Nem tudo que parece carinho é cuidado. Nem toda doçura é sincera.
A gente cresce aprendendo a ouvir o que é dito, mas nem sempre aprende a sentir o que está por trás. Porque tem palavras que chegam como abraço, mas apertam demais. Tem elogios que soam como afeto, mas são armadilhas disfarçadas. Tem gente que oferece atenção, mas cobra obediência. Que sorri, mas quer controle. Que se aproxima, mas não acolhe — manipula. E quando você começa a perceber isso, tudo muda. Você começa a enxergar os detalhes. O tom. A frequência. O que não é dito. Começa a entender que o problema nem sempre está nas palavras — está na intenção. Naquilo que se esconde por trás do gesto bonito. Na expectativa que vem embutida no “eu só quero te ajudar”. Na cobrança disfarçada de preocupação. É difícil aceitar isso. Porque a gente quer acreditar no melhor. Quer confiar. Quer sentir que é amado, cuidado, respeitado. Mas às vezes, o que parece amor é só uma forma sofisticada de controle. E o que parece cuidado é só uma maneira de manter você pequeno, dependent...
.jpg)

.jpg)






