Cinco Sentidos

Primeiro foram os olhos que te trouxeram até mim. 
Devagar… devagarinho surgiste tu, vindo do nada e ocupando de forma avassaladora a tela da minha vida. 
Olhei-te. Observei-te. Admirei-te. Apreciei-te. 
Entraste-me na retina e não mais de lá saíste. Depois ouvi-te... 
Não foram palavras que escutei, foram acordes de harpa que fizeram retinir todas as campainhas do meu corpo, que embalaram as minhas células numa valsa de saltos altos à luz da Lua. Inalei-te… A que cheiras tu, meu amor? 
Que aroma é esse que se desprende de ti e como um néctar dos deuses me envolve nessa tua sedução. 
Que fragrância o teu corpo emana que se evapora para o meu corpo e que deixa a tua presença em mim? 
Toquei-te…que textura tem a tua pele? Não é seda, porque esta é magnífica e fria e o teu corpo é maravilhosamente quente. 
Não é linho, porque este é sublime e áspero e tu és sublimemente macio. 
Provei-te… no teu beijo há a luxúria do mais glamoroso vinho, há o requinte do mais caro champanhe, há a doçura da mais delicada sobremesa. 
Senti-te… e da troca de olhares, no gosto dos beijos, no toque de peles, no aroma dos corpos suados… apaixonei-me…

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