
O esquema da análise foi elaborado pelo executivo
norte-americano Jack Welch.
As três diferentes personalidades podem ser encontradas em
todos os níveis hierárquicos. A águia representa 20% do quadro de funcionários.
É um profissional de alta competência, gosta de desafios e sabe valorizar os
colegas.
O rato é, em geral, o perfil de 10% da empresa. É conhecido
como puxa-saco, especialista em causar intrigas, é ineficiente e contagia o
ambiente. O macaco representa a massa crítica das empresas, representando 70%
dos funcionários. É um ótimo imitador, mas pode imitar tanto a águia como o
rato. Ele precisa de orientação constante e faz a obrigação como sempre se
fez.
O perfil desses três tipos de pessoas pode ser encontrado
em todas as instituições, nas famílias, na política, nos clubes. As pessoas não
nascem assim, elas se transformam ao longo de suas vidas, dependendo das
circunstancias. Nos primeiros anos de vida a criança é formada para determinadas
atitudes.
O poeta Guerra Junqueiro falava de “pérolas de leite” onde
ficam marcas definitivas. Há pais que educam seus filhos e filhas como águias,
mas existem os que condenam seus filhos a serem ratos ou macacos. Há pais que
plasmam vencedores, há pais que direcionam para a mediocridade e a derrota. Nas
empresas, afirma Welch, os funcionários podem ser auxiliados a mudar de atitude,
podendo um rato, aos poucos, assumir um perfil de águia.
Esperar que a qualificação parta dos outros é ter
pensamentos e desejos pequenos. Na civilização individualista em que vivemos,
cada um pensa em si e não tem a menor vontade de qualificar um possível
concorrente.
Ou, por vezes, acontece o contrário: a pessoa é
desestimulada e acaba assumindo um gráfico descendente.
Quase sempre o segredo está dentro de nós. Quase sempre o
dinamismo para mudar uma situação deve ser procurado em nosso interior. Algumas
situações podem favorecer isso. Um funcionário foi despedido de uma empresa,
onde ele representava o macaco com sua rotina. Acabou assumindo o perfil de
águia, iniciando uma empresa própria.
A rotina se constitui numa perigosa doença, que empobrece
os atos e a própria vida. Independente dos anos, a pessoa pode assumir uma
postura: tomar as rédeas da própria vida e criar um momento novo. A pessoa é
resultado das escolhas – felizes ou infelizes – feitas ao longo da
vida.
Somos os resultados de nossas escolhas. Não das escolhas
feitas no passado, por nós mesmos ou por outras pessoas, mas da escolha que
fazemos hoje. A cada dia – tendo ou não consciência disso – a pessoa toma uma
grande decisão: continuar como é ou mudar. Naturalmente continuar a rotina,
continuar no comodismo, é a solução mais fácil. Mas é a que traz piores
resultados.
Dentro de cada um existe uma águia que pede licença para se
revelar. Mas há pessoas que apostam no macaco e no rato. A pessoa tem o tamanho
de seus desejos e sonhos. Podemos aceitar o mínimo ou apostar no
máximo.
O dinamismo para mudar uma situação deve ser procurado em
nosso interior.