Seja você mesmo
Quando nos recusamos a passar quem realmente somos para os
outros, é a nossa imagem que eles passam a conhecer e até a amar ou não
apreciar, e não aquilo que somos verdadeiramente.
Freqüentemente as pessoas têm medo do
julgamento dos outros e elas preferem "seguir a maré" do que contradizer.
Talvez
tenham medo de se revelar por achar que não vão ser aceitas como são, ou então
para não magoar e ferir os outros, preferem agir como se estivessem de acordo
com tudo. Dizem sim quando interiormente pensam não.
E cria-se assim uma imagem falsa e
errônea de si mesmo. Mas a vida
não é um palco e nós não somos todos atores que, depois do espetáculo, se despem
da sua personagem. Se fazemos isso criamos em volta de nós mesmos um mundo
hipócrita.
Não digo aqui que devemos ficar jogando
nossas verdades sem nos importar com a reação das pessoas. Nós não somos uma
ilha e menos ainda o centro do mundo. Todavia, tem momento e meio pra tudo na
vida. O importante é a sinceridade.
Uma mesma coisa pode ser dita de
diferentes maneiras e causar diferentes impactos naquele que ouve. É o que
chamamos de eufemismo e que não faz mal a ninguém. Uma coisa é dizer "essa cor
fica horrível em você" e outra "eu acho que aquela ficaria bem melhor em
você."
Se não concordamos com uma idéia ou uma
pessoa, há maneiras de expôr o que pensamos sem ser desagradáveis.
Nós somos o que somos e pensamos o que
pensamos. As pessoas que nos amam devem nos amar por aquilo que somos e não pelo
que aparentamos ser. Elas nos aceitarão apesar de nossas falhas se perceberem
que somos sinceros e se nos amarem verdadeiramente.
Os verdadeiros amigos não devem estar
obrigatoriamente o tempo todo de acordo, mas devem aprender a respeitar e
aceitar a diferença do outro, porque são justamente as diferenças que nos
enriquecem.
Qualquer que seja a situação, seja você
mesmo. Sincero, límpido, transparente. Talvez você não seja o ideal para todo
mundo, mas você saberá que aqueles que te amam, amam profundamente e de todo o
coração.
© Letícia Thompson