O menino e o Peixe

Li de um menino inglês, chamado William, que frequentava a Escola Bíblica. 
Sua mãe, uma viúva, o estimulava a não faltar. Um dia, William ouviu com interesse a história que a professora contou. Era o fato em Mateus 17.24-27, em que Jesus diz a Pedro que vá ao mar, lance o anzol, tire o primeiro peixe que subir. Na boca desse peixe, Pedro encontrará a moeda com a qual será pago o imposto.

Desafiado em sua fé, William volta para casa pensando na pobreza em que ele e sua mãe vivem. Ele conclui que se Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente, por que ele não pode repetir o milagre hoje?

William pegou as poucas moedinhas que tinha e foi à peixaria de sua cidadezinha. Quis comprar peixe grande, mas o dinheiro que trazia não dava para pagar pelo peixe todo. Então, num rasgo de inteligência, sugeriu ao vendedor que lhe vendesse apenas a cabeça do peixe, na suposição de que a grande e esperada moeda estaria ali, na boca do peixe. O vendedor embrulhou a cabeça de um peixe numa página de jornal. 

William foi para casa exultante. Chamou a mãe e lhe contou a história da professora da Escola Bíblica. Com entusiasmo, falou da moeda na boca do peixe que Pedro achou, sob ordens de Jesus. Disse que resolvera fazer a mesma coisa. E começou a desembrulhar a cabeça do peixe; estaria ali o seu tesouro. Abriu a boca do peixe e nada!

A decepção foi tão grande que William chorou. Chorou tanto que acabou dormindo. 

Enquanto dormia, sua mãe, também frustrada com a experiência, começou a ler aquela página de jornal trazida da peixaria.Qual não foi a sua surpresa ao deparar com um anúncio nessa página única que tinha nas mãos. Um advogado anunciava que um parente dessa mulher, não tendo herdeiros, deixava para ela toda a sua fazenda, e como não a encontrasse por outros meios, fazia-o agora por meio do jornal.

A mãe de William correu a acordá-lo. E se o menino chorara antes de decepção, chorava agora de puro contentamento. Deus viu a fé que o menino alimentara, e se não respondeu de um modo, respondeu de outro. 

Tenha fé. Deus sempre nos responde. Muitas vezes, não como desejamos, mas de maneira surpreendente e muito além do que a nossa curta visão pode alcançar.

(Adaptado do livro: Conta Outra - João Soares da Fonseca)

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