A culpa fica para sempre
Uma campanha de utilidade pública
nacional trouxe o seguinte slogan: O efeito do álcool passa. A culpa fica
para sempre.
O movimento busca uma vez mais a
conscientização da população, a respeito dos efeitos terríveis do álcool
associado à direção de motorizados.
Estima-se que morram mais de
duzentas pessoas por dia em nosso país, por acidentes de trânsito. A grande
maioria associada ao consumo de alcoólicos e outras
drogas.
Desejando alguns momentos de
suposto prazer, por
vezes arriscamos comprometer toda nossa encarnação e, ainda - tão grave quanto - a prejudicar a vida de outros, que sofrerão os efeitos de nossos
atos impensados.
Será que vale a pena correr esses
riscos? Será que não estamos subvalorizando a nossa e a vida dos outros, quando
dizemos: Não vai dar em
nada?
Quantas almas são, hoje, escravas de um sentimento de culpa
destruidor, em função desse descaso, que normalmente não é um fato isolado, mas
um costume constante em tantas pessoas.
A culpa nos faz adoecer, nos faz
estagnar e, depois de muito tempo
em sofrimento profundo, faz-nos enxergar por entre as inúmeras lágrimas, que
não valeu a pena.
Não é possível voltar no tempo e
desfazer o que fizemos.
A vida nos dará novas chances, sim,
de curar o que dilaceramos no outro, mas serão caminhos longos e duros. Por que escolhê-los?
Será que esses prazeres momentâneos
da vida valem todo o risco que
corremos? Qualquer mente um pouco esclarecida dirá que não, não vale a
pena.
Assim, por que não podemos nos
tornar um pouco mais conscientes?
Por que se deixar levar com tanta
facilidade por emoções frívolas, que passam tão rápido?
Alta velocidade, perigos, fortes
emoções - será que valem a
pena?
Não propomos uma vida sisuda,
sem cor, enfadonha - de forma alguma.
É possível ser alegre, vivaz,
divertir-se, sem precisar correr riscos, sem prejudicar o corpo, sem ser uma
ameaça constante à sociedade.
Por isso, pensemos muito antes de
nos arriscarmos. Ouçamos outras opiniões. Não deixemos que a excitação nos
conduza com tanta facilidade, anulando totalmente a razão.
Somos seres inteligentes, lembremos
disso, antes de agirmos como completos celerados.
Pensemos nas consequências possíveis
de cada um de nossos atos,
evitando chorar as muitas lágrimas do arrependimento tardio.
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A
tendência
para o bem
é inata no ser
humano,
face à sua procedência
Divina. O
entorpecimento
carnal,
às vezes,
bloqueia a
faculdade
de direcionamento
que a consciência
proporciona.
A
pessoa
lúcida, como consequência,
age com prudência,
confiando
nos resultados
que advirão,
sem preocupar-se
com o imediatismo,
sabendo
que a semente
de luz
sempre
se converte
em claridade.
A
responsabilidade,
advinda
da consciência,
promove o
ser ao estágio
de lucidez,
que o leva a aspirar
pelas cumeadas
da evolução
que passa a
buscar,
com acendrado
devotamento.