Que amor é esse? O amor que se doa até a cruz.
Há perguntas que nunca terão respostas completas —
porque foram feitas para tocar, não para explicar.
O amor de Deus é uma dessas perguntas.
Um mistério que não se resolve em lógica,
mas se revela em entrega.
Que amor é esse que não apenas perdoa... mas se oferece?
Que não apenas acolhe... mas carrega?
Que não apenas diz “eu te amo”... mas sangra por isso?
O mundo vive tentando entender Deus pelas palavras.
Mas Ele se revelou foi pelo gesto.
Pelo ato incompreensível de dar o próprio Filho —
o único, o perfeito, o santo —
em troca de uma humanidade ferida, confusa, instável… mas amada.
Jesus não foi uma casualidade da história.
Foi escolha.
Foi plano.
Foi aliança.
Deus olhou para o mundo e, mesmo vendo nossas falhas,
decidiu que não queria viver separado de nós.
Não podia suportar a distância.
E então… amou.
De um jeito que só Ele poderia amar.
Na cruz não havia dúvida.
Havia dor, sim.
Havia abandono.
Havia silêncio do céu.
Mas havia também decisão:
a decisão de nos salvar, custasse o que custasse.
E custou tudo.
Custou o Filho.
Custou o véu rasgado.
Custou as feridas, a coroa de espinhos, a última respiração.
Mas foi nessa entrega,
no ponto mais alto da dor,
que o amor mais profundo se revelou.
Não foi um amor confortável.
Foi um amor sacrificial.
Um amor que olha para o outro e diz:
“Você não tem como pagar, então eu pago por você.”
Esse amor não cobra retorno.
Não exige perfeição.
Não depende da nossa fé completa,
mas permanece mesmo quando ela falha.
É amor que visita os corações quebrados,
as almas que não sabem orar,
as mãos que já não têm força pra se erguer.
É amor que atravessa gerações,
culturas, idiomas e pecados.
Que se faz presente no agora,
ainda que tenha sido consumado há mais de dois mil anos.
É amor que nos alcança —
não porque merecemos,
mas porque fomos escolhidos.
Deus deu seu Filho.
E isso não foi exagero.
Foi essência.
Porque só quem ama de verdade
entrega o que tem de mais precioso.
Jesus não veio apenas morrer.
Ele veio mostrar como se vive por amor.
E mesmo na dor, Ele permaneceu.
Permaneceu por mim.
Por você.
Por todos.
Então, que hoje você saiba:
não importa quão longe tenha se sentido,
quão errante tenha sido o caminho,
ou quão frio esteja seu coração —
esse amor ainda te alcança.
O amor que dá o Filho…
é o amor que te dá vida todos os dias.
*César