sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pense em Novas Possibilidades, Pense no Futuro.

Quantas vezes as pessoas vêm lhe falar sobre mudanças, sobre os acontecimentos da vida e sobre como tudo o que lhe acontece é realmente para o seu bem, para o seu aprendizado. Falam que experiências que lhe acontecem têm de lhe acontecer: pois pensam que na transformação de quem você um dia foi em quem você hoje é, ou que no futuro será.

Nem preciso dizer quantas, mas sei que não são poucas por que eu sou uma dessas pessoas que vivem dizendo isso.

É nisso que acredito e é assim que justifico muitas, senão todas, das coisas que me acontecem.

Se entendermos que o que vivemos hoje vai, em algum momento se entrelaçar ao amanhã, pois, queiramos ou não, essas vivências passam a fazer parte das nossas vidas.

Tudo o que parece hoje fragmentado, sem sentido, devaneio, sonho, fantasia, loucura na verdade realmente o é. Só que cada fragmento é parte de um todo e que poderão no futuro irem se juntando, formando e tomando sentido do que antes nada se encaixava.

Assim um momento de dor ou sacrifício hoje pode amanhã se constituir num sorriso futuro, uma realização de um desejo.

Uma longa caminhada começa com o primeiro passo, mas não podemos esmorecer e só dar alguns passos senão não vamos chegar a lugar nenhum.

Quando iniciamos uma longa caminhada procuramos tomar cuidado e escolher calçados apropriados e mesmo assim muitas vezes vemos um calo se formar no pé. Ele vai estar ali incansável na sua tarefa de lhe machucar, incomodar, latejar, causar um incômodo tremendo. Você não consegue esquecer-se dele. A cada passo sente ele presente, em carne viva.

Por mais que faça colocando algum remédio ou proteção não consegue isolar a dor a cada passo.

O que fazer? Você com certeza vai seguir em frente convivendo com aquela dor da melhor forma que pode. Caminhando, passo a passo, às vezes pisando de lado, às vezes se apoiando mais no outro pé, mesmo que cada passo lhe machuque e lhe seja doído, pois tem que ir em frente. Afinal está determinado a concluir a longa caminhada.

Quando menos espera, sem que saiba ou perceba, sem que você racionalize, sem que você até se lembre de fazer novo curativo, você calça apressadamente seus calçados, e já bem longe no caminho percebe: o calo não lhe dói mais.

Somos assim. Sentimos a dor na sua chegada espalhafatosa, mas não percebemos quando ela se vai de mansinho, sorrateiramente.

Ter a consciência de que sua transformação vem ocorrendo e quanto já ocorreu nos dá a noção do tempo.

O tempo é o melhor conselheiro e mestre de qualquer um desde que se aceite ser seu aluno. O tempo tem como missão nos tornar mais sábio e melhor companheiro de nós mesmos.

Entender e aceitar que passado, presente e futuro fazem parte de um mesmo todo, é assumir-se ser contínuo, é entender que transformar-se é o primeiro e o último ato do ser humano.

Seja em nossa vida pessoal e profissional, seja na vida de uma comunidade ou país tem que se ter a ambição de ser mais, de ser melhor, de ter mais do que temos hoje.

Temos que ter a ambição de que tudo que conquistamos ainda é pouco perto do que queremos ainda conquistar. Se tivermos claro isso em nossas vidas com certeza estaremos dizendo sempre para nós mesmo é HORA DE MUDAR, o que necessariamente não quer dizer deixar de fazer o que vem dando certo, mas quer dizer ir ALÉM.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Feixe de Lenha

Conta-se que um próspero fazendeiro, dono de muitas propriedades, estava gravemente enfermo.

Mas, muito mais que sua doença, o que mais lhe incomodava era o clima de desarmonia que reinava entre seus quatro filhos.

Pensando em dar uma lição importante, ele chamou os quatro para fazer uma revelação importante:

Como vocês sabem, eu estou velho, cansado e creio que não me resta muito tempo de vida. Por isso, chamei-os aqui para avisá-los que vou deixar todos os meus bens para apenas um de vocês.

Os filhos, surpresos, se entreolharam e ouviram o restante que o pai tinha a lhes dizer:

Vocês estão vendo aquele feixe de gravetos ali, encostado naquela porta? Pois bem, aquele que conseguir partir ao meio, apenas com as mãos, este será o meu herdeiro.

De início acharam um tanto absurda a proposta, mas pensando no premio logo começaram a tentar quebrar o feixe.

Tentaram, tentaram, e por mais esforços que fizessem, nenhum foi bem sucedido no tentame.

Indignados com o pai, que lhes propusera algo impossível, começaram a reclamar.

Este então se colocou em pé, e disse que ele mesmo iria quebrá-lo. Os filhos o fitaram, incrédulos.

O velho homem começou a retirar, um a um, os gravetos do feixe, e foi quebrando-os separadamente, até não mais restar um único graveto inteiro.

Voltou o olhar para os filhos e concluiu:

Eu não tenho o menor interesse em deixar os meus bens para só um de vocês. Eu quero, na verdade, que vocês, juntos, sejam os sucessores do meu trabalho. Sucessores que trabalhem com garra, dedicação, e acima de tudo, repletos de amor, uns pelos outros.

E disse ainda:

Enquanto vocês estiverem unidos, nada poderá pôr em risco tudo que construí para vocês. Nada, nem ninguém, os quebrará. Mas, separadamente, vocês serão tão frágeis quanto cada um destes gravetos.

* * *

Dois pedaços de madeira podem sustentar mais peso do que a soma que cada um pode agüentar separadamente.

Da mesma forma, ajudando-nos uns aos outros, mantendo-nos unidos por bons sentimentos, suportaremos muito melhor os impactos que a vida nos apresentará.

A tão presente expressão: Cada um por si, e Deus por todos, precisa desaparecer de nossos valores, de nossa filosofia de vida.

O mundo individualista não tem futuro. O egoísmo cederá lugar à caridade, ao importar-se um com o outro, à vida em grupo.

As famílias estarão muito mais fortes, preparadas para enfrentar desafios, quando unidas.

As organizações terão mais êxito e sucesso, quando cultivarem o espírito de equipe em seu ambiente diário.

As comunidades farão mais conquistas, crescerão mais rápido, quando perceberem que as pessoas juntas têm mais voz, têm mais poder de atuação.

As nações, por sua vez, entenderão que estamos todos juntos, neste globo, por uma causa muito especial: juntos evoluirmos, juntos alcançarmos os novos patamares celestes de felicidade.

* * *

Um pensamento antigo diz que A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome...

Tão frágil parece o rebanho, se observarmos as características individuais de cada um de seus membros. Mas tão forte se faz, quando unido, a ponto de escapar dos maiores predadores.

A força unida é mais forte.

Redação do Momento Espírita com base em conto apresentado no livro S.O.S. - dinâmica de grupo, de Albigenor e Rose Militão, ed. Qualitymark.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Traição

Mulheres e homens traem por motivos diferentes.

Você encontra ligações em horas “estranhas” ou mensagens no celular do seu namorado, era o que você precisava para confirmar a traição.

Por que ele me traiu? Essa é a primeira coisa que te vem na cabeça, mas antes que tente entender o motivo é preciso você saber diferenciar sexo de amor e saber que homens e mulheres traem por motivos diferentes.

Amor e sexo são sentimentos diferentes.

O amor para existir precisa de no mínimo duas pessoas, precisa de troca de sentimento. Já o sexo é algo pessoal, solitário. Quando sentimos prazer, só nós sentimos.

