A gente não vê, mas sente


Desde tempos remotos, o homem tem uma fascinação pelo improvável.


Muitas pessoas fogem do lógico.


Muitas pessoas fogem do clássico amor dos tempos da aristocracia inglesa. Alguém vai num encontro social, e ali conhece outro alguém e por aí vai.


Muitas vezes, o coração só sente e não adianta tentar entender, que os cabelos tenderão a ficarem brancos de tanto pensar.


Acontece que às vezes a vida te pega de soco na cara, e quando você achava que estava tudo se alinhando, aparece alguém e num desalinho, você se enrosca. Mas não um contato físico e sim um encontro de almas. Uma ciranda de afinidades e longas conversas noite adentro.


Aí um monte de coisas passam pela tua cabeça. Você diz à si mesma que está bem grande pra coisas platônicas e que isso é coisa de adolescente se descobrindo, fazendo sua arrogância transbordar.


Estamos sempre nos descobrindo e muitas vezes a gente fica mesmo surpreso sem saber ao certo o que acontece.


Entenda que existem contatos que vão além do físico. Existem sorrisos que nos encantam e podem estar do outro lado do mundo. Existem histórias magníficas que começam sem sequer um beijo. Pessoas assim são premiadas pela vida, pois afeição assim em tempos de redes sociais à mil, é mais que raro.


Não se perca se um dia isso lhe ocorrer. Agradeça, pois quem sente sem ter tocado, tem mais chances de não ser tão superficial como a maioria, onde sobram egos inflamos e prepotência sem limites.


Sentir sem ver, pode ser o começo de algum sem fim…


*Flávio Jonatan   

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