Existem pedaços de Deus em tudo que fazemos. Deus é plantio, não só a colheita


A religião não importa, o que importa mesmo é a relação com Deus. O quanto o todo poderoso é presente no seu dia a dia e suas ações.


Mesmo sem uma análise tão profunda, percebo que muita coisa mudou por aqui. Mudanças das mais diversas, algumas que passaram desapercebidas e foram descobertas depois, outras que aconteceram através de grandes e doloridas rupturas.


De uma maneira ou de outra, o desconforto aparece e a gente mesmo não se reconhece. Leva um tempo para se acostumar com as inúmeras sensações que insistem em aparecer e ficar. A relação com o todo poderoso cara lá de cima fica esquisita. Parece que quanto maior a pancada, mais duvidamos da nossa fé.


Nessa hora de dúvidas, provações e questionamentos a fé se renova. Parece que o universo encontra maneiras sutis de te dar um abraço e mostrar que tudo ficará bem. Mesmo quando tudo parece perdido.


A maturidade do passar dos anos traz como presente a evolução da fé. A religião não importa, o que importa mesmo é a relação com Deus. O quanto o todo poderoso é presente no seu dia a dia e suas ações.


Acreditar que existe um maestro regendo a orquestra é a maior e mais significativa mudança na vida. Você simplesmente aceita que não pode controlar acontecimentos, mas pode cuidar das suas reações a cada um deles. Mesmo quando tudo parece perdido e sem sentido.


Não é uma entregar um problema para ele resolver. É entender os sinais para que seja resolvido no tempo certo – que na maioria das vezes não é quando queremos.


Precisamos entender de uma vez por todas que só temos o agora, o tempo presente. Os livros sagrados deixam isso claro, mas quem prega a palavra ao invés de ensinar sobre o presente, foca no pecado, na regra, na lei.


A relação com Deus é a relação mais pura de amor e liberdade, justamente por Deus ser o agora. O poderoso agora.


Existem pedaços de Deus em tudo que fazemos. Deus é plantio, não só a colheita. Nas frações de segundos de um sorriso, no agradecimento, na ajuda, no pedido, no querer bem.


Não deve existir temor onde existe amor. Se você não teme o amor, vai temer a Deus?


Cada pessoa cria uma relação com Deus. Essa relação chamamos de fé e não podemos rotular ou acreditar que uma fé é maior ou melhor que a outra. Que um Deus é mais misericordioso que outro.


Todos nós estamos no processo de evolução, é injusto da nossa parte acreditar que evolução é homogênea. Somos seres únicos, porque nossa fé seria a mesma?


Tenho para mim que a cada dia que passa a relação com Deus melhora. Antes ou depois dos 30, em qualquer idade, todos os dias passamos por verdadeiras (r)evoluções. Em todas elas existe um pedacinho de Deus.


Costumo pensar em Deus como o açúcar. Às vezes, deixamos Deus no fundo… quando estiver amargo demais, misture.


*Juliana Manzato


Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: wavebreakmediamicro / 123RF Imagens

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