre acompanhado de solução. Quando você não tiver uma solução, será necessário definir qual é o problema.

Você descobre que não tem dinheiro para pagar as contas. Está bem, não ter dinheiro é um problema, principalmente se os credores estão lhe cobrando e os juros aumentando. A solução certamente se inicia pelo corte de gastos, continua com uma negociação com os credores e alguma ação para ganhar mais dinheiro. No final, houve aprendizado nessa situação que parecia ter apenas um lado negativo. Você:
- Aprendeu a gastar de acordo com os seus rendimentos
- Aprendeu a ser humilde para negociar com os credores
- Aprendeu a ganhar mais

A solução sempre existe! E, na maior parte das vezes, a pessoa sabe qual é. O difícil é ter a coragem de realizá-la. Nunca perca a oportunidade de aprender com uma dificuldade. Aprender geralmente é destruir uma visão e construir uma nova perspectiva.
E, principalmente, tenha certeza de que o problema será resolvido. Se você tiver alguma dúvida, pense desta maneira: se morresse agora, qual seria a evolução do problema? Percebeu? Ele será resolvido de alguma maneira.

A única coisa que não funciona é jogar no outro a responsabilidade de suas dificuldades. O ódio bloqueia a criatividade e só piora as coisas. As pessoas que alguém chama de inimigos são os melhores mestres que a vida nos oferta por ajudar-nos a aprender as lições de crescimento. Eles nos mantêm acordados para poder evoluir. Depois que você resolve uma dificuldade, agradece a essa pessoa por ensinar-lhe uma lição. Por isso, Luís Gasparetto já falou? "Perdoar é descobrir que você não tem razão nenhuma para perdoar; é apenas viver o aprendizado. Isso só acontece quando você aproveita a oportunidade para crescer". Se carrega ódio de alguém, pense na lição que você tem a aprender e sua vida será muito melhor.

Por Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tradução do dia - CELINE DION

OI, TUDO BEM?
QUE BOM TER VOCE AQUI!
HOJE ESTOU PUBLICANDO UMA TRADUÇÃO,ESPERO QUE GOSTE. BASTA CLICAR NO LINK ABAIXO.

César

http://www.4shared.com/audio/joMyAgyE/Celine_Dion.html

Amar é inevitável

Amar é uma viagem a ser feita com alguém, na qual, ao mesmo tempo em que desfrutamos essa entrega, desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento.
O amor é uma força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação. Nos torna corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o cotidiano, sem deixá-lo se transformar em rotina.
Ele faz nos sentirmos aprendizes, concedendo-nos a suprema compreensão de que, quando somos movidos pelo impulso do amor, realizamos algo. No amor, não estamos nos submetendo ao outro, mas sim obedecendo às ordens do sábio que existe dentro de nossos corações.
O amor nos dá coragem para enfrentar todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo “homem não presta” e “mulher só dá trabalho”, que poluem nossos pensamentos. É um sentimento que nos proporciona a sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de ser abençoado pela dádiva divina. Em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Por isso, não podemos exigir a perfeição do ser amado, pois, como dizia o filósofo grego Aristóteles: “O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição”.
O amor é muito mais que o encontro de dois corpos, muito mais que a união entre duas pessoas. É a própria consciência da existência: a crença nas forças divinas, que cuidam de todo o universo e que nos levam um ao outro, com a mesma fluidez com que aproximam uma nuvem de uma montanha, que nos proporcionam uma força sobre-humana, que dão energia ao vento, ao mar e à chuva e que nos tornam grandes como pinheiros gigantescos.
No amor, seguimos um caminho realizando uma história, cujo final, apesar de todo o nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos.
A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana seu perfume, o homem naturalmente exala o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender seu cheiro.

Por Roberto Shinyashiki

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cortesia e respeito voltar

Nunca será demais falar sobre cortesia e respeito. Em verdade, ambos bastante esquecidos na atualidade.

