Faça amor… Não faça joguinhos.


Outro dia, ouvi um velhinho dizer: “Amei a mesma mulher durante 50 anos”. Pensei no quanto isso era ducaralho, até que ele disse: “Queria que ela soubesse disso.” Às vezes as pessoas fazem jogo duro, porque precisam saber se os sentimentos do outro são reais. Pensei no quanto isso era fodido. Somos apenas caras, somos estúpidos às vezes, muitas vezes. Quantas vezes, quis dizer: “EU GOSTO DE VOCÊ” e não disse… Não quero chegar aos 90 anos, morrer e pensar: “eu podia ter tentado”.


Eu costumava ser mais feliz. Hoje tá tudo meio “tanto faz”. Vejo homens chamando mulheres para saírem, e no último minuto desmarcarem. Apenas para serem difíceis, ou tanto faz. O maior crime do homem não é despertar o amor de uma mulher e não amá-la – é fazê-la se depilar à toa. Eu tinha uma paquera, eu mandava mensagem, e ela demorava sempre quatro dias para responder. Imagina se eu fosse aquelas pessoas que pensam que se demorar mais de cinco minutos para responder já começam a se arrepender de cada letra que escreveu. Esses dias, depois de sei lá quanto tempo, essa paquera mandou mensagem: “Estou com saudades”.


A pessoa diz sentir sua falta, mas não demonstra. Ela espera que você adivinhe com seus super poderes mentais que ela precisa de você. Eu sabia que qualquer coisa que eu respondesse teria que esperar quatro dias para a tréplica dela. Então respondi: “Aproveita o gelo que vai me dar e me traz uma coca gelada”. Se você está cansado de joguinhos, de tanto faz, dessas regras bobas, faça como eu, demita-se.


Sabe, esqueça essa teoria de não dar moral. Se quer ligar, liga. Vai lá, tente a sorte, quebre a cara, arrisque. Sabe, pensar duas vezes é a distância entre os que sonham e os que vivem.


Então viva. Saia fora dessa bolha. Felicidade não é mercadoria, não é um remédio que se fabrica, com fórmula errada ainda, de indiferença, cara feia e nariz empinado. Não tem graça ter essa vida em que você tem que esconder seus sentimentos porque alguns falam que isso é se dar valor.

 

Muita idiotice. Limitar-se já é um problema, mas limitar o sentimento é o pior deles. Perdemos a chance de viver uma história pelo simples fato de não falar. Eu, agora, me apaixono por mulheres que, além de gostarem de Pearl Jam, aceleram meu coração. Eu, agora, me apaixono por mulheres diretas e honestas. Que não fazem jogos, fazem amor. Quero conquistar uma mulher sendo eu mesmo. Sem estereótipos, sem medo.


Eu, agora, passei a ver o mundo de outra maneira. E não foi ele que mudou, fui eu.


*Deborah Furtado 

 

*Texto originalmente publicado em The Bro Code.


Por: Ique Carvalho – Via: Casal Sem Vergonha


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