Todos querem o calor das fogueiras, mas...


Raros são os que se dispõem a cortar a lenha!

Queremos os amores intensos, as paixões avassaladoras e os encontros mágicos dos contos de fadas. Desejamos experimentar as sensações inebriantes nas quais os autênticos romances nos fazem mergulhar. Fantasiamos, sobretudo, momentos que confiram í nossa relação adjetivos como ?inesquecí­vel?, ?inenarrável?e ?surpreenente?.

Queremos nos sentir extasiados, presenteados com uma constante leveza, própria do encantamento das grandes paixões. Muito digno, eu diria. Absolutamente compreensí­vel tal aspiração e até humanamente previsí­veis essas vontades.

No entanto, o que transforma brasas em fogueira e provoca as chamas excitantes que buscamos é a força de um sopro que movimenta, que realiza a alquimia do calor transmutando-o em labaredas capazes de incendiar corpo, mente e coração.

Não há fogueira que se sustente de fantasias e intenções apenas. É preciso alimentá-la, botar lenha. Isto é, se desejamos a dança sedutora do amor, é imprescindí­vel que estejamos dispostos e aptos a dar o sopro. É essencial que tomemos atitudes, porque são somente nossas açíµes ? focadas e objetivas ? que nos possibilitam vivenciar aquilo que desejamos, seja lá o que for.

Mas parece que temos insistido em acreditar que basta sonhar e aguardar... ou pior: que basta ficarmos í espera da atitude romântica do outro; e caso este outro? inadvertida e desatentamente? não vá cortar a lenha e não alimente a fogueira da paixão, que nos reste o direito de reclamar, de protestar e de nos lamentar. Sim, temos este direito. Aliás, ainda bem que reclamar não nos acarreta impostos ou boletos com data de vencimento e pós-juros, senão estarí­amos (a grande maioria) em permanente débito.

Todo direito faz par com um dever. Neste caso, é dever pessoal de quem deseja manter acesa a chama da paixão em seu relacionamento por longos e instigantes anos, tornar-se uma pessoa apaixonante. É isso! A paixão é resultante da
convivência com pessoas apaixonantes. Você é?!?

Se sim, sugiro que ensine este talento ao seu parceiro; não através de cobranças, crí­ticas e acusações constantes, mas especialmente por meio de atitudes admiráveis e, claro, apaixonantes. Se não, sugiro que comece a se tornar já. Boa dose de criatividade, humor e originalidade, além de um toque pessoal para reforçar sua marca, são infalí­veis neste processo que pode ser, acima de tudo, uma deliciosa brincadeira.

Portanto, antes de pensar em trocar de parceiro, considere com carinho a capacidade de trocar de atitude. E que você não se esqueça nunca de que as sensações indispensáveis que o amor apaixonado nos proporciona só podem sobreviver e perdurar com sopros e alquimias inovadoras.
Mais do que exercer o seu direito de reclamar do outro, pratique a sua capacidade (talvez até desconhecida) de transformar alguns dias de sua persistente rotina em imperdí­veis capí­tulos de um grande amor..

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