Ambos vão perdendo cidadania a passos largos.

É comum as pessoas falarem muito alto no ônibus, nos restaurantes, em lugares públicos em geral, desrespeitando os demais.

E o mais delicado é que nem sempre a conversa é agradável. Às vezes se trata de críticas amargas ao governo, a parentes, a amigos.

Tudo vai sendo extravasado em altos brados, como se não houvesse outras pessoas próximas, compartilhando do mesmo ambiente.

Não se sabe bem se a pessoa não tem condições de se ouvir e descobrir que está falando muito alto ou se ela deseja que os outros tomem conhecimento das suas ideias.

Adolescentes e jovens esquecem, quase sempre, quando se encontram em grupos, que os lugares públicos não lhes pertencem com exclusividade.

Por isso, gritam, dizem palavrões, falam de situações grotescas. Gesticulam, andam aos empurrões, até esbarrando em idosos e crianças.

Assim se tem tornado difícil para as famílias, em especial as que têm crianças, o passeio a parques e outros locais públicos.

Como impedir que as crianças presenciem cenas tão indelicadas e ouçam um palavreado que não é habitual no seu lar?

E que dizer das discussões? Casais, amigos e colegas discutem seus problemas na rua, no estacionamento, em restaurantes, sem cerimônia alguma.

Uma escritora relatou que presenciou, em um restaurante, várias famílias deixarem pelo meio os pratos na mesa e se retirarem.

Tudo porque um casal resolveu brigar na mesa vizinha e não economizou o volume da voz. Muito menos o vocabulário grosseiro.

De maneira estranha, todos se sentem incomodados mas ninguém diz nada.

Alguns alegam que essas pessoas não estão infringindo a lei. E de fato não há lei que regulamente essas situações, que são uma questão de educação.

Mas o que está nos faltando é uma tomada de posição. A primeira, educando os nossos filhos no respeito às pessoas.

A segunda é nos manifestarmos, com energia e de forma educada, pedindo a essas pessoas que nos respeitem.

Bastaria um Por favor, falem mais baixo. Ou: Eu não gostaria que meus filhos ouvissem o que estão dizendo.

Se todos passarmos a agir, essas pessoas terão que adotar uma nova postura, modificando-se e modificando o mundo.

Não acredite quando lhe falarem que a cortesia saiu da moda.

Quem não gosta de receber um gesto delicado? Quem não nota quando um rapaz se ergue do assento e o oferece ao idoso cansado?

Quem não nota, com prazer, a pessoa que junta do chão um objeto e o devolve a quem deixou cair, sem haver se dado conta?

Quem não se sensibiliza com um Muito obrigado; Por favor; Desculpe?

Tenha certeza: a cortesia e o respeito nunca sairão de moda

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Súplicas indevidas

Temos observado, de forma regular, o comportamento de pessoas, quando necessitam pedir ajuda e, por vezes, temos nos surpreendido com algumas reações.

Assim foi há alguns dias, quando uma adolescente, na saída do colégio, contou as moedas que portava e constatou que não eram suficientes para o que desejava.

Virou-se, de maneira brusca, e pediu a um rapaz que transitava pela rua para que lhe completasse a quantia.

Fosse porque ele não entendesse a questão ou porque a rudeza do gesto o surpreendesse, o jovem desviou-se da garota e seguiu o seu caminho.

Ela o seguiu, zangada, puxou-o pelo braço e passou a lhe dirigir palavras agressivas, recheadas de rancor e desrespeito:

Você é surdo? Não entende o meu drama? Se estou pedindo é porque preciso e você tem que me dar.

Ante a cena inusitada, passamos a refletir se não temos nos portado de forma semelhante, quando nos dirigimos a Deus.

Alguns, ao dirigirmos as nossas súplicas ao Pai, o fazemos com certa arrogância, exigindo que Ele nos ouça e nos atenda, esquecidos de que Seu amor a todos envolve e que cada qual recebe o de que tem necessidade.

