Chega um momento que a gente cansa.
Que a gente cansa de tentar mudar quem não quer ser diferente.
Que a gente cansa de insistir nas mesmas pessoas
Que a gente cansa de se decepcionar com as mesmas atitudes.
Que a gente cansa de trabalhar sozinho por amores que talvez só existam de um lado da relação.
Que a gente cansa de sofrer!
A mudança não vem com a dor, a mudança vem com o cansaço. Quando a gente cansa de sofrer e entende que merece mais.
O cansaço surge quando se atinge o limite. Quando simplesmente todo nosso sistema emocional já não suporta mais uma situação. E então a mudança aparece como a saída.
Nem sempre o amor se acaba, mas muitas vezes ele cansa. Cansa de amar sozinho, cansa de amar por dois, cansa de permanecer em lugares onde ele não encontra aconchego.
Chega um momento que a gente cansa. E aí escolhemos partir!
Porque de gota em gota o balde se enche, a paciência se esgota, a vontade se esvai.
O cansaço também é despertador, é o primeiro sinal que antecede a mudança, é a entrega e a aceitação de quem desistiu de lutar, não só porque cansou, mas porque percebeu que o amor não deve ser uma batalha.
Uma relação não termina ao acaso, ela termina pelos cansaços acumulados aos poucos, do cansaço de amar por dois e de levar consigo o peso das desilusões.
E é quando a gente cansa que a gente segue em frete, se redefine, se reencontra. E compreende que o amor precisa ser leve, para não pesar na alma e no coração.
Porque muitas vezes é justamente o cansaço que nos liberta!
Alexandro Gruber