Não proíba ninguém de fazer nada.
Deixe livre.
Deixe ir.
Deixe escolher.
Porque é na liberdade que você vai enxergar quem realmente fica.
Quem respeita mesmo quando não há regras.
Quem cuida mesmo quando não há cobrança.
Quem ama mesmo quando não há exigência.
A gente tem o hábito de tentar controlar.
De impor limites, de criar barreiras, de ditar o que pode e o que não pode.
Achando que isso vai proteger, preservar, garantir.
Mas o que é verdadeiro não precisa de vigilância.
Precisa de espaço.
É na liberdade que a lealdade se revela.
É quando ninguém está olhando que o caráter aparece.
É quando não há obrigação que o amor se mostra — ou se esconde.
Porque quem só é fiel sob vigilância, não é fiel.
Quem só respeita sob ameaça, não respeita.
Quem só ama sob condição, não ama.
Deixe livre.
E observe.
Observe quem volta mesmo podendo ir.
Quem escolhe ficar mesmo tendo todas as opções.
Quem cuida mesmo sem ser cobrado.
Quem é leal mesmo quando ninguém exige.
A liberdade não afasta o que é verdadeiro — ela filtra.
Ela mostra quem está por escolha, não por conveniência.
Quem ama por essência, não por obrigação.
Quem permanece por afeto, não por medo.
E sim, às vezes a liberdade vai mostrar o que você não queria ver.
Vai revelar a ausência de caráter.
A falta de respeito.
O amor que só existia na sua esperança.
Mas mesmo isso é cura.
Porque é melhor lidar com a verdade do que viver preso a uma ilusão.
É melhor saber quem é quem do que manter relações baseadas em controle.
Então, não proíba.
Não prenda.
Não force.
Deixe livre.
E veja quem realmente escolhe estar.
Quem realmente escolhe cuidar.
Quem realmente escolhe amar.
Porque no fim, o amor que vale é aquele que permanece mesmo quando poderia ir embora.
E esse… não precisa de correntes.
Só de verdade.
*César