Homens e mulheres traem por razões distintas. Os homens têm mais libido e traem por desejo sexual. As mulheres
traem por razões emocionais. É tudo uma questão de hormônios. Os homens possuem desejo visual e se excitam vendo seu objeto de desejo, a mulher não. Mulher quer ser desejada, por isso se cuidam mais, tudo para se sobressaírem e serem notadas.

Fidelidade sexual é diferente de fidelidade emocional. Por isso, segundo estatísticas, 90% das mulheres se declaram fiéis aos seus parceiros enquanto somente 60% dos homens se declaram fiéis as suas parceiras.

Diz ainda, que as razões de infidelidade masculina são razões ligadas a sexualidade principalmente o efeito novidade (disparado) e o prazer da conquista (olha aí nossos instintos primitivos novamente) e um pequeno percentual por carência física.

Muitos traem se sentir culpa ou remorso e fazem sem pensar muito, estão mais preocupados com seu próprio prazer e neste caso é mais a infidelidade sexual.

Já as mulheres traem em primeiríssimo lugar por motivos ligados ao relacionamento (falta de afeto, carinho, atenção,
rotina), pelo desejo da vingança de ter sido traída, depois vem ter um parceiro novo, carência física e por último o prazer da conquista.

Mas têm outras que mesmo antes de trair já se arrependem. Normalmente estas só se envolvem quando a questão
sentimental também está em jogo. Aqui temos a infidelidade emocional.

Depois de descoberta a traição vem o dilema perdoar ou não?

Recuperar a confiança é muito complicado e depende de uma autocrítica também de quem foi traído, é preciso que o traído também assuma sua parcela de responsabilidade.

Quando a pessoa traída é a mulher ela precisa analisar sua postura dentro do relacionamento. Será que não exagerou em querer ser a “mãezona” e se esqueceu ou deixou de lado o seu papel de companheira?

Uma reavaliação do relacionamento depois de uma traição dependendo das escolhas e atitudes de cada um, a
reconciliação pode tornar a relação ainda melhor e mais forte.

Um erro da mulher é tentar ficar no relacionamento a qualquer custo, fingindo que está tudo bem, quando, na
verdade, está cheia de mágoas e ressentimentos, o que diminui seu desejo sexual e sua lubrificação. Com isso ela passa a ter dificuldades de atingir o prazer e o casal se distancia porque perdem a intimidade emocional e sexual.

E o homem? Se o relacionamento não vai bem ele acha mais fácil arrumar uma terceira pessoa para quem canaliza
apenas sua sexualidade. Assim, é mais fácil (teoricamente) enfrentar as dificuldades e reorganizar o relacionamento. Lembremos que o inverso também é verdadeiro.

Mas, existe algo positivo na traição.

A mulher cresce como ser humano e fica dotada de uma força maior, que a ensina a cuidar dela mesma, investir no seu ganho financeiro, nas suas perspectivas pessoais, assim como em suas escolhas masculinas. Essa mulher aprenderá a dar valor a ela própria e seu saldo será positivo.

O homem também pode amadurecer repensar, criar valores e os dois juntos, agora mais maduros, escolherem manter o relacionamento, com um novo estilo de vida e com maiores chances de trocas e companheirismo. Para isso a mulher tem que trabalhar o perdão a si próprio, pois geralmente sente-se culpada pela traição masculina, e também o perdão ao companheiro.

A mulher com sua auto-estima em baixa (ela se sente perdedora) ao retomar ao relacionamento sentem uma diminuição de desejo, e muitas vezes não consegue mais ter prazer, mas é preciso ficar claro que a responsabilidade da traição é de quem trai, pois ninguém tem como vigiar o outro 24 horas por dia. Ou seja, cada um é responsável pelos seus atos e sabe que tudo na vida tem suas conseqüências.

A traição traz consigo a quebra do relacionamento familiar, um possível encontro consigo mesmo, e uma desestruturação da psique feminina, assim como ódio, depressão e desconfiança e mesmo as mais forte perante a dor da traição vão precisar de ajuda para superá-la, para que esse processo de recuperação seja o mais rápido possível.

É sempre difícil passar por uma rejeição ou rompimento de uma relação amorosa e quem já passou por isso sabe
bem descrever o que sentiu no fundo do seu coração despedaçado. O pior de tudo que ela provoca uma profunda perturbação psicológica e biológica em nosso corpo.

No estabelecimento de um vínculo entre duas pessoas, seja ele amoroso ou não, a intimidade, a cumplicidade e a
confiança vão formando expectativas e emoções que o rompimento e a rejeição criam um processo de perda e ruptura, a morte de projetos e tudo acaba num “estresse”.

Com a dor e angústia gerada pelo rompimento entramos numa fase de abstinência amorosa, nos afastando de todos
com medo de novamente vir sofrer. Evitamos para não sofrer e aí sofremos por que não temos um novo amor.

Estranho?

Sim, e a melhor receita encontrada até hoje para curar um coração partido a superar a dor é se distanciar do ex-parceiro, esquecer o processo natural da perda, olhar em volta e descobrir que a vida continua que está tudo igual e que nada melhor que um novo amor para “curar” o passado.

Nunca desista de encontrar seu verdadeiro amor, sua tampa da panela, sua metade da laranja, seu chinelo velho, etc.. . .

terça-feira, 26 de julho de 2011

O sucesso é Construído à Noite

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo, pois ao contrário, acabará perdendo seu grande amor.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.

Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.

Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é combustível de perdedores.

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.

Fonte: O Sucesso é ser Feliz, de Roberto Shinyash

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sonho de um Caminhoneiro

Eram dois amigos inseparáveis lutando pela vida e o pão
Levando um sonho de cidade em cidade
De serem donos de seu caminhão
Com muita luta e sacrifício para pagar em dia a prestação
Se realizava o sonho finalmente, o empregado passa a ser patrão.

Suas viagens eram intermináveis de cansaço, de poeira e chão
E um dos amigos, um recém casado ia ser pai do primeiro varão
Com alegria vinham pela estrada não vendo a hora de chegar
E o caminhoneiro disse ao amigo: "vou lhe dar meu filho para batizar".

Mas o destino cruel e traiçoeiro marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada com uma carreta foram se chocar
Mas como todos tem a sua sina, um a morte não levou e agonizante no braços do amigo disse:
"vá conhecer meu filho porque eu não vou".

(Falado)
Naquela curva a beira da estrada, uma cruz ao lado do pinheiro
Marca pra sempre onde foi ceifada a vida e o sonho de um caminhoneiro
Com a morte do companheiro a saudade vai chegar
Aqueles bons e velhos tempos nunca mais irão voltar.

Mas o destino cruel e traiçoeiro marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada com uma carreta foram se chocar
Mas como todos tem a sua sina, um a morte não levou e agonizante no braços do amigo disse:
"vá conhecer meu filho porque eu não vou".

Composição: Chico Valente/Neil Bernardes

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os Três Conselhos

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:
"Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu Serei fiel a você".

Assim sendo, o jovem saiu.

Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto foi o seguinte: "me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.
EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO.
Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora.

No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho".

Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:

"Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa". O patrão então lhe respondeu:

"Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
-- Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.

Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro.
Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta".

Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:

"QUERO OS TRÊS CONSELHOS".

O patrão novamente frisou:

"Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro".

E o empregado respondeu:
"Quero os conselhos". O patrão então lhe falou:
1. "NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.

" Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:

"AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa".

O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.

Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:

"Para onde você vai?" Ele respondeu:
"Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada".
O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez, e você chega em poucos dias".

O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal.
Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se.

"Pagou" a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor.
Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.

Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.

Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.

O hospedeiro: e você não ficou curioso?
Ele disse que não. No que o hospedeiro respondeu:

VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.

O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.

Depois de muitos dias e noites de caminhada... já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha no seu colo, um homem a quem estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.

Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse:

- "NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE.
Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta.
Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA".

Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente.

Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com as lágrimas nos olhos lhe diz: - "Eu fui fiel a você e você me traiu...
Ela espantada lhe responde: - "Como? eu nunca lhe trai, esperei durante esses vintes anos.

Ele então lhe perguntou: - "E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?

E ela lhe disse: - "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO.
Quando você foi embora, descobri que estava grávida.
Hoje ele está com vinte anos de idade".

Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café.

Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.

APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele parte o pão e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação.

Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...

Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará...

Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois...

Espero que você, não se esqueça desses três conselhos e não se esqueça também de CONFIAR (mesmo que a vida muitas vezes já tenha te dado motivos para a desconfiança).

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ÁGUIA OU GALINHA: que tipo de concurseiro você é?

Dois grandes teólogos escreveram livros com o tema a águia e a galinha, cada qual com lições distintas e muito interessantes: Frei Leonardo Boff (Ed. Vozes) e o pastor Jorge Linhares (Ed. Getsêmani). Vou me valer de textos do segundo (LINHARES, Jorge. Águia ou Galinha? 27ª Ed. Belo Horizonte: Editora Getsêmani, 2005. p. 38-52), e em seguida, comparar suas lições com o concurso público, convidando o leitor a descobrir-se “águia” ou “galinha”.

“Galinha é caça. Águia é caçadora.” Você olha a matéria, os livros, as provas como alguém que vai lhe destruir ou como algo que você vai caçar e vencer?

“Galinha tem olhos laterais. A águia, não. Seus olhos são frontais.” Animais que caçam (ao invés de serem caçados) olham para frente, para focar o que desejam. Concursandos que ficam olhando demais para os lados, para os prazeres excessivos, para os problemas não focam. Águias e galinhas nascem com os olhos “prontos”, mas você pode escolher para que lado vai olhar: para o objetivo ou para os problemas, para o que traz resultados ou para o que atrapalha os resultados pretendidos.

“Galinha só enxerga de dia. Quando o sol se põe, vai para o galinheiro ou poleiro, condenada a virar canja de raposa, cachorro ou gambá. A águia enxerga tanto de dia quanto de noite.” E você, estuda de noite? Vira madrugadas?

“Águia é vigorosa; galinha, frágil.“ Para cuidar da vida atual, para se organizar e AINDA CONSEGUIR estudar, fazer cursos, simulados etc. é preciso vigor e disposição.

“Galinha é medrosa. Águia é destemida, corajosa.” Estamos voltando à questão de ser caça ou caçador, mas também ao fato de que um bom concursando não deve temer a quantidade de matéria, nem a relação candidato-vaga, nem coisa alguma que esteja entre sua situação atual e a situação pretendida.

“Quando adoece, a galinha fica de asas caídas, jururu, dependente de socorro. Ninguém jamais viu uma águia doente. Quando debilitada, reúne todas as forças que tem para refugiar-se no alto. Não fica por aí à espera de piedade. Autocomiseração não combina com a águia.” E você, amigo, está esperando piedade alheia ou prefere reunir suas forçar para ir em busca do sonho?

“Galinha se alimenta de milho e restos. A águia, do alto, seleciona a presa, e desce como uma flecha sobre ela.” Aqui vale o cuidado com a qualidade dos cursos que faz e dos livros ou apostilas que lê. Não se “alimente” de coisa ruim, pois faz mal! Isto também vale para suas conversas e companhias, para os programas de TV que assiste e tudo o mais que influencie sua mente e sua preparação. O lazer é essencial, mas um bom lazer.

Se você se negar a ter uma visão e um comportamento limitados como os de uma galinha, pode ter certeza que terá o melhor desta terra.

Mas ainda há mais: “O ninho de galinha é feito de pena e capim. Da águia também. Mas sob o capim e as penas, retiradas do próprio peito, a águia coloca uma camada de espinhos.”

Às vezes é preciso ter, ou ao menos se lembrar, dos “espinhos” para que não nos acomodemos e para que levantemos vôo. São os espinhos da vida, as necessidades, as contas, que algumas vezes nos impulsionam para a vitória. Não é raro ver pessoas com tudo a favor não passarem... Talvez por falta de espinhos no ninho, e pessoas com “espinhos” conseguirem passar nos concursos. Não sei se os espinhos são as contas, doença, separação ou o que for, mas espinhos não são limitadores para as águias.

A galinha aceita ficar presa, a águia não. Algumas pessoas aceitam uma situação de “prisão”, limitadora, enquanto outras ousam melhorar de vida. A galinha faz seu ninho ao nível do chão, sem pensar alto, coisa que uma águia não imagina. Ela voa, pensa e aninha-se no alto, que é para onde se dirige sempre.

Enquanto há várias espécies de galinha, temos na águia uma espécie rara. Concursandos organizados, estudiosos e que fazem o que é o certo são raros... e são os que passam, mais cedo ou mais tarde!

A diferença não é o que acontece com a águia ou com a galinha, mas como essas duas aves reagem ao que acontece com elas, como elas encaram sua existência e como lidam com ninhos, espinhos, alimentação, desafios etc. Por isso elas são tão diferentes.

O livro de Obadias, na Bíblia, diz “Se te remontares como a águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas...” (1.4). Este é o desafio: não importa como você foi até hoje, mas sim que se “remonte” como águia, que é o que você já é ou pode vir a ser. Para ser um concurseiro-águia, basta pensar e agir como um, pois “somos o que pensamos e fazemos”.

Ponha seu “ninho” entre as estrelas: você merece.

Por William Douglas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sou Assim

Se um dia quiseres saber como sou, pergunta ao ar que eu respiro, e a voz do silêncio te responderá. Sou como uma noite sem luar, sou como uma tempestade, às vezes calma, como uma brisa que acaricia o teu rosto.

Posso ser como um furacão, ou ás vezes quem sabe como um orvalho da manhã. Nas noites quentes de verão, sou forte, brilhante e guerreiro, e ainda assim sinto-me frágil, se não te tenho. Devorando o brilho dos teus olhos, perdido e louco por amor, ás vezes sou incompreensivo, e não consigo compreender o sentido da minha própria vida.

Sou assim porque Amo-te! Se pensares realmente em mim, e quiseres saber como sou, fecha os olhos e imagina a dimensão do amor e verás debruçado na janela do mundo contemplando a tua face, e se nesse momento um amor forte e arrebatador invadir o teu peito, abre a janela do teu quarto e contempla o horizonte, no infinito verás uma estrela a brilhar, a partir daí verás o quanto eu te amo, e o quanto eu penso em ti.

Vivo agarrando-me a esperanças, esperanças de poder voltar a ver-te, dizer-te tudo o que eu sinto e guardo para ti.

Sonho dormir e amanhecer nos teus braços, sentir que me amas da mesma forma que eu te amo, sentir o teu cheiro. Sonho contigo, sonho contigo todas as noites, todos os momentos. Sonho com o dia que não mais chorarei por ti, pois tu, vais estar comigo, amando-me, fazendo-me feliz. Sonhando, é assim que vou vivendo, agarrando-me a sonhos e esperanças, tentando não encarar a minha realidade.

É em ti que eu penso, és tu que eu quero e com as minhas esperanças espero-te, não importa o tempo que tenho de esperar. Eu trocaria a eternidade, se possível fosse, só para poder tocar-te mais uma vez. Nesse momento eu alcançaria a mais plena das felicidades, razões dos meus sonhos, razões das minhas esperanças, não vês que vou morrendo...