Outros, optamos por tentativas de negociação com o Criador, como se Ele dependesse de nós e não nós da Sua proteção e misericórdia.

Dessa forma, pedimos o de que carecemos, seja saúde, emprego, afeto, afirmando que, se formos atendidos, abandonaremos os vícios de que somos portadores.

Novamente não nos damos conta de que libertarmo-nos das paixões inferiores é benefício próprio.

Ou então dizemos que, atendidos, haveremos de prestar socorro aos mais pobres e doentes, olvidando que fazer o bem beneficia a quem o pratica.

E atender o irmão em necessidade é dever que nos compete.

Assim agimos, desconsiderando as lições do Mestre Nazareno que estabeleceu: tudo que pedirdes ao Pai, em Meu nome, Ele vos dará.

Ora, para pedir em nome do Cristo, necessário se faz proceder como se Ele suplicasse. E não se pode conceber Jesus a exigir do Pai, ou impor condições.

Pelo contrário, no episódio do Horto das Oliveiras, Ele deixa claro que o Pai O atenda, se for da Divina vontade e encerra com a frase:

Cumpra-se em tudo a Tua vontade e não a Minha.

Aprendamos com quem Se evidenciou como o Caminho da Verdade e da Vida. Com o Divino Pastor que Se apresentou como manso e humilde de coração.

Dirijamo-nos ao Pai com a humildade do Espírito que se reconhece devedor e carente de aprendizado. De quem padece dores e almeja o alívio, mesmo que se faça por período breve.

Finalmente, como quem guarda a certeza de que o Pai, amoroso e bom, a todos os filhos dispensa os tesouros das Suas bênçãos.

Orando, chega-se ao Senhor, que nos deu, na prece, um meio seguro de comunicação com Sua infinita bondade.

Após as tarefas exaustivas junto ao povo, era hábito do Senhor Jesus orar em profundo silêncio, buscando a companhia do Pai.

A prece pode ser comparada a um interfone por meio do qual o homem fala com a Divindade e por cujos fios recebe as respostas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Como lidar com os erros

Errar faz parte da vida. Por mais que sejamos competentes e queiramos acertar sempre, errar é uma característica de quem está no jogo.

Muita gente tem a ilusão de querer sempre acertar. Mas isso é impossível. Veja os discos dos Beatles e dos Rolling Stones. Sou fã deles, mas tenho de reconhecer que algumas músicas são sofríveis. Nem eles têm uma obra perfeita. Os escultores que admiro, todos eles eram insuportáveis na intimidade. Os médicos que me ensinaram, tiveram seus dias de fraqueza. Paciência! Errar faz parte de quem toca, compõe, opera, constrói, advoga, enfim, de quem está cumprindo a sua missão.

Entenda que você é uma pessoa sensacional, mas é um ser humano. Quando temos a humildade de perceber que somos aprendizes lutando para fazer o melhor, podemos unir uma garra insuperável com uma boa dose de compreensão de nossas fraquezas.

Sempre devemos ter em mente que amanhã vamos estar melhores porque estamos aprendendo. E, apesar de estar sempre procurando a perfeição, nunca seremos perfeitos.

Apesar de lutar como um leão para alcançar a minha meta, quando as coisas não dão certo como eu gostaria, procuro sempre ter a tranqüilidade de dizer: "Paciência, Roberto, você fez o máximo, mas o seu máximo desta vez foi pouco. Tenho certeza de que na próxima vez vai ser melhor. Agora tome um sorvete, descanse bastante e se prepare que amanhã tem mais".

Você é uma pessoa honesta e digna. Quando tiver feito uma bobagem, em vez de se culpar tome um chá, telefone para um amigo alto astral, desabafe, olhe o sol e deixe a tensão ir embora. Aconteça o que acontecer, tenha em mente que você procurou fazer o melhor e que na próxima vez vai acertar. Quando você se tortura, somente piora a sua capacidade de analisar o que está acontecendo e joga fora a energia tão necessária para consertar a situação. Aconteça o que acontecer, você tem de ser o seu amigo mais importante.

