Servir não é exigência, é privilégio.
Deus não precisa de nada vindo de você.
Não há uma necessidade no céu esperando ser suprida,
nem um espaço que só sua ação pode preencher.
Aquele que criou tudo a partir do nada
não carece do que é terreno, limitado ou passageiro.
Ele é completo. Sempre foi. Sempre será.
Mas mesmo assim… Ele te chama.
Não por falta.
Mas por desejo.
Desejo de te envolver em algo que te transcende,
de te colocar dentro de um plano que não acaba na morte,
mas começa na eternidade.
O chamado não é exigência.
É um convite revestido de honra,
uma oportunidade que poucos reconhecem como o que realmente é:
um gesto de amor.
Deus não te escolhe pelas habilidades que o mundo exalta.
Ele não está em busca de performance, currículo ou prestígio.
Ele olha para o coração nu.
Para a alma disponível.
Para o espírito que, ainda que falho, diz “sim”.
Servi-Lo não é devolver bênçãos,
nem “provar” gratidão.
É permitir que a sua vida se entrelace com os fios da eternidade.
É tocar o invisível com mãos humanas,
e sentir que existe propósito até no mais simples gesto.
É quando você lava os pés dos outros com sua escuta,
é quando você estende um olhar que acolhe,
é quando você escolhe ser canal de paz em meio ao ruído.
Isso é servir.
E isso… isso é um privilégio.
Porque é Deus quem convida.
É Ele quem capacita.
É Ele quem te dá a chance de ser instrumento
sem te exigir perfeição — só presença.
Servir é se aproximar de Deus não pela obrigação,
mas pela intimidade.
É entrar no fluxo da graça
e perceber que você não está fazendo por Ele —
está fazendo com Ele.
A cada gesto, você se une ao céu.
A cada ato de compaixão, você reflete a face dEle.
A cada escolha de amor, você se afasta do ego
e se aproxima da essência.
O serviço é resposta, não imposição.
É fruto de uma revelação,
não de um medo.
Porque servir não é sobre preencher um vazio em Deus.
É sobre permitir que Ele preencha o seu.
*César