A origem dos problemas (Este conto é baseado num caso real)


Uma mãe e seu filho adolescente moravam na mesma casa, mas viviam brigando. O rapaz era demasiadamente exigente com ela. Ele acreditava que sua mãe devia fazer tudo para ele, e sempre disparava severas cobranças quando ela não atendesse as suas expectativas. O rapaz não arrumava coisa alguma em sua casa, ia mal nos estudos, não trabalhava, e era “especialista” em desorganizar a casa.

A mãe, por seu lado, não conseguia se impor. Sentia uma grande dificuldade de cobrar qualquer atitude dele, pois sentia uma culpa profunda que parecia não ter nenhuma causa. Sempre que seu filho fazia alguma bobagem, ao invés de apontar seus erros e pedir uma reparação, ela não conseguia reagir, pois a culpa a paralisava. Essa culpa se agravava quando o adolescente dizia sentir fortes dores na coluna e sempre usava isso para justificar sua ociosidade. Os médicos não conseguiam encontrar a causa física dessas dores.

Certo dia, após engolir muitas bobagens que ele havia cometido durante o dia, ela deitou em sua cama e pediu a Jesus uma explicação para tudo aquilo. Por que o filho era tão exigente e abusado com ela? E por que ela sentia essa forte culpa de origem desconhecida? A mãe fechou os olhos e adormeceu profundamente durante toda a noite.

O sol já estava começando a lançar seus primeiros raios quando ela percebeu que estava em pé, em seu quarto, sentindo-se muito leve. Olhou para sua cama, e tomou um grande susto! Viu a si mesma deitada na cama, dormindo tranquilamente. Percebeu que seu espírito estava fora do seu corpo material. Neste instante apareceu uma luz que aos poucos foi se aproximando. Uma silhueta de um homem de branco começou a se formar e disse:

- Não tenha medo. Sou um emissário do Cristo na Terra e estou aqui para atender ao teu pedido de esclarecimento. Por favor, me acompanhe.

A mulher foi seguindo o homem de branco para fora de sua casa. Ambos foram viajando pelo espaço e atravessando uma floresta. Como já estava amanhecendo, a mãe ficou preocupada de não conseguir acordar para ir ao trabalho. Mas o homem de branco disse que ela não se preocupasse, pois a deixaria em casa ainda antes de ir trabalhar.

Ambos estavam agora num imenso campo aberto de trigo, com algumas árvores próximas. O homem de branco diz:

- A partir deste ponto, você deve ir sozinha.

A mulher fez o que o homem de branco pediu. Começou a caminhar pelo campo de trigo, até que chegou num local envolto por várias árvores. Atravessou as árvores e olhou atentamente em volta.

Subitamente, viu um homem forte, com um machado nas mãos, correndo em sua direção. O homem desferiu um golpe com o machado, mas o outro homem conseguiu desviar. Um dos homens atacou o homem com o machado e conseguiu tirar o machado de suas mãos e joga-lo no chão. Assim que o homem caiu, o outro homem levantou o machado e, com um só golpe, cravou o machado nas costas do homem caído. Este agonizou no chão.

A mulher, que agora se via num corpo de homem, voltou para onde estava o homem branco com a mão toda ensanguentada e um pouco assustada. Ela disse:

- O que eu fiz? Não entendo! Você me trouxe aqui apenas para que eu matasse esse homem? Por que fez isso?

- Você ainda não entendeu? – perguntou o homem de branco – Este homem que você acabou de matar é o mesmo espírito do seu atual filho. Repare que você tomou o machado de sua mão e desferiu um golpe mortal em suas costas e hoje em dia seu filho tem graves dores na coluna. Essas dores atuais nada mais são do que um reflexo desse golpe de machado. Esse homem que desferiu o golpe é você mesma numa vida passada. E essa é a causa da enorme culpa que você sente hoje em dia. Você sente essa culpa inconsciente por tê-lo assassinado e na vida atual sente que deve compensá-lo pelo que ele fez, por isso tem dificuldade de exigir dele uma melhor postura diante da vida. Nossas vidas passadas influenciam imensamente em nossa vida atual. Mas agora que você já experimentou novamente esse episódio de outra vida, você naturalmente se libertará desta culpa, e ambos, você e seu filho, poderão a partir de agora conviver em paz e harmonia.

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