Por Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Valores

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar,mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir maiscópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros
acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

George Carlin

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Relacionamentos

Cada ser humano é único. Temos nossas verdades, nossos receios, medos, certezas e inseguranças e o outro também. Se começamos ou estamos num relacionamento é importante entender e procurar compreender quão complexo somos e do mesmo modo quão complexo é a outra pessoa.

Namoro, casamento, paixão, romance enfim um relacionamento sempre tem começo, meio e fim. O que devemos procurar é conseguir esticar ao máximo o meio, mas sempre com muito prazer.

Quantas vezes não escutaram de uma amiga (o) aquela conversinha:

- Tudo bem?

- Não muito.

- O que aconteceu?

- Ah, terminei o namoro (casamento, etc.)…

- Mesmo? Nossa, quanto tempo.

- Cinco anos… Mas não deu certo… Acabou.

- É, não deu…

Bobagem, claro que deu! Durante cinco anos deu certo, só que agora acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

É difícil acreditar que pessoas se complementam, elas devem sempre se somar. Se não conseguimos nos dar totalmente para nós mesmo, como querer que a outra pessoa possa se dar totalmente a nós.

Se conseguirmos somar as partes de cada um podemos enfim conseguir um todo, o RELACIONAMENTO prazeroso.

Precisamos saber que não existe pessoa completa, perfeita.

Se ele é fiel não é bom de cama. Se é carinhoso, não é fiel. Antencioso então não é trabalhador. Ele é malhado com certeza não é sensível. Ter tudo é dificil. Tudo nós não temos.

O que é mais importante para você? Invista nele.

Acho que o beijo é importante… E se o beijo bate se entregue. Se não bate peça um Martini ou um Campari, e vá dar uma volta.

Tudo é uma questão de química, afinidade ou como dizem “questão de pele”. E pele é um bicho perigoso.

Com pele tudo se transforma. Um simples “papai/mamãe” quando você tem pele é uma delícia. Em compensação o sexo mais performático, acrobata mesmo, sem pele te decepciona.

Quando chega à hora do fim e ele (a) não te quer mais, não force a barra. Ele (a) tem o direito de não te querer mais.

Não ligue, não mande mensagens no celular, não sofra.

Ninguém é absoluto. Titubeamos, temos nossas dúvidas, medos, inseguranças, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama. Drama é próprio de um amor verde.

Qual a graça tem alguém do seu lado sob chantagem, dinheiro, ameaças, gravidez? Nunca fique com alguém por dó ou por medo da solidão.

O bom é alguém que está com você por você. E vice versa.

Se para a outra pessoa existe dúvida, o problema é dela, a você cabe esperar ou não.

Muitos só percebem que querem a presença quando acontece a ausência. Isso é normal.

Gostar dói.

Mas a pior coisa que tem é ter medo de se envolver. Você vai ficar feliz, sorrir, mas também vai ter raiva, ciúmes, frustração afinal namorar outro ser com mundo, hábitos e verdades diferentes. E nem sempre as coisas saem como você quer…

E como diria o poeta:

“Se não quer se envolver namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.”

Enfim… AME, não deixe de VIVER.

terça-feira, 5 de abril de 2011

É fundamental estar sempre com o coração limpo

É muito triste ficar chateado com o mundo ao se deparar com uma dificuldade. Faz parte da nossa personalidade ter ciúme, inveja, mágoa, ressentimento, mas não podemos deixar que esses sentimentos tomem conta do nosso coração.

É fundamental estar sempre com o coração limpo. Deixar no passado as mágoas, os ressentimentos e tudo o que nos impede de trabalhar para realizar nossos sonhos.

