O poder das escolhas…

Quando a vida nos coloca uma oportunidade, sugerindo deixarmos o estado de segurança e conforto em que nos encontrávamos, fazer uma escolha pode não ser algo simples.
A proporção da mudança será maior ou menor segundo seja a disposição do ser em correr riscos.

A natureza nos dá um ótimo ensinamento em relação às mudanças, pois tudo nela se encontra em mutação e transformação. As estações do ano, a transformação de uma lagarta em borboleta, a gestação e o nascimento de uma criança. E falando em natureza, observe: para colher rúcula, 35 dias… Para colher tomates, 3 meses… Para cada escolha, um tempo…

Em toda escolha há perdas e ganhos, portanto, uma escolha é também uma renúncia.

Parece algo complexo, mas podemos trazer isso para o nosso dia-a-dia. Estudos mostram que, em média, 70 decisões são tomadas em um dia comum, ou seja, estamos fazendo escolhas a todo momento, escolhemos o que comer, que roupa vestir, o modo como nos comportaremos, o que vamos falar, e de que maneira falar. É claro que se pode classificar as escolhas mediante seu grau de complexidade, tendo-se em conta o tamanho de sua repercussão na vida.

Há escolhas que podem mudar completamente o rumo de uma trajetória, assim como há escolhas que não influenciam tanto assim.
No entanto, as nossas escolhas fazem sermos quem somos, as somas delas formam a imagem deste ser do momento. Tendo-se consciência disso é importante perguntar: para onde nossas escolhas de hoje estão nos levando? Elas estão colaborando para sermos quem realmente queremos ser? Para termos o que tanto almejamos ter? A pergunta que pode resumir este raciocínio é: há congruência no que planejamos ser com o que estamos fazendo?

Uma decisão importante e difícil traz em si uma sobrecarga emocional, podemos nos encontrar escolhendo não escolher, mesmo quando isso se refere aos nossos maiores interesses. O chamado “ficar em cima do muro”. E ficar em cima do muro é em verdade escolher, escolher permanecer onde se está, procrastinando e estando propenso ainda, a não ter em conta que esta também é uma decisão. Corremos o risco de deixarmos o barco da nossa vida à deriva, esperando que a corrente nos leve para onde levar, é como largar o volante do nosso carro em movimento.

É impossível prever todas as implicações de uma escolha, ainda que queiramos, principalmente porque uma escolha reverberará no universo e na vida de muitas pessoas, além de nossa própria vida. Contar com a intuição e ouvir o coração pode ser um bom auxílio ao tomar uma decisão. Podemos fechar os olhos e nos imaginar nas realidades em que as opções nos colocam. Buscando sentir o coração, podemos observar quais sensações teremos diante de todas as possibilidades em que estamos nos projetando e em qual delas nos sentimos mais plenos e felizes. É importante ao decidirmos, estarmos completamente convencidos de que fizemos a melhor escolha e com isso conseguiremos então curtir a jornada e as novas surpresas que a vida nos trará, mediante o decreto de nossa vontade.

Independentemente do que eu e você escolheremos, a principal e mais importante escolha que podemos fazer hoje para a nossa vida é a de sermos felizes, seja qual for as circunstâncias em que nos encontrarmos, as alegrias ou dificuldades que tenhamos… E que não esqueçamos…

O vento das mudanças nos trará sempre a oportunidade de fazer novas e diferentes escolhas…

* Ana Paula R. S. Paes

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