Vem para mim, movo-me, balanço-me, no barco da minha solidão, estou preste a naufragar. O desespero tomou conta de mim, agarro-me à ilusão, da força de uma paixão, que me maltrata. Tu foste como um sonho bom, um sonho bom, que eu não pensei que se realizaria! Mas aconteceu. E de repente, foste indo, e quando dei por mim, sumiste do meu alcance, não sei o que aconteceu conosco.

Não sei se ainda há espaço no teu coração para mim. Mas ninguém vai ocupar o espaço que ocupaste em mim, esse lugar é teu. Ninguém é como tu, ninguém tem o teu cheiro e ninguém tem o teu toque. Por que vieste para mim? Por que fizeste-me tanto bem se sabias que não podias ficar? Espero que um dia essa, espera, tenha valido a pena, toda a angústia, toda a solidão, lágrimas derramadas, toda a dor, que calado, guardo, no meu peito. Enquanto isso, espero-te com os meus sonhos e esperanças

terça-feira, 19 de julho de 2011

A sabedoria do Samurai

Conta-se que, perto de Tóquio, capital do Japão, vivia um grande samurai.
Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, apareceu por ali um jovem guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação.
Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.
Assim que soube da reputação do velho samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.
Todos os discípulos do samurai se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre.
Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu sereno e impassível.
No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?
Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:
Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?
Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.
Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre.
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.
* * *
Sempre que alguém tentar tirar você do sério, lembre-se da sábia lição do velho samurai.
Lembre-se, ainda, que seus atos lhe pertencem. Só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz.
Só você, e mais ninguém, pode permitir que alguém lhe roube a paz ou perturbe a sua tranquilidade.
Foi por essa razão que Jesus afirmou que só lobos caem em armadilhas para lobos.
Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.
Pensemos nisso!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quanto custa um Milagre?

Uma garotinha esperta, de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo.

Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro.

Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento.

Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.

A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado: Somente um milagre poderá salvá-lo.

Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes.

O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia.

Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento.

Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada.

Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!

O que você quer? Perguntou o farmacêutico com voz aborrecida. Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos, disse ele sem esperar resposta.

Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão. Respondeu a menina no mesmo tom aborrecido. Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre.

Como? Balbuciou o farmacêutico admirado.

Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo.

E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?

Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la. Respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.

Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa. Insistiu a pequena.

O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: Que tipo de milagre seu irmão precisa?

Não sei. Respondeu ela, levantando os olhos para ele. Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro.

Quanto você tem? Perguntou o homem de Chicago.

Um dólar e onze centavos. Respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.

Puxa, que coincidência, sorriu o homem. Um dólar e onze centavos! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos.

O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse: Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa.

Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia.

A operação foi feita com sucesso e sem custo algum. Alguns meses depois, Andrew estava em casa novamente, recuperado.

A mãe e pai comentavam alegremente sobre a sequência de acontecimentos ocorridos. A cirurgia, murmurou a mãe, foi um milagre real. Gostaria de saber quanto deve ter custado.

A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre...

Um dólar e onze centavos... Mais a fé de uma garotinha...

* * *

Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor.

Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma.

Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TRADUÇÃO: Chris the Burg - So beautiful

Oi gente !!!
Promessa é divida.
Estou postando no link abaixo
uma tradução, espero que gostem
Bom Findi a todos.
Click no link abaixo e ouça.


Cesar 

Chris the Burg - So beautiful

Dia do Homem

PRESTE ATENÇÃO NAS RECOMENDAÇÕES DE FERNANDA MONTENEGRO. SÃO RECOMENDAÇÕES DE QUEM VIVEU 56 ANOS CASADA.

Uma Mulher inteligente falando dos homens...

Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor !


O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.

Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem os Homens!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat
Homem não pode ser mantido em cativeiro.
Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.
Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.

3. Carinho
Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.
Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.

4. Respeite a natureza
Você não suporta trabalho em casa? Cerveja ? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros? Case-se com uma Mulher. Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.

5. Não anule sua origem
O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.

6. Cérebro masculino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.
Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos).
Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.
Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.
Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.
Não faça sombra sobre ele...
Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.
Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.

E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!

Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!

Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.

Com carinho,
F. M.

Por Fernanda Montenegro:

Demitido(a) do emprego? O que fazer?

A volta por cima depois de uma demissão.

Vivemos no mundo capitalista, uma sociedade de consumo onde o dinheiro é o que fala mais alto. Somos bombardeados com propagandas as mais diversas forçando-nos a consumir, desejarmos e criarmos necessidades de coisas supérfluas.

Em nossa sociedade, o dinheiro é tudo e, sem ele, muitos relacionamentos afundam ou se consolidam realmente. O que vai determinar a consolidação ou a separação é o tipo de relacionamento que as pessoas tem entre si.

Se uma mulher, por exemplo, casou-se com um homem em busca de segurança financeira, é óbvio que seu relacionamento vai estremecer quando seu marido estiver desempregado.
Afinal, se o que mantém esse casamento é o dinheiro, sem ele o marido não serve para nada... é bem capaz que, se a situação do desemprego durar por um certo tempo, esse relacionamento acabe!

Mas existe o lado oposto... em muitos relacionamentos, quando ocorre o desemprego, os casais se unem em busca de uma solução e muitos trabalhos novos ou uma mudança geral na carreira acontecem...

Posso citar o caso de um senhor, um grande executivo, ao ficar desempregado, acabou por realizar o grande sonho de sua vida, guardado por muitos anos em função do medo de mudanças... mudaram-se (ele e a esposa) para outra cidade e lá ele, a muito custo, montou um restaurante à beira-mar...e, como nos contos de fada, viveram felizes para sempre.

É claro que as mudanças impostas pelo desemprego não acontecem facilmente.

O ser humano adora rotinas e a elas se acostuma... Tem medo de sair desse círculo vicioso por medo do desconhecido.

Tomemos como exemplo um funcionário público. Ele tem estabilidade no emprego, mas não gosta do que faz... Sonha com um outro tipo de trabalho, outra vida, mas o salário do final do mês está garantido... E, por preferir esta garantia e com medo de perdê-la, esta pessoa passa a vida sem vivê-la realmente, pois estará sempre em conflito entre o que faz e o que poderia estar fazendo com sua vida...

E as pessoas que estão no emprego de seus sonhos e o acabam perdendo?
O que acontece com elas?

A princípio, uma sensação de incredulidade... Elas se perguntam: Por que eu perdi esse emprego? Sempre fui um bom funcionário, sempre cumpri com as minhas obrigações, até trabalhei mais do que deveria, etc...

As contas a pagar que continuam chegando, o olhar de reprovação das pessoas (ou dela mesma) por ela estar desempregada, a sujeição a entrevistas e dinâmicas de grupo em busca de novos empregos, a contenção de gastos com o lazer, tudo isso leva ao questionamento que sempre acaba em culpa: O que foi que eu fiz de errado para perder esse emprego?

E esse questionamento leva a pessoa a uma sensação de menos valia, sua auto-estima diminui, fica cabisbaixa e, não raro, pode entrar em depressão.

Nesse momento é crucial o apoio da família e dos amigos... mas nem sempre é o que acontece.

As cobranças vem de todos os lados...

É muito importante que o desempregado mantenha o bom humor e não se questione...

Perdeu o emprego? Certo! A vida continua... Não adianta chorar sobre o leite derramado...

Arregace as mangas e vá em frente...
Procure outro emprego...Não desanime...
Quem sabe este novo emprego seja muito melhor que o anterior?