É triste ver alguém que permitiu que as dores dos seus relacionamentos amorosos dominassem seu coração e o transformassem numa pessoa amargurada ou alguém que, ao ver o concorrente crescer, deixou a inveja tomar conta da sua alma e drenar a energia que poderia levá-lo a conseguir vitórias.

Procure definir no íntimo o melhor caminho para a sua vida e mantenha-se dentro dele. Faça o melhor para você, mesmo que seja o melhor para as pessoas que imagina que o magoaram. Perdoar é sempre bom, por maior que seja a sua dor.

Deixe as mágoas no passado. Como disse Jesus Cristo: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Compreenda que se sentir ofendido prende você à outra pessoa em vez de libertá-lo.

Certo dia, estava conversando com uma amiga cujo marido a abandonou para se casar com outra. Ela me falou de sua dor e de tudo o que planejava fazer para se vingar dele. Eu lhe perguntei:

— O que você quer? Tê-lo de volta ou machucá-lo o máximo possível? É importante perceber que machucá-lo não vai aliviar a sua dor e nem fazê-lo voltar. Gastar a sua energia nessa vingança não vai libertar o seu coração para criar o verdadeiro amor para você. Ele poderá até voltar por causa da culpa, mas trará o inferno junto com ele.

As pessoas com baixa autoestima procuram destruir as que estão felizes. Quando alguém tem inveja de uma pessoa, acaba por considerá-la um obstáculo à sua felicidade.

Aja sempre como um ser especial que reconhece a grandeza que existe em cada um. Destrua o hábito de pensar mal de alguém e procure concentrar sua atenção nas virtudes das pessoas. E, principalmente, faça sempre o melhor para você sem se preocupar em magoar quem pensa que o magoou.

por Roberto Shinyashiki

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Para recomeçar às vezes é preciso voltar à estaca zero

No filme Agonia e Êxtase, que conta a história de Michelângelo, há uma cena que considero especialmente inspiradora. Ele está pintando o teto da Capela Sistina, o papa entra e pede que pinte mais um anjo. O artista, pacientemente, obedece. Mas no íntimo ele se sente frustrado, pois sabe que seu trabalho não está bom.

Mais tarde, vai a uma taverna beber vinho. Acha o vinho muito ruim, mas aceita bebê-lo mesmo assim. Até que outro freguês grita, chateado, para o taverneiro:

— O seu vinho está uma porcaria!

— Ao que o taverneiro responde:

— Impossível. Meu vinho é ótimo. Eu garanto a qualidade do meu vinho.

— Então prove! Venha beber o seu vinho. Ele está um lixo — reage o freguês.

O dono da taverna então bebe e descobre que o vinho está estragado. Ele pega um machado e começa a destruir os barris, gritando muitas vezes:
— Este vinho está uma porcaria!

Michelângelo sai da taverna e volta para a capela. Pega alguns potes de tinta e começa a jogá-los em cima do seu trabalho, gritando:

— Este trabalho está uma porcaria! Este trabalho está uma porcaria!

No dia seguinte, o papa lhe pergunta o que aconteceu. E o artista responde que o trabalho estava um lixo. O papa estranha, mas não diz nada. Bem, o novo resultado toda a humanidade conhece: o teto da Capela Sistina é uma das maiores obras de arte de todos os tempos.

Há situações na vida que não têm conserto. É melhor jogar tudo fora e começar do zero. A gente tenta um remendo aqui, outro lá, mas, apesar de todo o esforço, as coisas só pioram. É aquele texto que não tem conserto, a empresa que não dá certo e tantas outras situações que todos nós vivemos em algum momento da vida.

