Se eu tivesse...
Se eu tivesse falado do amor que
sentia, se eu tivesse perdoado, aconselhado, se eu tivesse me
calado...
Estas são afirmativas que costumam
fazer parte dos nossos pensamentos em alguns momentos da vida.
Diante da perda de um ente querido
ou no momento em que sabemos estar próxima a nossa partida para a Pátria
Espiritual, a sensação de que se poderia ter feito muito mais, é causa de uma
das grandes dores do ser humano.
Pensamos que poderíamos ter sido
mais cuidadosos nos relacionamentos com os amigos e amores, ter nos doado mais
ao próximo, realizado aquele sonho... ou simplesmente poderíamos ter amado
mais.
O arrependimento pelo bem que não
foi feito é doloroso.
Conveniente seria se vivêssemos a
vida sem precisar de um dia empregar essas frases, que demonstram que algo
poderia ter sido feito e que agora, não mais nos é possível fazê-lo.
Muitas vezes justificamos o abandono
de um objetivo por não termos as condições que julgamos ideais para
cumpri-lo.
Dizemos a nós mesmos que não temos o
dinheiro ou o tempo suficiente, o poder ou a autoridade, que não temos coragem
ou disposição, que somos velhos demais ou jovens demais ou que temos saúde de
menos.
Essas afirmativas apenas demonstram
o nosso desânimo frente às situações que a vida nos apresenta.
Colocamo-nos facilmente na condição
de depender de algo ou de alguém para agir, quando toda ação depende
exclusivamente da nossa própria vontade.
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Tenhamos coragem e entusiasmo para
fazer o que consideramos correto, para agir de acordo com o que a nossa própria
consciência nos orienta e para fazer o que for preciso em defesa dos nossos
sonhos.
Obstáculos sempre serão encontrados
e dificuldades pessoais todos nós as temos pois fazem parte do estágio evolutivo
em que nos encontramos.
Com coragem, paciência e disciplina
seremos capazes de vencer as dificuldades.
Quando nos mantemos ligados a Deus,
sentindo-O em nosso íntimo, qualquer objetivo que nos propusermos a alcançar não
nos parecerá distante e encontraremos a força necessária.
Seja a realização de uma grande obra
ou apenas um pedido sincero de perdão a alguém que estimamos, se não tivermos
coragem, acabaremos por deixar esquecida a nossa vontade.
Diante da história de nossas vidas,
olhemos para trás para perceber o quanto já aprendemos, o quanto já
crescemos.
E, no caso de constatar que não
fizemos as melhores escolhas ao longo da nossa jornada, que usamos mal a
liberdade que Deus nos concedeu para escolher os próprios caminhos, não deixemos
o desânimo se instalar.
Sempre há uma boa lição a ser
retirada das experiências vividas.
É hora de caminhar com fé e
entusiasmo no coração. Hora de fazer renascer a esperança, deixar germinar a
coragem e enxergar que somos capazes de realizar esse ou aquele
feito.
A coragem nos impulsiona a
agir.
Vivamos com a sensação de estar
fazendo o melhor que pudermos para que, um dia, quando chegar a nossa hora de
partir, não precisemos dizer para nós mesmos: Se eu
tivesse...