Deixe estar! Confie! Se está ruim, há de passar. Nada como um dia atrás do outro…

Quando envolvidos emocionalmente com os próprios problemas, nós nos distraímos, na maior parte do tempo, e deixamos de perceber muito do que acontece bem abaixo do nosso nariz, porque queremos que tudo se resolva o quanto antes, ignoramos alternativas menos atrativas e com isso jogamos fora grande parte das boas oportunidades que nos chegam.

Somos teimosos irremediáveis, queremos porque queremos que tudo aconteça do jeito que planejamos e fazemos vista grossa para soluções em longo prazo. Olhando para a nossa imagem vista pelo lado de fora, como se fôssemos espectadores, percebemos como somos idiotas, parecendo cachorro que corre em volta de si mesmo para morder o próprio rabo. Sinceramente, dá até vergonha de saber da nossa infantilidade.

Ao manter a cabeça baixa, já considerando batalhas vencidas, as únicas coisas que conseguiremos ver além dos nossos pés são apenas formigas e, mesmo que pareçam totalmente dispensáveis, elas têm um propósito. Se observarmos, veremos o quanto elas trabalham. Não têm tempo para reclamar nem para se sentar numa pedra para tomar um gole d’água.


As formigas andam em fileiras enormes, uma atrás da outra, sempre carregando migalhas, pedacinhos de folhas e tudo o que consideram importante. Elas constroem sua fortaleza aos poucos, dia após dia e, sem dúvida, são um ótimo exemplo de capacitação de que precisamos nos lembrar logo depois de percebermos que reclamando somos apenas inúteis.

Erga seus ombros, estique seu pescoço e olhe um pouco mais adiante.
Ande de cabeça erguida e, mesmo que pareça um arrogante – e você sabe que não o é –, isso é o que realmente interessa. Perceba que, embora muitos ainda não saibam bem sobre os seus caminhos escolhidos, eles estão na luta, tentando vencer, ou ao menos sobreviver. Todos são dignos de admiração e neles se pode espelhar.

Sempre haverá inúmeras derrotas, e precisamos aprender a lidar com elas, pois nem tudo acontecerá onde e quando imaginamos, nem todas as pessoas serão do bem, nem todas as estradas têm saída, e particularmente determinante, não devem existir culpas dentro de nós, afinal a vida não tem manual de instrução.


As pessoas e a vida só farão com você o que você permitir, é você quem facilita o destino, é você quem sai por aí confiando em qualquer um, e só porque você é uma pessoa boa não significa que todos sejam bons. Se tiver de confiar, que seja nas chances que lhe podem aparecer. Confie em você mesmo e no seu poder de escolha.

Se ficarmos sentados no nosso sofá da inconformidade, adormeceremos e deixaremos morrer lentamente cada certeza que custamos tanto a conquistar. Portanto, sejamos donos apenas da própria verdade, sem o intuito de enfiá-la goela abaixo de ninguém. Sejamos humildes, reconhecendo nossos erros e pedindo perdão por cada um deles, e perdoando a quem nos magoou, para que ao menos tiremos o peso de dentro de nós.

Deixemos que saiam de nossa vida aqueles que já não fazem mais parte da nossa história, que sejam páginas viradas.
Seremos quem determinamos ser: vencedores ou derrotados. Se ficarmos com a segunda opção, esqueçamos de tudo que nos foi dito até aqui, passemos uma borracha na lembrança recente e demos a nossa cara a tapa de novo, e de novo…, até que aprendamos sobre a importância de conhecer mais sobre as experiências dos outros.

Caso “o melhor momento” ainda não tenha acontecido com você, aquele que determinará toda a história da sua vida, levante-se, saia por aí, espalhe sorrisos e cumprimentos. Ofereça o que tem de bonito em você. Só depois que se expor é que perceberá o quanto é bom receber a luz da vida, iluminando a nossa cabeça por fora e por dentro.

As nossas esperanças não podem ser descartadas, elas fazem parte de quem somos, elas nos entusiasmam cada vez que abrimos os nossos olhos pela manhã.

Deixe estar! Se está ruim, há de passar. Nada como um dia atrás do outro…


*Catia Garcia

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