Nessas horas, é preciso ter a humildade de reconhecer que o trabalho foi perdido. É preciso limpar o coração e partir para um novo projeto. Assim como o grande artista, é preciso reconhecer que o trabalho estava uma porcaria e jogá-lo fora. A partir desse momento, você tira a angústia dos ombros e fica somente com o trabalho.

por Roberto Shinyashiki

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Poema "Burrinho Pampa"

Eu nasci num campo aberto bem distante da cidade
E vivi os primeiros anos da minha vida
Com papai e mamãe em completa felicidade
O meu pai me levava com ele em todos os cantos
E mamãe com o seu manto me cobria todas as noites na hora de se deitar
Quando o dia amanhecia eu já corria lá pro terreiro a brincar
E meu pai logo vinha pra me colocar na garupa do seu cavalo
E saia comigo pra galopar
Colocava o seu chapéu na minha nuca e eu ia gritando “upa” “upa” fazendo aquela arruaça
E minha mãe achava graça vendo de longe a gente brincar
Um certo dia um domingo de manhã
Era o meu sexto aniversario e eu nem sabia
Foi quando eu vi o meu pai chegando da cidade
Puxando um burrinho pampa eu achei até que não era verdade
Mas quando ele chegou me deu um beijo e me abraçou
E me colocou em cima do arreio daquele burrinho e desse jeito falou
Meu filho você sabe que o seu pai não tem dinheiro
Mas nunca nada lhe faltou
Eu já sofri muito na vida
E pouca coisa pra mim restou
Mas eu tenho um orgulho tão profundo e é dois tesouros que Deus não me negou
Um é sua mãe que eu amo tanto
E outro é você que é a maior alegria que eu tenho nesse mundo
E de hoje em diante você não precisa mais da minha garupa pra brincar de “upa” “upa”
Você já mereceu você é um menino esperto e eu tenho certeza que aqui por perto ninguém tem um burrinho tão bonito que nem o seu
Foi tanta a minha euforia que eu pulava de alegria eu beijei tanto meu pai naquele dia que ele até se comoveu
Eu ia lá na estrada galopava e voltava
Ia lá na roça galopava nas paióças
E todo mundo que eu via eu já corria pra mostrar o burrinho que o meu pai me deu
Quando o meu pai ia pra cidade com o burrinho eu acompanhava
Foi a melhor fase da minha vida na volta pra casa à gente sempre apostava corrida
E ele sempre deixava eu ganhar
Pros meus amiguinhos eu sempre falava do orgulho que eu tinha e que pai melhor do que o meu no mundo não existia
Todos os dias eu ia com o meu burrinho na escola
E a tarde eu voltava correndo com os meus cadernos amarrados na garupa
E vinha galopando alegre e contente vendo meu pai lá na porteira me esperando pra me abraçar
Era tanta a felicidade que eu sentia que ate parecia que aquilo tudo era um sonho que eu vivia
E que nunca iria se acabar
Mas esse foi o meu maior engano por que quando chegou o final do ano no último dia de aula
Eu vinha voltando da escola cortando meu burrinho na espora naquela pressa de chegar
De longe eu vi a porteira, mas o meu pai não estava lá
Quando eu fui chegando em casa já vi um monte de gente chorando
E já foram me segurando dizendo que eu não podia entrar
Todos me olhavam com pena enquanto eu ouvia alguém falando que aquilo não era cena que uma criança pudesse olhar
Mas eu não entendia o que aquela gente toda fazia
E por que eles não me deixavam entrar
Foi quando eu vi a minha mãe que veio até a porta se ajoelhou na minha frente
E me abraçou e me apertou tão forte ela chorava tanto que o seu pranto gelava nas minhas costas
E olhando a nossa volta havia um silêncio em cada rosto
E minha mãe naquele desgosto olhou bem dentro dos meus olhos
Que nessa hora já não tinha mais aquele brilho de alegria
Por que eu sentia que a noticia não era boa
Mas ela não me dizia por que as palavras não saiam de sua boca
Mas olhando nos olhos dela eu via
Uma infinita luz de tristeza
Que me fez olhar pra aquele monte de velas acesas
Lá no meio da sala e imaginar