As pessoas tem o hábito de supervalorizar o que se perdeu...mesmo que tenha sido pouco, a falta do que se tinha faz com que fiquemos saudosos do que já tivemos e com ânsia de recuperarmos o que se perdeu...

Mas, ao invés de lamentarmo-nos, devemos pensar que esta é uma oportunidade de mudança, de renovação, de tentar transformar os sonhos em realidade...ou mesmo de repensar os próprios sonhos, valores e os ideais de vida...

Muitas pessoas desempregadas relatam que, ao se depararem com esta situação, descobriram o quanto sua vida era insípida, seu ideal de vida resumia-se a consumir desmesuradamente roupas, acessórios, passear no shopping para descobrir novas formas de consumir e, não raro, não tinham tempo para a convivência familiar e para si próprios.

Lembram-se do caso do grande executivo?
Ao ficar desempregado, ele viu-se em um grande dilema: enquanto estava empregado tinha medo de largar essas estabilidade e o bom salário para realizar o seu sonho. Agora ele tinha essa oportunidade...mas será que valeria a pena mudar? Afinal, já tinha hábitos arraigados de consumo... e sua esposa? Aceitaria viver com menos dinheiro, ter um outro tipo de vida sem muito glamour e sem roupas de etiquetas famosas?

Conseguiria ele realizar finalmente o grande sonho de sua vida?

Ele arriscou e conseguiu... a muito custo, com sofrimento, com falta de dinheiro por um bom tempo, mas hoje ele está feliz! Tem a vida que sempre desejou...

Mora numa cidade à beira-mar tranquila, sem toda a agitação e violência das grandes cidades.
Vive de forma simples, mas trabalha naquilo que sempre desejou, continua casado com a mulher dos seus sonhos que soube compreender e colaborar para que este sonho se realizasse.
Este é um homem feliz, que lutou por seus ideais e enfrentou o desemprego de uma forma positiva...como todas as pessoas deveriam fazer...

Nem sempre se deseja uma mudança na vida ao ficar desempregado, mas um emprego similar ao que se perdeu...

Não há nenhum problema nisso, se é isso o que você deseja.

O importante é manter a cabeça erguida pois você não é culpado por não estar trabalhando... O país está passando por uma grande crise e muitas pessoas de talento estão desempregadas também...

Portanto, tenha atitudes positivas! Mantenha os contatos, informe-se sobre novas vagas...vá à luta porque, em algum lugar, há um emprego esperando por você!

Auto Estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, de se sentir capaz de poder enfrentar os desafios da vida, é saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos, é ter amor próprio...

Em suma, é saber que você tem o direito e merece mesmo ser feliz!

E para ser feliz, sua auto estima deve estar num bom nível, quanto maior, melhor!

A baixa auto estima gera ansiedade, medo, depressão, fobias,...enfim, uma série de outros problemas!

As pessoas costumam confundir auto-estima com egoísmo!

Uma pessoa com boa auto estima nunca é egoísta! Ao contrário!!! Aquele que ama a si próprio, respeita-se e, automaticamente, respeita as outras pessoas e jamais desejará prejudicá-las.

O egoísta, por sua vez, só pensa em si próprio, nunca se importando com ninguém!!

E quem são as pessoas com baixa auto estima?

Quais são os seus traços característicos mais comuns?

Geralmente são pessoas que...

- possuem tendências perfeccionistas e que precisam se sentir no controle de tudo o que acontece a sua volta, o que provoca altos níveis de stress;

- culpam os outros pelos seus problemas (sempre se consideram vítimas);

- reagem rapidamente com raiva e esta é quase sempre dirigida de maneira errada para a pessoa errada;

- temem correr riscos;

- dificilmente encaram os outros nos olhos por muito tempo;

- têm pouca concentração e geralmente são causadores de problemas;

- têm pouca habilidade em ficar focado em algo por muito tempo;

- constantemente estão cometendo erros e tendo acidentes (especialmente de carro);

- tendem a ser negativistas;

- com freqüência não dão certo no casamento porque se casaram pelos motivos errados;

- tendem a abusar de álcool, drogas ou fumo;

- geralmente estão acima do peso normal;

- preocupam-se demasiadamente com as críticas e comentários dos outros a seu respeito.

- por preocuparem-se demais com o que os outros pensam sobre elas, as pessoas com baixa auto estima evitam, a todo custo, emitir suas opiniões, gostos, valores, pensamentos e sentimentos...

A baixa auto estima revela uma pessoa que não expressa os seus sentimentos, que os guarda a sete chaves. Na tentativa de ocultar os seus sentimentos para os outros, ela acaba tornando-se mentirosa para si mesma...

Um exemplo para entender melhor: Você está muito triste, mas não quer que seu amigo(a) saiba (digamos que você deseja passar a imagem de uma pessoa "forte", que nunca demonstra momentos de infelicidade, de "fraqueza"). Pois bem...Você estará mentindo para si mesmo e quando faz isso, você se sente diminuído e o o seu amor próprio também cai drasticamente! Oras, se não queremos que o outro saiba o que sentimos, vamos, pouco a pouco, evitando manter relações interpessoais, pois não queremos correr o risco de, sem querer, revelar nossos verdadeiros sentimentos.

Mas o que faz uma pessoa querer guardar os seus sentimentos para si própria quando o natural é sempre querer expressá-los?

Há várias razões para isso...ela pode ter crescido num ambiente de pouco amor e afeto, onde não se encorajava a expressão das emoções, mas ela pode, também, ter optado em não expressá-los com receio de gerar brigas no ambiente familiar ou mesmo por achar que suas emoções seriam mal entendidas ou que, ao revelá-las, estaria magoando alguém.

Não importa qual tenha sido o motivo que leva uma pessoa a ocultar suas emoções. Manter as emoções ocultas internamente gera a diminuição da auto estima!

Mesmo que alguém tenha a vida toda tentado guardar seus sentimentos, esta pessoa não está destinada a sofrer seus efeitos negativos para o resto de sua vida... A menos que ela faça esta escolha.

E por que alguém iria querer viver em um estado de baixa auto estima?

Não existe comportamento sem uma motivação ou objetivo: todo comportamento tem um propósito. Pode ser um modo de chamar a atenção para nós mesmos, ou dar a si mesmo(a) uma desculpa para o seu próprio fracasso, por exemplo.

E se você quer parar de sofrer, está na hora de começar a mudar...Nunca é tarde para isso!

E por onde você vai começar? Primeiro, comece com você.

Você tem que construir o seu amor-próprio.

E se não consegue fazer isso sozinho, busque ajuda profissional adequada!

Quanto mais verdadeiro você for com você mesmo(a), melhor será o conceito que você tem de si mesmo(a) e maior será a sua auto estima.



* Direitos Autorais deste texto- © Dra Olga Inês Tessari

*o texto está registrado de acordo com a Lei de Direitos Autorais

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Lenda do Perdão

Conta uma antiga lenda que existia uma cidade onde a palavra perdão nunca existiu.

As pessoas eram, portanto, donas da verdade, arrogantes e sofriam de uma terrível moléstia, complexo de superioridade.

A convivência era bastante complicada porque todos se consideravam perfeitos e com isso não enxergavam, nem admitiam seus defeitos, erros e equívocos.

Nessa cidade reinava a vaidade, a competição e a inimizade, por mais que elas andassem disfarçadas por detrás de sorrisos e manifestações de afeto.

Um dia uma mulher, vinda de outra cidade, foi morar lá.

