A Ovelha Que Ele Nunca Esqueceu



Por muito tempo, achei exagero.
A ideia de que Jesus deixaria noventa e nove ovelhas seguras para ir atrás de apenas uma que se perdeu sempre me pareceu poética demais, quase impossível de compreender.
Por que alguém deixaria o que está bem para correr o risco por quem se afastou?
Por que o Pastor se importaria tanto com uma única alma, quando tantas outras estão no aprisco?

Mas então, um dia, Ele veio atrás de mim.
Não porque eu merecia.
Não porque eu pedi.
Não porque eu estava pronto.
Mas porque Ele me ama — de forma infinita, pessoal, incondicional.

E naquele momento, tudo fez sentido.
O exagero era real.
Mas não era exagero de lógica — era exagero de amor.
Era o tipo de amor que não calcula, que não pesa, que não mede.
Era o amor que simplesmente vai.
Que atravessa o vale, que enfrenta o escuro, que vence o silêncio só para encontrar quem se perdeu.

Eu era a ovelha.
A que se afastou.
A que se confundiu.
A que achou que não fazia mais parte.
Mas Ele veio.
Veio com paciência.
Veio com ternura.
Veio com graça.

E quando me encontrou, não me cobrou.
Não me acusou.
Não me envergonhou.
Ele me abraçou.
Me levantou.
Me levou de volta.

Naquele abraço, entendi:
Cada um de nós é precioso aos olhos do Senhor.
Nenhuma alma se perde sem que Ele se importe profundamente.
Nenhuma história é pequena demais.
Nenhuma dor é invisível para Ele.

Hoje, sei que não há pecado, medo ou distância que possa nos separar do cuidado do Pastor.
Ele sempre vem.
Sempre encontra.
Sempre restaura.
Porque o amor d’Ele não é condicionado ao nosso comportamento — é fundamentado na Sua essência.

E se você se sente longe, esquecido, fora do rebanho…
Saiba: Ele está vindo.
Não porque você merece.
Mas porque você é amado.
E isso basta.

O Pastor nunca esquece uma ovelha.
E quando Ele encontra, o céu inteiro celebra.
Porque o exagero do amor de Deus é a nossa salvação.


*César

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