2017: o ano em que fomos todos à lona

No começo do ano, publiquei um texto por aqui dizendo que gostaria que este ano de dois mil e dezessete pudesse ser um ano em que eu fosse menos trouxa e que todos nós pudéssemos aprender com nossos atos para não permitir que algumas situações que teimam em acontecer conosco voltem a nos atormentar.

Pois bem, ao final deste ano, chego a conclusão de que falhei. Não por ter sido trouxa (porque, convenhamos, fomos bastante). Falhei por ter me feito essa promessa sem ter a consciência de que se ainda caímos em buracos complicados, é porque ainda estamos aprendendo a enxergá-los e a não escorregar. Foi um pedido duro a ser feito porque não importa se na virada do ano usamos amarelo para atrair dinheiro ou vermelho para atrair amor. O que importa é o nosso foco naquilo que realmente queremos e o quanto fomos fiéis a nós mesmos em todo este caminho.

Afinal, o que é que nós queremos de verdade?

Este ano fomos todos à lona. Foram vários rounds intermináveis, em que mais apanhamos do que batemos. Perdemos emprego, brigamos com amigos, terminamos relacionamentos, ficamos sem dinheiro, nos sentimos sozinhos, tivemos problemas familiares. E tudo isso aos montes. Espero estar errado, mas conheço muita gente (eu, inclusive) que tem dito que este ano não foi para amadores e que foi um dos períodos mais difíceis da vida. E talvez tenha sido mesmo. Fomos testados o tempo todo. Parecia que quando o último degrau da escada estava ao nosso alcance, a vida aparecia por cima e colocava mais uns vinte, só pra termos de nos esforçar um pouco mais para enxergar e sair deste sufoco.

E caímos. Encostamos nosso rosto no chão do ringue algumas (ou muitas) vezes. Mas como aprendemos, não é mesmo?

Acredito que nos calejamos este ano. E que bom! O momento agora não é de ficar remoendo todas as dificuldades que atravessamos, mas sim, de olhar para o agora e notar quão mais fortes nós estamos, quão mais sábios nos tornamos. Como a frase dita por Rocky Balboa, “ninguém baterá tão forte quanto a vida. Porém, não se trata de quão forte pode bater, se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada!”. E nós vencemos.

Pode ser duro de notar isso em um ano cheio de provações. Mas acredite, nós vencemos e podemos vencer. Se perdemos tanto no processo, foi para realmente notar aquilo que vale a pena. Por isso te pergunto: o que você quer para esta nova fase em sua vida e o quanto você quer? Porque aqui se trata de foco. Se trata de respirar fundo, fechar os olhos e acreditar. Mais do que isso, se trata de se acolher, se compreender, entender suas falhas, permitir suas derrotas e se libertar. É regar o vaso de terra dentro de nós com amor, para que cresça algo lindo e verdadeiro.

Porque, desde já, é o que desejo daqui pra frente. Que a gente viva com verdade em nossa mente, em nossa alma e em nossos corações. Que possamos ter esperança por dias melhores e que a gente possa lutar por eles.

Termino dizendo que o ano ainda não acabou. Aproveite estes últimos dias para sacudir a poeira. E se ainda não começou, pare um segundo neste instante e dê risada. Xingue, grite, levante os braços. Você chegou até aqui.

Você venceu.

*Denis Araujo
http://www.deuruim.net

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