Todos as tardes ia até a padaria e na volta sempre passava por uma praça onde um grupo de rapazes jogava bola.

Seu trajeto seria bem menor se ela cruzasse a praça, mas para não atrapalhar o jogo deles ela fazia o seu caminho contornando a praça. Claro que nenhum deles nunca percebeu ou deu valor à sua gentileza. Naquela cidade muito poucos entendiam desse assunto.

Certo dia essa mulher estava cheia de preocupações, com a cabeça bastante perturbada e na volta da padaria não se deu conta do caminho que tomou e atravessou a praça no exato momento em que um dos rapazes ia fazer um gol. O jogo parou, todos se olharam e o tal jovem, muito bravo, perguntou à ela:
- A senhora não está vendo o que fez? Que falta de atenção, até mesmo de consideração! Custava dar a volta na praça?

E ela respondeu:
- Há cerca de seis meses que todos os dias eu dou a volta na praça para não atrapalhar o jogo de vocês. Hoje, no entanto, eu confesso que me distraí. Estava muito envolvida com meus pensamentos. Peço a todos vocês perdão por isso.

Ninguém entendeu o que ela quis dizer e um dos meninos perguntou:
- Perdão? O que é perdão? Nunca ouvimos essa palavra.

Perdão é um ato de humildade, embora alguns julguem ser um ato de humilhação.

Os meninos foram para suas casas muito pensativos e contaram a seus pais sobre o perdão.

Errar, cometer injustiças, tomar atitudes precipitadas que podem prejudicar e magoar terceiros são coisas das quais todo ser humano está sujeito.

Reconhecer seus erros e pedir perdão, no entanto, nem todos os seres humanos são capazes.. Para isso é necessária uma enorme dose de humildade, um coração sensato e um espírito elevado.

Só os grandes sabem pedir perdão!

Dizem que aquela cidade anda muito diferente, mais alegre, as pessoas mais amigas, menos rivalidades e que todos além de terem aprendido a pedir perdão, agora também estão aprendendo a perdoar.

(Silvana Duboc)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Páginas de um Livro

Poderia ser apenas mais um livro, com páginas escritas sobre algo que me despertou a atenção. Poderia ter sido uma leitura rápida ou meras frases que se esquecem rapidamente, mas não foi o que aconteceu. As páginas em branco com letras em azuis trouxeram até mim a tua presença que eu há muito tentava esquecer e que por sua vez, tinha sempre perguntas sem respostas, por mais que as procurasse nos dias em que sentia imenso a tua falta. Eram nesses dias que eu pedia de novo o teu abraço, queria que as noites que passávamos juntos voltassem, os sorrisos estampados no meu rosto quando me chamavas de amor. Ouvia interminavelmente as nossas músicas, que deixaram de ser nossas e passaram a ser apenas as minhas músicas. Até que o fim chegou.


Não sei se a vontade foi minha, se foi a tua ou se foi dos dois que tudo terminasse da forma como acabou. Se tinha que ser assim, apenas pedia que tivesse sido outro fim, aquele que poderia ter sido mais triste, mais doloroso, mas que colocasse um ponto final. A única certeza que ficou foi aquela em que fomos capazes de colocar reticências, essas mesmas que podem significar um fim, mas que também podem dizer que um dia quem sabe tudo terá continuação. Por momentos acreditei que sim, essa foi a razão que continuei à tua espera. Foram meses, anos onde sempre alimentei a esperança que um dia voltasses, não me interessava sobre de que forma, com que intenções ou o que irias ter para me dizer, desejei apenas sentir-te de novo junto a mim. Até que a partir de hoje deixarei de alimentar essa esperança, deixarei de modo definitivo estar “preso” ao cais onde tantas vezes assistíamos ao pôr-do-sol. Eu sei que já escrevi isto muitas vezes, sei que estas mesmas intenções foram ditas outras tantas vezes e eu continuei à tua espera nesse mesmo cais. Mas hoje consigo desprender-me não só de ti, como também me desprendo de um passado. Tenho de libertar o amor preso dentro de mim, não somente irá modificar o meu bem-estar, como também irá tornar-me uma pessoa diferente. Se me lês ou não, poderás ficar feliz com esta decisão e uma vez mais, repito que a mesma foi baseada nas linhas escritas contidas no e-mail que me chegou até às mãos, dando-me a principal resposta que há muito procurava.

Durante o tempo que convivemos acreditei que sentia amor verdadeiro por ti. Sem convivermos continuei acreditar nesse amor, razão de continuar a querer-te como no primeiro dia. Só que hoje percebi que o amor verdadeiro não permite que exista sofrimento e eu sei o quanto sofri. Tu também sofreste, presumo que sim, só que pelo menos dizias que não era amor o que sentias e se falavas a verdade, apenas tu podes saber o que sentias. Por momentos, no turbilhão de emoções o meu amor por ti transformou-se em ódio nos dias seguintes ao fim. Assim como a alegria que sentia ao estar ao teu lado, logo passou a um estado de sofrimento e um amor verdadeiro não tem estes contornos. Esse amor eu nunca senti, mas aproximou-se bastante. Mesmo dentro de uma relação “normal” de dependência, é possível haver momentos onde podemos sentir a presença de algo genuíno, inalterável. Mas será apenas uma manifestação rápida e brilhante de um dia encoberto pela interferência da mente. Eu podia ficar com a impressão de que tive algo muito valioso e esse algo, refiro-me a ti, mas que perdi, ou a minha mente pode convencer-me de que tudo não passou de uma ilusão. A verdade é que não foi uma ilusão e eu também não perdi nada, não te perdi. Esse algo valioso é parte do meu estado natural – pode estar encoberto, mas nunca ser destruído pela mente. Mesmo quando o céu está totalmente coberto, o sol não desapareceu. Ainda está lá, por trás das nuvens. Assim como tu podes ter desaparecido, sei que tu estás atrás de um lugar qualquer.

Seria fácil dizer que o destino foi o culpado pelo nosso afastamento ou inventar motivos sem fins. Podia lamentar-me o porquê de muitas relações sem amor verdadeiro, conseguem disfarçar vidas felizes entre duas pessoas e nas nossas não foi tão bem assim. Pagou-se o preço por não haver amor verdadeiro, acredito que esta é a chave que abre a caixa de todas as dúvidas. A dor ou o sofrimento surge através de desejos ou anseios, e para libertar da dor necessitamos romper as amarras do desejo. São essas mesmas amarras que rompo e todos os meus desejos de ti, ficam por aqui…estas mesmas reticências dizem que se quiseres vir ao meu encontro e se conseguires ouvir o bater do meu coração, terei com toda a certeza todas as condições de amar-te verdadeiramente, assim tu queiras.
Escrito em: muito tempo atrás...

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Medo de Errar

Todos nós, algum dia, já tivemos medo de errar, de tomar alguma decisão e mais tarde chegar à conclusão de que ela não foi a decisão mais acertada!

Mas existem pessoas que têm verdadeiro pavor de errar até nas mínimas coisas. Estão sempre preocupadas, agitadas, nervosas, aflitas, fazendo de tudo para acertar, policiando-se o tempo todo! E, mesmo que não queiram, sempre procuram fazer de tudo para não errar (tudo mesmo).

E o pensamento fixo em não errar leva-as a procurar prever todas as possibilidades possíveis do evento para nunca errar.

Quer um exemplo de como pensam estas pessoas? Vamos nos colocar no lugar delas e imaginar uma situação......

Você vai sair hoje à noite: é o primeiro encontro!

Comece pensando nas condições climáticas: será que vai chover? Seria bom levar um guarda-chuva. E se esfriar? É melhor levar também uma blusa.

