O Deus do impossível e o dom da paciência!

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar à parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada, fora de qualquer rota de navegação, e ele agradeceu novamente. Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, e animais e, também, para guardar seus poucos pertences. Como sempre, ele agradeceu.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.

No entanto, um dia, quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado, ele se revoltou. Gritava chorando: “O pior aconteceu, perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?”- Disse.

Chorou tanto, que adormeceu profundamente cansado.

No dia seguinte, bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

“Viemos resgatá-lo”, disseram.

“ Como souberam que eu estava aqui ?” Perguntou ele.

“ Nós vimos o seu sinal de fumaça. ”

É comum sentirmos-nos desencorajados e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal.

Mas Deus age em nosso benefício mesmo nos momentos de dor e sofrimento Lembre-se: se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você, a presença de Deus.

Esta história nos faz acreditar que Deus é misericordioso e provê, no tempo certo, a solução para nossas questões e problemas. Portanto, diante de uma situação que pareça insuportável e que não podemos enxergar o caminho a tomar, é preciso desenvolver a paciência.

A paciência fará com que a dificuldade desapareça, pois os problemas são nuvens que em algum momento se desfazem. As mudanças chegam. Novas situações aparecem e o quadro se modifica. Com paciência, os pensamentos, as emoções ganham tempo para se ajustar, gerando soluções.

A paciência é a virtude dos homens de fé e é o freio dos problemas. A paciência é um talento para resistir e vencer. Aquele que sabe fazer uso da paciência sabe também fazer uso da razão. Estão mais próximos de alcançar a vitória, os que melhor utilizam a paciência do que a audácia. A paciência deve ser cultivada com arte e inteligência. Graças a ela, adquirimos capacidade de compreensão, de tolerância e sabedoria para viver bem conosco e com os outros! Através da paciência, vamos alcançando tudo. A paciência traz frutos como o contentamento, coração sereno, confiança e tranqüilidade da mente.

Se aprendermos a ter paciência, saberemos como comer, como pensar, como trabalhar, como estar sozinho, como fazer amizades, como viver uma vida verdadeira. Sem paciência, dissipamos nossa energia e ficamos irritados e cansados.

Com este auto-aperfeiçoamento, vamos purificando camadas e camadas de nossa mente, descobrindo como podemos ser mais felizes, superando nossas dificuldades e eliminando nossos medos e limitações. É importante entender este paradoxo: viva com responsabilidade e leveza de espírito. Sem stress, sem cobranças, sem tantas expectativas, sem a seriedade que é bem peculiar do ego.

Viva aceitando, verdadeiramente, o momento presente que já é sua colheita. Não adianta se revoltar, ficar com raiva. Você tem o que precisa e merece. Nada acontece por acaso. A vida é como tem que ser.

Você é mais feliz quando tem aceitação de si mesmo, aceita os acontecimentos e aprende com eles, extraindo lições. A chave para ser mais feliz e saborear a vida é aceitar os outros como são e não tentar mudar a ninguém a não ser a você mesmo. Se mudarmos a nós mesmos, poderemos experimentar harmonia e paz, mas se esperarmos que o mundo ou que os outros mudem, com certeza, teremos que esperar em vão por muitos séculos.

Isto me lembra o ensinamento de um grande santo. Ele costumava rezar pedindo a Deus energia para modificar o mundo. Muitos anos se passaram e, quando ele chegou à meia-idade, percebeu que não tinha mais força suficiente para mudar o mundo. Assim, ele pediu a Deus energia suficiente para mudar os parentes. Mais anos se passaram e ele ficou idoso. Então, como ele percebeu que não dispunha de força para mudar os parentes, pois eram mais fortes que ele. Então, começou a rezar: “Ó Senhor, dê-me força suficiente para que eu possa mudar a mim mesmo.” E só assim ele ficou satisfeito e em paz. Deste modo, este santo nos alerta para pedirmos, desde o começo, energia e coragem para mudarmos a nós mesmos.

Isto porque, segundo Theilhard de Chardin, “não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual, somos seres espirituais passando por uma experiência humana!”.

Pense nisso e tenha uma semana plena de harmonia!

* Por Beth Landim

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