Tudo o que acontece tem de acontecer

Nada estagna e tudo se movimenta. Exatamente como deve ser.

 

É preciso muita maturidade e anos vividos para se agir com naturalidade a tudo o que chega em nossa vida.


Muitas são as frases de efeito nas redes sociais que nos remetem às quatro leis principais de espiritualidade do Hinduísmo:


“A pessoa que vem é a pessoa certa.”

 

“Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido.”


“Toda vez que você iniciar é o momento certo.”


“Quando algo termina, termina.”

 

Independentemente da fé ou crenças que se tenha, o fato é que, conforme amadurecemos, essas leis parecem naturais no caminho da paz de espírito.


Aceitação! Resiliência! Fé!


Quando acreditamos que a vida segue seu curso natural, conforme deve ser, independentemente de gostarmos ou não, e mesmo assim aceitamos o que chega e o que vai, simplesmente paramos de sofrer. Começamos a compreender que o sofrimento é uma opção, pois passa a ser um estado de espírito, de aceitação ou de não aceitação.


Se amo alguém e este alguém vai embora, decido respeitar essa despedida, mesmo que me doa. Não vai deixar de doer, mas dói menos. E a dor vai embora mais cedo.


Se um amigo ou parente me exclui, aceito, ainda que me doa. E essa situação passa a ser vivida por mim com naturalidade, ao invés de várias reflexões, vitimismo e sofrimento. Se cometo algo que me parece errado, como uma decisão no trabalho, aceito que devia ter sido assim e tento compreender os aprendizados que irão chegar com o suposto desacerto.


Uma vez que entre o certo e o errado existem várias situações que levam ao acerto final, tudo é experiência e caminho para se chegar ao fim. Nada é perdido ou em vão.


Uma pessoa nova, um convite ou algo inédito que chega é porque tinha de chegar. Devemos aceitar, aprender com o que vem. Quem e o que chega sempre têm uma ou mais lições trazidas pela vida.


Se num determinado momento não sinto vontade de agir, devo acreditar que é uma fase contra a qual não devo agir. Sigo minha intuição, ouço meu coração e meu corpo, antes da mente. Se presto atenção à minha mente, ela estará o tempo todo me cobrando atitudes, boletos, compromissos sem fim, sonhos, objetivos etc., quando a vida não deve ser assim.


O coração tem mais razões que a nossa razão…

Antes de uma decisão lógica, temos sempre de consultar o que sentimos. As emoções são a fonte de nossos pensamentos. E sentimos posteriormente as decisões tomadas. Um ciclo importante, delicado e altamente necessário de se ouvir. E, para esse ciclo, a natural aceitação do fluir da vida.


Tudo o que acontece está em ordem com os aprendizados que devemos receber. Se não aprendemos, as situações se repetem.


Na dúvida, pergunto a mim mesma: “O que sinto? Como me sinto?” E sigo o meu coração, da mesma maneira como aceito o que vier. Uma maneira simples de se viver e que nos permite uma vida bem mais leve, em que tudo simplesmente acontece.


Nada estagna e tudo se movimenta. Exatamente como deve ser.


*Carolina Vila Nova

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