Não se culpe. Em alguns momentos é necessário ouvir a voz da razão!

“NEM TUDO É TÃO RUIM QUANTO PARECE, MAS TAMPOUCO TÃO BOM QUANTO QUEREM IMPOR QUE ACREDITEMOS” 

César

O coração adora mandar e desmandar. Quer ir e quer ficar, tão cheio de cerimônias. É pelo coração que determinamos muito das nossas vidas. É uma voz duvidosa tantas vezes. Espera por certezas que talvez nunca venham, se questiona, pode sofrer e também sabe acertar.

Porém, na vida, nem todo caminho traçado pede decisões do peito, há uma grande dose de razão que precisamos tomar para que a vida siga, para que coisas se solucionem, para que enfrentemos desafios diferentes. Em muitos momentos é o mais sensato a fazer.

Fácil? Quem disse? A razão se mostra muito mais dura, menos amiga, calculista e sem dó.
Mas ela pode nos conduzir por caminhos menos tortuosos. E pode pôr fim a muitas desilusões. Quem sabe poderíamos deixar a vida apenas fluir, seguir por si só, mas tem horas que é necessário agir, decidir, determinar.

A razão é a inteligência em exercício, já dizia Victor Hugo. E ele tinha razão. Quando decidir pelo coração não resolverá nossas dores e questões o melhor a fazer é ser sensato e ponderar o que realmente é preciso fazer.

Partir, desistir, enfrentar, escapar, lutar, se render, perdoar. Nem sempre é o coração que nos permite fazer o melhor. Pode ser a razão nos dizendo que mais tarde o coração quem sabe faça a sua parte. Até quando pedimos a Deus, aos anjos, ao Universo para nos iluminar parece que a razão prevalece.

Nem razão, nem coração são soberanos. E há o tempo em que usamos um ou o outro para seguirmos viagem. Parecemos tiranos quando deixamos a razão tomar as rédeas de uma situação. Ela existe exatamente para isso: agir. E nem tudo se perde quando agimos através dela.

Há resoluções, lições, finais felizes. Há sabedoria e força. Há coragem e bom senso.

A razão ultrapassa nossa vontade, ela se mostra mais clara porque parece que a vontade é coisa do coração.
E acredito que seja.

Eu não quero e ninguém precisa ter sempre razão. O coração sofre quando ela trabalha. Ela questiona quando o coração decide. As duas costumam se encontrar pelo caminho e se desencontrar.

É preciso colocar um pouco de fé e alguma esperança quando não vemos muito além das nossas escolhas. E deve haver alguma razão quando não usamos o coração, mesmo que de imediato não encontramos nenhuma explicação.

*Kênia Casagrande

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