Quando estiver em dificuldade, mantenha o bom ânimo, pois tudo pode mudar para muito melhor!


Então, a gente vai seguindo a vida no seu ritmo rotineiro, trabalha, estuda, almoça, diverte-se, viaja, dirige o carro e assim, os dias passam sem que percebamos, numa rotina cômoda, confortável e até mesmo mecânica.


Mas é bobagem achar que será assim indefinida e infinitamente, pois, mais cedo ou mais tarde, algum episódio irá ocorrer para modificar nossos dias, nossas noites, enfim, às vezes, nossas vidas. Acontecimentos que podem nos tirar do prumo, do rumo, às vezes, para algo pior, melhor ou apenas diferente.


Um desemprego, uma enfermidade, uma separação, são ocorrências que alteram nosso dia a dia de maneira negativa, pelo menos até que possamos nos readaptar, e eu não conheço nesse mundo nenhuma alma viva que só tenha vivido momentos de tranquilidade, alegria e bem-aventurança.


Todos passam algum dia de dificuldade na vida. Felizes os que passam um só dia, pois há muitos que enfrentam acontecimentos de grande impacto, que duram longos períodos, muitas vezes, até para todo o sempre.


São tempos de inevitável sofrimento, oscilamos entre desespero e esperança e nossa capacidade de desenvolver e exercitar a paciência é colocada à prova, pois o desfecho desejado quase nunca chega com a urgência que esperamos.  Invariavelmente, nós nos frustramos, mas a vida não está nem aí para nossas frustrações, nada muda por causa disso.


Se a desventura faz uma rápida passagem, tanto melhor, em pouco tempo voltamos a viver nossa cômoda vida e logo teremos superado o mau acontecimento, o mau momento, muito embora, toda vivência difícil, imprima alguma marca em nós.


É isso que acontece na vida de todo ser humano! As adversidades só mudam de natureza, de duração e de gravidade, mas nenhum de nós está livre delas.


Porém, nem tudo são trevas, espinhos, desventuras, nem tudo e nem sempre.


Algumas vezes as mudanças de rumo acontecem vagarosamente, mas há também aquelas situações que se transformam de uma hora para outra, o que é mais difícil, porém, também acontece.


Então, eis um dia em que as coisas, de repente, começam a mudar, coisas agradáveis começam a acontecer, coisas que esperávamos e até que não esperávamos.


Parece que a nuvem negra está de partida e já se pode ver alguns raios de sol e até mesmo um pedacinho de céu azul.


Um novo trabalho, um novo amor, um dinheiro recuperado, já dado como perdido, que nos deixou num tremendo sufoco. Um problema de saúde é finalmente solucionado de maneira surpreendente e inusitada.


De repente, nossos olhos veem uma nova realidade, a rotina já não é a mesma de ontem, de uma semana atrás e, então, sentimo-nos perplexos, como a vida é uma roda viva, uma montanha russa de altos e baixos, um trem descontrolado.


Nem sempre temos o comando dessa máquina em nossas mãos, nem para o que é bom, nem para o que é ruim. Nem sempre controlamos a condução desse trem, seja para as fatalidades ou para as dádivas.


É aí que mora o mistério.  Nas reviravoltas da vida. Nas mudanças extremas e repentinas.


Mudanças gradativas são facilmente explicadas e entendíveis, pois pode-se controlar e conhecer as ações que nos levam às transformações paulatinas, já o que muda do dia para noite, de uma hora para outra é, no mínimo, surpreendente, cuja ação sobre a mudança não se sabe a que ou a quem atribuir.


Seria coisa do destino? Seriam as mãos de Deus levando-nos rumo às nossas provações, positivas ou negativas necessárias para nossa evolução?


Quem já vivenciou esse relato, certamente entenderá muito bem o contexto.


Há muitas histórias de vitórias e derrotas repentinas, da riqueza à pobreza e vice-versa. Da saúde à perda da vida, instantaneamente. Do sucesso ao fracasso e seu contrário, em curto espaço de tempo.


Por isso, quando estivermos bem, aproveitemos, pois pode acabar depressa. Ou quando estivermos em dificuldades, mantenhamos o bom ânimo, pois tudo pode também mudar, de repente, para melhor.


É algo misterioso e inexplicável que me lembra um famoso provérbio espanhol: “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay” 


*Helena Fernandes


Direitos autorais da imagem de capa: evgenyatamanenko / 123RF Imagens

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