Que aquela coisa estranha feita de madeira é que era a razão de toda aquela tristeza
E que era o meu pai que estava lá
Mas eu não queria acreditar
Peguei meu burrinho pampa descambei nas embernadas e o meu pai fui procurar
E na inocência de criança por todos os cantos eu procurava eu corria eu gritava
Papai, papai, papai, onde o senhor está?
Chega de trabalhar ta ficando tarde vamos pra casa eu ainda tenho tanto pra lhe falar
Eu tenho uma noticia tão boa pra te dar
O senhor já deve até estar comemorando papai eu passei de ano e eu queria tanto lhe abraçar
Mas agora eu estou com medo eu estou chorando papai
E porque o senhor não me aparece nessa hora pra me ajudar?
O senhor sempre foi o meu herói sempre dizia pra mamãe
Que o senhor nunca ficaria longe de nós
E hoje o senhor não me esperou lá na porteira
E eu que te procurei a tarde inteira e ainda não consegui te encontrar
Ta escurecendo papai e eu tenho medo de voltar pra casa sozinho
Tem um monte de gente estranha lá
Por favor papai vem comigo o senhor queria tanto que eu passasse de ano
Vai lá e diz pra aquela gente toda que aquilo tudo foi um engano
E que o senhor só se demorou por que a gente tava brincando de apostar corrida
E que pela primeira vez na sua vida o senhor tinha conseguido ganhar
Que tristeza tão grande meu velho pai
O senhor me causou naquele dia e eu que reclamei tanto quando eu não te vi lá na porteira
Naquele dia me esperando pra me abraçar
Mas agora eu tenho a vida inteira pra te pedir desculpas
E pelas tantas vezes que eu insistia pra que o senhor me levasse na garupa
E o senhor não podia por que tava trabalhando
E eu ficava ali insistindo te perturbando
Ate que o senhor se comovia e num gesto de paciência colocava eu na sua garupa e eu te abraçava e o senhor dava risada de ver a minha alegria
E aquela folia toda que eu aprontava
Mas uma coisa meu velho pai
Que por muitos anos eu não te perdoava
É que em todas as nossas corridas o senhor sempre deixava eu ganhar
Mas aquela que seria a mais importante da minha vida o senhor me deixou pra trás
E até hoje, até hoje eu ainda não consegui te alcançar
Eu era tão feliz meu pai e eu sei que foi o destino que quis que aquele sonho um dia acabasse
E eu esperei tanto para que o senhor voltasse pra me fazer de novo feliz
Mas agora eu já tenho dezesseis anos de idade
E minha corrida agora é contra a dor e a saudade
Por que eu sei que na realidade hoje eu estou sozinho nas mãos de Deus o senhor sabe a mamãe também já morreu
E eu sinto tanta falta dos seus carinhos
Sabe meu pai eu sei que é difícil viver neste mundo sozinho
Mas ainda eu tenho meu burrinho aquele mesmo que o senhor um dia me deu
Agora ele esta grande ficou bonito cresceu e hoje eu sei que ele sofre tanto quanto eu
Por que ele sabe a falta que o senhor me faz
De vez em quando meu pai eu saio galopando com ele pela estrada
E às vezes eu passo para trás o arreio e vou sentado na garupa olhando pra aquele arreio vazio na minha frente
Imaginando o senhor ali sentado e eu abraçado na sua cintura
Parece que eu sinto até o cheiro das suas costas da sua camisa suada
Do sol quente do mormaço e de repente olho pros meus braços
E sinto aquele vazio com o coração quase parando enquanto o burro vai calando os seus passos
E eu fico ali parado engolindo as lagrimas e os soluços que na garganta vem apertando
Triste sina do meu passado que ainda vive me machucando
E a vida que tudo ensina já me ensinou um ditado que pra mim é o mais profundo
Amar os pais enquanto eles tem vida por que depois de eles enterrados não tem remédio nesse mundo que pode curar essa ferida

Marco Brasil
Composição : Beto Pereira

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Quando colocamos fé em todos os nossos sonhos e planos, eles são abençoados por Deus, e a nossa colheita é sempre muito superior ao que imag...