O tempo não se mede em calendário — se mede em intensidade.
Não é sobre os anos que passam,
nem sobre os aniversários contados,
nem sobre as conquistas que colecionamos como medalhas.
É sobre os instantes.
Os pequenos.
Os esquecíveis.
Os que doem e os que curam.
Os que nos marcam sem pedir licença.
A vida verdadeira acontece fora da agenda.
Ela pulsa no abraço demorado,
na lágrima que escapa sem explicação,
no silêncio que acolhe,
na gargalhada que explode sem motivo.
Instantes são pontes entre o ordinário e o sagrado.
São fragmentos onde nos tornamos mais nós.
Mais humanos.
Mais vivos.
Eles não pedem preparo — só presença.
E a verdade é que muitos vivem, mas poucos habitam os próprios dias.
A correria rouba a alma do momento.
Nos tornamos profissionais da pressa, especialistas em sobrevivência.
Mas a existência...
essa pede pausa, pede olhar, pede sentir.
Você lembra daquele pôr do sol que te fez respirar mais fundo?
Da conversa que mudou sua percepção sem que você esperasse?
Da música que pareceu falar diretamente com seu coração, justo naquele dia difícil?
Esses momentos —
eles atravessam.
E onde atravessam, deixam marca.
Deixam cor.
Deixam sentido.
Viver é saber que nem todo dia será épico.
Mas que mesmo num dia comum… algo pode ser eterno.
Então hoje, que tal desacelerar?
Que tal observar o instante como se ele fosse a resposta?
Que tal valorizar o café quente, o toque gentil, o cheiro da chuva?
O tempo não para.
Mas a sua alma pode.
Pode parar para sentir.
Para agradecer.
Para simplesmente ser.
Porque os anos vão passar — inevitavelmente.
Mas são os instantes que definem o que de fato valeu a pena.
*César