Algumas portas se fecham, quando resolvemos atravessa-las

 

“Às vezes a gente desafia a vida e percorre caminhos que não deveria. É aquele lance de olhar para a ponte quebrada, prestes a cair com o peso de uma pena, e ainda sim ser audacioso o bastante para atravessá-la. Nem sempre é sobre coragem de amar e sim sobre despeito. Você olha na cara do perigo e diz que consegue superá-lo. Você analisa os caminhos, cheios de espinhos, e acredita que pode passar por ele sem ferir os pés.

Só que a gente não tem controle sobre tudo. O caminho que percorremos pode nos levar a um lugar totalmente diferente daquele que imaginávamos. E nem sempre dá para voltar atrás. E nem sempre dá para consertar os erros que cometemos. 

Sempre digo que algumas portas se fecham quando resolvemos atravessá-las. Assim como alguns caminhos se fecham para nós quando decidimos percorrê-los. E tudo bem. Quem é que poderá prever o amanhã? Ninguém.

Ouvi dizer que apesar de, muitas vezes, não conseguirmos voltar, consertar ou nos redimir, sempre poderemos aprender com os nossos passos. Algumas estradas sempre existirão e nós passaremos por elas, a olharemos de rabo de olho, lembrando que não devemos adentrá-las novamente. 

Que elas já não trazem a nós aquilo que almejávamos. Só que ainda assim doerá, nós nos sentiremos tristes e decepcionados. Até porque toda estrada percorrida, por mais que ela não seja para nós, carrega consigo um pouco de esperança. A esperança de sermos ou termos sido de nós mesmos ou de alguém.”

 (Pâmela Marques)

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