Você percebe quando alguém realmente se importa.
Não é sobre palavras bonitas, promessas ou discursos prontos.
É sobre como essa pessoa faz você se sentir depois.
Depois da conversa.
Depois do gesto.
Depois do silêncio.
Porque quando existe consideração, existe cuidado.
Existe atenção ao que te machuca.
Existe esforço para não ferir.
Existe responsabilidade afetiva — aquela que não se esconde atrás de desculpas, que não te culpa por sentir, que não te faz duvidar do seu valor.
E quando não existe… você sente também.
Sente no incômodo que não passa.
Sente na dúvida que te corrói.
Sente na sensação de estar sempre pedindo por migalhas, enquanto entrega banquetes emocionais.
A gente aprende a justificar o que fere.
A dizer que o outro “não sabe amar direito”.
A aceitar pouco porque tem medo de perder tudo.
Mas o que você perde ao insistir no que não te respeita é muito maior:
Você perde a paz.
Perde a autoestima.
Perde a clareza sobre o que merece.
O vazio assusta.
Mas ele é temporário.
A ferida que você mantém por insistir em quem não te vê… essa pode durar uma vida inteira.
Você não precisa aceitar menos só porque tem medo de ficar só.
Você não precisa se calar só porque o outro não sabe escutar.
Você não precisa se moldar só para caber em um espaço que nunca foi seu.
Amor não é confusão.
Não é dor constante.
Não é dúvida diária.
Amor é presença que conforta.
É cuidado que não cobra.
É afeto que respeita.
Então, pare de justificar o que fere.
Pare de romantizar o que te diminui.
Pare de se convencer de que é você quem precisa mudar para ser amado.
Você já é digno de amor.
Do tipo que não machuca.
Do tipo que não te faz duvidar.
Do tipo que não te pede para ser menos.
E esse amor começa quando você escolhe a si mesmo.
Quando você entende que o respeito não é luxo — é base.
E que o afeto verdadeiro nunca vem em migalhas.
Vem inteiro.
Vem leve.
Vem com verdade.
*César

