Temos muitos medos, mas …medo de amar?



Temos muitos medos: medo da violência, medo de altura, de inseto, medo de viajar de avião, medo da fome, medo da solidão que nos faz a todo momento buscar um relacionamento.
 Aí aparece o medo de amar e só a gente sabe o porque.
Se conseguirmos vencer a todos os medos por que temos tanta dificuldade de vencer o medo de amar?

Quando um amor lindo, intenso, profundo e denso acaba bruscamente porque uma terceira pessoa apareceu ou porque simplesmente não há mais interesse ou atração parece que somos rasgados por dentro e que nunca vai cicatrizar.

O que interrompe um sentimento que parecia tão profundo? É um mistério indecifrável.
O mais dolorido é que o amor termina só de um lado, nunca nos dois corações ao mesmo tempo, esfriando um antes do outro espalhando um pouco de dor para cada um dos parceiros.

Sim, também dói em que toma a iniciativa de romper, pois além do amor existe a amizade, que contínua, a ausência do outro com quem se acostumou. É sempre traumático, tem que quebrar rotinas, é uma decisão de grande responsabilidade, é fazer o ex-parceiro sofrer, mexendo com o afeto do outro, mas também de si próprio.

Para quem tem o amor rejeitado é muito dolorido. Fica com uma ferida exposta, definhando em público como se todos soubessem, a alma encolhe querendo entrar num buraco, sumir e esquecer o tempo gasto, com a sensação amarga de perda do amor, confiança, estabilidade, segurança.

Não cremos em mais nada, o romantismo perde todo o sentido e músicas, filmes, novelas e até propagandas idiotas nos fazem chorar.

O tempo passa, a dor do amor vai diminuindo, deixa de chorar e finalmente está com o coração reformado, novo. Se nada de bom está acontecendo, nada de ruim também não.
Chegou a hora de um novo amor?

-Nem pensar, tenho medo, logo respondemos.
-Medo? Medo do que?
-Medo de sofrer novamente.

Mas, será medo mesmo ou só estamos fingindo um pouco, resistindo para nos proteger?
Porém sabemos que é impossível recusar, querendo que esse amor logo apareça, mas não temos apenas coragem de admitir.
 Se antes tínhamos a ilusão que tudo era perfeito começamos a perceber que fantasiávamos que de uma forma irreal e a “ficha cai”.

Aos poucos começamos a descobrir que existem limites, e o melhor, que talvez não seja tão ruim assim o rompimento, pelo contrário. Ao nos livrarmos de muitas exigências bobas e supérfluas, começamos a enxergar o que realmente é importante para nós.
Passamos uma peneira fina e no final descobrimos que muitas das coisas que queríamos, objetos , coisas e relacionamento não fazem mais sentido e que apenas ocupavam espaço em nossas vidas.

Amadurecemos, o rompimento de um relacionamento nos faz crescer, e passamos a identificar com clareza o que é verdadeiramente necessário para ser feliz.
A vida começa a tomar forma novamente e muitas das ideias e conceitos que compreendíamos apenas em teoria passam a assumir a conformação de uma realidade efetiva.


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