Às vezes é preciso parar de pensar um pouco na vida e vivê-la!

Algumas vezes é necessário, vital até, eu diria, remar contra a maré. 
Peixe que só segue a correnteza não sobrevive à pororoca!
A gente precisa nadar contra as marés, principalmente, as de azar.
A gente precisa quebrar os protocolos, os paradigmas… principalmente, os nossos próprios; perder os medos dos paradoxos; arrebentar as correntes. Furar o sistema. INVADIR O FLUXO!
Viver no flow!!!
Gritar o mais alto possível, mesmo que aparentemente estando em absoluto silêncio. Chega uma hora que a resiliência se faz desnecessária, é a força que predomina. A aceitação demais, de tudo, o tempo inteiro, começa a nos infernizar o juízo… então… rebelar-se (e revelar-se) é preciso!
Chega uma hora em que cansa seguir a cartilha, cansa ser um bom sujeito, cansa viver vendo todos os maus-caracteres se dando bem; cansa ainda ter um coração batendo aqui dentro.
Ter consciência demais, cansa. Esgota. Desanima.
Esgota mentalmente, espiritualmente e fisicamente, tentar prever o futuro a todo instante.
Ficar fazendo mil cálculos e  organizar um plano de emergência para cada letra do alfabeto.
Cansa viver com o “E SE” cravado no peito, latejando a todo momento.
A vida fareja o medo.
E desta forma, de repente nos vemos petrificados em nossos sofás, brigando com a mente que nos manda levantar e abrir as janelas, mas não obedecemos. Vamos assim, numa aparente apatia, pedindo a Deus que mude tudo e mortos de medo de tudo mudar.
Mas, às vezes, não dá. Às vezes não dá pra marcar hora, para programar o jantar. Às vezes não dá pra planejar e cumprir férias para daqui um ano.
Às vezes, não dá pra dispensar o amor e combinar de encontrá-lo um pouco mais à frente. Não dá para viver esperando o carnaval pra ser feliz.
Às vezes, não dá para contar só com a sorte e ficar esperando a porta abrir, às vezes tem que se meter o pé; dar no pé; ir à pé, mas…IR.
Às vezes, não dá pra permanecer, mesmo muito se querendo.
Às vezes, não dá para contar com as pessoas, contar os passos, seguir o roteiro.
Há de se ter savoir faire para contornar, pegar o atalho, voltar, corrigir a rota ou, simplesmente, seguir em frente, como dá. Porque seguir em frente, sempre dá! O que não dá, de jeito nenhum, é ignorar o tempo, estagnar-se.

Nesses momentos, em que a alma parece não caber (e não fazer mais questão de tentar) mais dentro do corpo, em que nós nos largamos e nos perdemos de nós, em que deixamos a mente correr insana à revelia… nesses momentos, é preciso dar o grito de independência… das próprias amarras, também.
É preciso cavar, com afinco, as oportunidades; acender um isqueiro, se não houver luz no fim do túnel. Ascender!
É preciso IR VIVER e parar de pensar um pouco na vida.
Capisce?
Senão o ciclo não termina nunca, a casca do ovo não rompe, o casulo não desprende e os nossos neurônios, de tão maduros, apodrecem.
Imagine se os nossos ancestrais não tivessem saído das cavernas, com medo do mundo?
Imagine se Gauss, Newton, Eistein, Santos Dumont, nunca tivessem tentado nada por medo de falhar…
Imagine se os Incas e os Maias tivessem tido medo de observar o céu, o espaço, as estrelas?
Há quanto tempo você não vê as estrelas? Não conta vagalumes… não ri até a barriga doer?!
É preciso sentir o timing das coisas…
Passividade NÃO é resiliência. Covardia não é DIPLOMACIA. O conformismo é o câncer das sociedades modernas.
Felizmente, tem cura. Cure-se! Mexa-se!
Pare de pensar que “NÃO DÁ” e combine consigo de FAZER, da maneira que der no momento.
Você vai ver que ATITUDES dão um baita alívio no peito e certas vezes o Universo só espera um sinal nosso, uma prova da nossa vontade, para agir.
Nem sempre a “hora certa” vai chegar, nem sempre sairá perfeito, mas o importante é ir, de qualquer jeito.
Confie na Vida, confie na sorte, em Deus e acima de tudo isso, em você.
Vá VIVER. Não se conforme somente em coexistir. 

*Bruna Stamato

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