“Às vezes a gente quer tanto que uma relação dê certo, que nos negamos a abrir os olhos para os sinais latentes de que não é para ser. Nós ficamos relutantes em aceitar que o outro não está entregue da mesma maneira ou que a relação é desigual. Tudo porque estamos envolvidos demais e não conseguimos enxergar o que para todos é óbvio.

Só que o amor não é feito de obviedade para os que o vivem. Há um ditado que diz que o coração é terra onde homem não pisa. Logo, em meu entendimento julgo que cada coração é um lugar singular e de acesso único a cada um de nós. Dessa maneira, somente eu posso sentir por mim e somente o outro pode sentir por si. Então, não há que se julgar o outro pela entrega. Cada um sabe o sentimento que carrega em seu interior.

Entretanto, é necessária muita cautela ao aguardar as demoras do outro. Às vezes a falta de decisão de quem amamos já é uma decisão. Quando alguém quer estar ao nosso lado ele não pondera tanto. Ele não te alimenta com migalhas, pois sabe que você merece um banquete. 

Sei que às vezes é difícil dar adeus a uma ideia construída na mente e ter que recomeçar do zero. Mas se você parar para pensar talvez você nem esteja recomeçando nada e sim começando. Às vezes achamos que temos algo em nossas mãos quando na verdade não temos nada.

O que a gente perde em tentar seguir em frente? 

Você já conhece todas as estradas e os caminhos que vem percorrendo até aqui e todas elas não levaram ao lugar que você desejava. Será que não está na hora de você mudar um pouco a rota, desviar o caminho ou quem sabe pegar um atalho? A vida é tão breve para esperar que o outro decida se está pronto. Se ele não sabe o quer você tem que saber o que você quer. Não deixe que os outros escolha os seus caminhos.”

(Pâmela Marques)

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