A Essência da Vida
A vida é breve.
Não importa quanto tempo você tenha, ela sempre parecerá curta demais quando olhada com profundidade.
Ela não se mede em anos, mas em presença.
Não se conta em dias, mas em momentos que realmente fizeram sentido.
Você chegou ao mundo sem nada.
Sem nome, sem conquistas, sem bens.
Foi recebido com mãos que te acolheram, olhos que te admiraram, e um coração que te esperou.
E um dia, partirá da mesma forma — sem levar nada além do que construiu por dentro.
Sem títulos, sem posses, sem aplausos.
Só com a bagagem invisível daquilo que foi verdadeiro.
Entre o primeiro sopro e o último suspiro, há um intervalo chamado existência.
É nesse espaço que tudo acontece.
É onde você ama, sofre, aprende, erra, recomeça.
É onde você se perde e se encontra.
É onde você escolhe quem quer ser, mesmo sem saber quanto tempo tem.
E ainda assim, muitos vivem como se fossem eternos.
Correm atrás de coisas que não preenchem.
Competem por títulos que não curam.
Guardam rancores que pesam mais que qualquer bagagem.
Ferem, julgam, ignoram, esquecem que tudo isso é passageiro.
Esquecem que o tempo não espera.
Que o coração não suporta tanto peso por tanto tempo.
A vida não é sobre acumular.
É sobre sentir.
Não é sobre vencer.
É sobre viver com propósito.
Não é sobre ter razão.
É sobre ter paz.
Você não levará sua conta bancária.
Nem seus seguidores.
Nem suas vitórias.
Mas levará o que foi.
Levará o que fez com amor.
Levará o que construiu dentro de si.
Levará os gestos que curaram.
As palavras que acolheram.
As escolhas que honraram sua essência.
Então por que tanta pressa?
Por que tanta maldade disfarçada de ambição?
Por que tanto egoísmo travestido de proteção?
Por que tanto ódio, quando o mundo já tem dor demais?
Por que tanta competição, quando o que mais falta é compaixão?
Seja bom.
Não porque o mundo exige, mas porque sua alma precisa.
Seja leve.
Não porque é fácil, mas porque é necessário.
Seja verdadeiro.
Porque no fim, é isso que permanece.
A vida é um sopro.
Mas pode ser um sopro cheio de sentido.
Cheio de luz.
Cheio de Deus.
Cheio de tudo aquilo que não se vê, mas se sente.
Cheio de tudo aquilo que não se mede, mas transforma.
E quando chegar o dia de partir, que você vá leve.
Com o coração em paz.
Com a alma cheia.
Com a certeza de que viveu com propósito, e não apenas passou por aqui.
*César