Mas também é preciso pensar que a temperatura pode estar amena.

Que roupa usar? Qual delas será a melhor? Sua roupa deve estar impecável, sua aparência idem, tudo tem que estar perfeito, nos mínimos detalhes!

Antes de sair, você vai passar horas na frente do espelho fazendo caras e bocas, vai imaginar todas as situações possíveis de acontecer (se a pessoa disser isto ,eu vou dizer tal coisa...,vou passar a mão no cabelo três vezes, vou cruzar apenas a perna direita, não vou colocar o cotovelo na mesa, etc...) e planejar a melhor forma de se comportar para causar a melhor e mais perfeita impressão possível (porque você não pode errar, tudo tem que sair perfeito!!!).

Para essas pessoas é necessário, imprescindível, que tudo dê certo nos seus mínimos detalhes!

E esta situação se repete, praticamente, em todos os momentos da vida destas pessoas que não aceitam errar!

É claro que todos nós desejamos que tudo sempre dê certo, mas, na maioria das vezes, feliz ou infelizmente, as coisas nunca acontecem conforme planejamos. Para aquele que tem medo de errar isto é um caos . Ele sempre pensa: "Onde foi que eu errei? A culpa é toda minha porque eu não pensei que isto poderia ocorrer!"

A culpa é sempre dele, porque ele não foi capaz de prever aquela situação, nunca de outra pessoa ou mesmo do acaso! O que fazer para evitar se sentir culpado? Prever e planejar cada vez mais cada detalhe para tudo dar certo (porque a sensação de culpa provoca uma dor insuportável e é preciso evitá-la a qualquer custo!).

Quanto tempo perdido! Que sofrimento, não é?

E é por isso que essas pessoas vivem agitadas, nervosas, tensas...Sempre pensando, tentando prever o que fazer para não errar e, na maioria das vezes, errando e sofrendo....Perdem um tempo enorme de suas vidas, muitas vezes deixam de viver momentos preciosos por estarem ocupadas com seus pensamentos e planos...E elas jamais se conscientizam de que a vida é imprevisível, e que quase sempre tudo dá errado!( exatamente o contrário do que elas esperam...)

Lembre-se : ninguém é perfeito, errar é humano. É preciso aceitar os erros, aprender com eles (em vez de ficar se culpando) e, quem sabe, tentar não errar na próxima vez!!


* Direitos Autorais deste texto- © Dra Olga Inês Tessari

*o texto está registrado de acordo com a Lei de Direitos Autorais

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Antônimo do Amor

Não raro costumamos dizer que o ódio é o oposto do amor. Imaginamos que o ódio é o substituto do amor, tornando-se seu antônimo, no dicionário do coração.

Porém, esquecemo-nos de que os sentimentos não se processam dessa maneira em nossa intimidade e, que a falta de amor não significa a presença do ódio.

O ódio nascerá dos sentimentos mal resolvidos em relação ao nosso próximo, da não compreensão de suas atitudes e se alimentará, muitas vezes, nas fontes do egoísmo e orgulho, que ainda cultivamos em nós.

O ódio será a doença do amor e não o seu antônimo. Afinal, o ódio será o resultado dos sentimentos resolvidos e tratados de maneira errônea, equivocada.

Qual será, então, o antônimo do amor? Se entendermos o amor como o sentimento amplo e completo, o sentimento que nos preenche a alma e nos oferece rumos para bem conduzir nossos relacionamentos, qual será o seu antônimo?

O contrário do amor será a própria falta do amor, a sua ausência. De tal monta é a grandiosidade do amor que o seu antônimo não é encontrado em nenhum outro sentimento. O seu oposto é única e exclusivamente sua ausência.

Dessa forma, a ausência do amor chama-se indiferença.

Será a indiferença a maior expressão de desamor em relação a alguém. Será na indiferença que encontraremos o oposto do amor, sua maior barreira e limitação para que floresça.

E quanto de indiferença ainda mora em nosso coração? Quanto somos indiferentes com o que ocorre com nosso próximo e em nossa sociedade?

Quantas vezes somos indiferentes com a dificuldade do colega de trabalho, não tendo tempo nem para alguns minutos de conversa, demonstrando nosso interesse pelo que lhe está sucedendo?

Não raro, a indiferença surge em relação às aflições do amigo, do parente ou do vizinho. Sabemos das dores e provas difíceis que os assaltam e não empreendemos nenhum gesto, no sentido de os auxiliar.

Somos indiferentes às injustiças sociais, às misérias socioeconômicas, à violência moral e física que se nos avizinham, sem nos atingir diretamente.

* * *

Quando nos deixarmos aquecer pelo amor ao próximo, pela solidariedade ou compaixão, amizade ou afeição, a indiferença passará a perder espaço.

O exercício para amar inicia pelo esforço em abandonar a indiferença pelas dificuldades alheias.

E serão sempre as oportunidades diárias, no relacionamento com a família, no trabalho ou na vida em sociedade, que nos oferecerão a chance de acabar com esse antônimo do amor.

Quando ela não tiver mais espaço no nosso coração, teremos um mundo onde o amor será a tônica dos relacionamentos, ajudando-nos e apoiando-nos uns aos outros, nesse caminho do progresso e crescimento que todos anelamos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quando Menos se Espera

Em uma passagem do Evangelho, Jesus fala a respeito de inúmeras vicissitudes que atingiriam a Humanidade.
Ele menciona enganos e enganadores, boatos, discórdias e escândalos.
Mas assevera que quem perseverar até o fim será salvo.
A sabedoria das palavras do Cristo comporta aplicação nos mais variados contextos.
Elas servem à Humanidade como um todo, em sua marcha secular pela via do aperfeiçoamento.
Mas também consolam o homem comum, em seus problemas do dia a dia.
Muitas vezes, a criatura humana sente que lhe faltam as forças.
Seus problemas parece que se avolumam sem perspectiva de solução.
Ora é uma enfermidade que se prolonga.
Ou a solidão do coração que se arrasta por meses ou anos.
Pode ser um desemprego um tanto longo.
Ou dificuldades financeiras que persistem.
Em geral, as dores fortes e que passam rápido se afiguram mais suportáveis.
O genuíno teste para a resistência reside nas contrariedades que se prolongam.
As pequenas dores que insistem em permanecer.
As expectativas que parecem nunca se realizar.
Em face desses eventos críticos, o cristão necessita refletir a respeito da mensagem de Jesus.
O homem no mundo não sabe o dia e a hora em que seus testemunhos devem findar.
Por isso, incumbe-lhe perseverar e manter o ânimo firme.
Toda provação encontra seu término.
Por longa que seja a noite, o dia sempre termina por raiar.
Não convém que, no momento da redenção, a criatura em prova esteja amarga e desesperada.
A existência humana sempre comporta algumas agruras.
Entretanto, elas não constituem tragédia e nem crueldade da ordem cósmica.
Cada qual é testado conforme a sua capacidade de resistência.
Os testes que se apresentam têm relevantes finalidades, no contexto da existência imortal.
Após demonstrar sua constância no bem, mesmo por entre dificuldades, o Espírito torna-se confiável aos seres angélicos que lhe acompanham a evolução.
Então, pode ser selecionado para desempenhar missões de amor.
Essas missões o encherão de mérito, se bem desempenhadas.
Propiciarão que se liberte de dores e angústias, de modo definitivo.
Assim, importa perseverar.
O momento da redenção pode estar muito próximo.
Não se sabe o dia nem a hora, mas Deus nunca Se atrasa.
Quando menos se espera, Sua misericórdia se manifesta.
Aí as dores se extinguem, a solidão termina, o dia amanhece.
Para mais tarde não se envergonhar do próprio comportamento, convém se manter firme e esperançoso.
Afinal, quem perseverar até o fim será salvo.
Pense nisso.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ser Transparente

Às vezes, nos perguntamos por que é tão difícil ser transparente.

Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero e não enganar os outros. No entanto, é muito mais do que isso.

É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sentimos. É desnudar a alma, deixar cair as máscaras e baixar as armas.

É destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em levantar e permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche e transborde.

Infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.

Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam da profundeza do nosso ser.

Preferimos nos perder na busca insensata por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos todas as respostas, que somos frágeis, que temos medo.

Por mais doloroso que seja construir uma máscara que nos distancia cada vez mais do que realmente somos e de Deus, preferimos manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.

E vamos nos afogando mais e mais em atitudes, palavras e sentimentos que não condizem com o nosso verdadeiro eu.

Não porque sejamos pessoas falsas, mas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso.

Com o passar dos anos, um vazio escuro nos faz perceber que já não sabemos oferecer e nem pedir aos que nos cercam o que de mais precioso temos a compartilhar: a doçura, a compaixão e a compreensão.

Muitas vezes sofremos e nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos sozinhos, num silêncio que nos remete à saudade de nós mesmos.

Saudade daquilo que pulsa e grita dentro de nós e que não temos coragem de mostrar àqueles que nos querem bem e que nos amam.

Aprendemos que nos mostrar com transparência é sinal de fraqueza, é ser menos do que o outro. Na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse o nosso coração, poderíamos evitar muita dor.

* * *

Quando formos surpreendidos pelo sofrimento de qualquer natureza, lembremos primeiramente de Deus, Pai amoroso, que nunca desampara um filho Seu. Fortaleçamo-nos na prece e na fé que conforta e acalma.

Ao partilhar as dores com os nossos afetos, tenhamos a certeza que elas serão abrandadas, pois dividir as angústias, medos e aflições, as torna menores.

Quando partilharmos as alegrias, estaremos fazendo felizes também aqueles a quem estimamos, pois a alegria dos amigos é nossa também.

Expor a nossa fragilidade aos amigos e amores jamais será sinal de fraqueza.

Procuremos, pois, de forma equilibrada, não prender tanto o choro, não conter a demonstração da alegria, não esconder tanto o nosso medo e nossas aflições. Enfim, abandonemos essa ideia de desejarmos parecer tão invencíveis.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solidão

Poema de Fátima Irene Pinto
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
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A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.


Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece?
No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só.
A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão espiritualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo.

Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam um a vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação. Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.

Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.
Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade?

A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico.
Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos.
Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente.
Autora: Elaine Lilli Fong

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fique amigo do seu 'sabotador interno'

A vida, como você bem sabe, por melhor ou mais equilibrada que seja, sempre nos brinda com momentos de desafio. Momentos em que a paisagem ao nosso redor não é tão bonita, o clima não é tão ameno... bem... acho que você pode imaginar do que estou falando!

Mas hoje eu quero dizer a você, leitor, que como se não bastasse termos que lidar com esses desafios externos, temos ainda que lidar com um outro desafio, talvez não tão evidente, um desafio que vem de dentro de nós, e que muitas vezes se esconde em nossas profundezas de maneira tão disfarçada que mal o reconhecemos. Estou falando do sabotador interno.

Talvez você nunca tenha ouvido falar em algo assim, talvez até pareça maluco isso de que estamos falando. Como assim? “SABOTADOR INTERNO???”

Para ajudar você a entender isso, sugiro que você pense em quantas vezes na vida você quis algo, conscientemente, mas sem perceber acabou fazendo algo que ia exatamente contra aquilo que queria. Pensou?

Ok... vou dar alguns exemplos:

Pense naquelas vezes em que, apesar de saber que está acima do peso e querer recuperar sua saúde emagrecendo uns quilos, você atacou o prato de batatas fritas ou o bolo de chocolate.

Pense nas vezes em que você queria conquistar um emprego, mas na entrevista ficou simplesmente mudo e não conseguiu mostrar nem 20% da sua capacidade.

Pense nas vezes em que você tentou se controlar, mas acabou tendo uma explosão de raiva no lugar e no momento inadequado.

O que quero dizer é que existem muitas partes de nós mesmos. E que nem sempre elas estão em acordo. E que uma dessas partes, o sabotador interno, definitivamente não está ao nosso lado. Ele se esconde, nos engana, e sempre que pode tira o tapete de nossos pés.

Esse sabotador existe porque ainda temos muitas crenças distorcidas, que trazemos de nossa infância. Essas crenças foram construídas a partir da maneira como, lá atrás, achamos que funcionava o mundo ao nosso redor. Quando crianças, muitas vezes acabamos acreditando que não merecíamos ser amados, valorizados, reconhecidos... e por aí vai. Nos sentimos tantas vezes “maus”, nos sentimos tantas vezes “falhos”, “errados”, “imperfeitos”... que uma parte de nós acabou achando que não merecemos agora receber o que a vida tem de belo e bom. Essa parte acredita que merecemos sofrer, e gentilmente nos ajuda a ir nessa direção, estragando nossos planos mais belos, pisando sobre nosso amor e rindo de nossas tentativas de crescimento.

O que ele quer de mim afinal?

Acredite ou não, ele é seu servo. Esse sabotador serve você fazendo com que as suas crenças se tornem reais. Mais ou menos assim...

(Você pensando) “Que droga, eu não consigo acertar nunca... nada dá certo para mim!”

(O Sabotador) “ Ok, meu amo e senhor ... assim seja!”- e faz você ir para a sua prova e simplesmente esquecer tudo, tudinho. Ele é tão bom que torna sua mente um grande e silencioso branco!

(Você, (que foi muito mal na prova) “Está vendo... eu não dou certo mesmo!”

(Ele, com um sorriso...) “Missão cumprida!”

Ele existe, E FOI VOCÊ QUEM O CRIOU!!!! Logo, não adianta querer matá-lo, ou expulsá-lo... ele é parte de você, lembra?

Logo, se em sua vida estiverem acontecendo muitos atos de autosabotagem, você precisa rever suas crenças a seu próprio respeito. Precisa fazer um trabalho de autoconhecimento, jogar fora aquilo em que já não acredita mais, construir uma nova visão a seu próprio respeito. Precisa aprender a ver a si próprio como uma pessoa merecedora de todas as coisas boas que a vida tem a oferecer. Precisa confiar mais em você mesmo, na sua capacidade de criar uma vida mais harmoniosa.

Nós somos os criadores de nossa vida. Podemos criar nossa vida a partir da luz clara da nossa consciência; ou podemos criar a nossa vida a partir dos atos inconscientes desse sabotador interno. E quando é assim que acontece, quando criamos inconscientemente, acabamos achando que não fomos nós que fizemos aquilo, acabamos tendo a tendência de nos sentir vítimas da vida ou de alguém.

É preciso mudar, libertar-se. A hora é agora! Pegue uma lanterna, proteja-se com o manto da verdade e embarque nessa busca sagrada pelo seu sabotador. Ele mora nas suas profundezas. E quando o encontrar, batam um longo papo. Conte a ele a nova pessoa que você é agora e dê a ele outra função em sua vida. Vai ser um alívio... para ele e para você!

por Patricia Gebrim

Eu não sabia...

  "Eu não sabia, mas antes do câncer, eu já estava doente. Duas doenças me limitaram mais do que a quimioterapia e a cirurgia. Os nomes...