Como controlar nossos impulsos em querer mudar o outro?

Sem dúvida, temos que aprender a conviver e respeitar a individualidade do outro. Sabemos como é difícil ter paciência e entender os momentos em que o outro precisa de espaço e solidão.

Conviver é complicado. Estamos sempre achando que as pessoas precisam aceitar nossos defeitos. Mas será que aceitamos as particularidades daqueles que convivemos?

Um indicio de que não estamos aceitando o jeito de ser do outro é quando vem aquela vontade de reclamar dele ou dela para outras pessoas, ou até mesmo quando vem aquela raiva e insatisfação como se ele ou ela fosse responsável pela sua tristeza naquele dia.

Ninguém é responsável por despertar em nós nenhum sentimento, seja de amor ou de raiva, nós é que desenvolvemos sentimentos que já existem em nós, de acordo com a expectativa que criamos do outro.

Na maioria das vezes queremos que as pessoas sejam melhores, somos críticos, severos nas avaliações impiedosas. Alguns ainda, fazem questão de espalhar essas impressões para a equipe de trabalho ou para os membros da família, criando assim, uma indisposição geral.

É preciso sabedoria para conviver!

Não é fácil controlar nossos impulsos quando a nossa vontade é que o outro faça algo, que ele, na verdade, não quer fazer! Ou até pior, queremos que ele seja de outro jeito, não do jeito que ele é. É impossível forçar alguém a ser como a gente quer que ele seja, quando se fala em relacionamentos de amor ou amizade, em dia a dia em baixo do mesmo teto, a única maneira de dar certo é desenvolver a sabedoria de amar tudo aquilo que aprendemos com a convivência. Antes de mais nada, precisamos conhecer aquele com quem convivemos para entender que ele tem seus momentos, de mal humor, de querer ficar sozinho, de querer sair sozinho, de querer passar o dia todo jogando o novo jogo que saiu, e aceitar que naquele dia você não terá a atenção que desejava ter.

Aproveite e vá fazer coisas que você adora, ou simplesmente, vá cuidar de você. Faça o cuidado geral, pele, unhas, cabelo, vá ao shopping, ao cinema, na casa de amigas…Viva!

Só assim você despertará nele a vontade de estar junto!

Não o obrigue a conversar, a ter a sua presença a qualquer custo, isso vai desmoronar a vontade dele ou dela de estar ao seu lado. Sei que muitas vezes, o impulso leva a fazermos exatamente ao contrário e depois, o arrependimento vem. Mas o exercício é esse! Um dia após o outro, cultivando o amor!

Já no âmbito profissional e familiar, temos que evitar os pré-conceitos, aquilo que identificamos de cara, aquele famoso “não fui com a cara dela”. Isso no ambiente de trabalho é doentio, acaba com a equipe e causa competições desnecessárias.

Se você não consegue se controlar e já começa a falar mal dessa pessoa para todos da equipe, chega até a formar um complô contra a outra, você esta sendo uma pessoa ruim, independente se você está certa e a outra pessoa errada, essa com certeza não é uma boa atitude.

Mude!

Desapegue dessa mania de achar que o jeito que você faz as coisas é o certo, que o seu jeito de ser é o mais agradável e aceite de uma vez por todas o direito das pessoas serem como elas quiserem, obviamente, até o ponto que não estejam prejudicando ninguém.

Comece e tente com firmeza reconhecer potencial na outra pessoa, e trabalhe dentro de você esses sentimentos para que você não seja um condutor da discórdia e de algum mal que possa acontecer a outra pessoa. Não queira esse carma.

Agora, se você não gosta de alguém do seu trabalho e tem motivos para isso, motivos fortes, ou seja, ele ou ela quis e conseguiu puxar o seu tapete, você acredita que ninguém acreditará em você (obs: isso já aconteceu comigo), procure outro emprego!

Sim, não lute, não tente ser pior que a outra pessoa! Escute, eu sei o que estou falando, sai do meu emprego e foi a melhor coisa que aconteceu para mim! Vivia uma situação sufocante onde a “inveja” e a tal “não fui com a cara dela” de algumas pessoas da equipe estavam me preocupando diariamente, pois a todo momento algumas pessoas da equipe tentavam me prejudicar em alguma situação irrelevante que faziam parecer uma bomba para a diretoria!

Por isso a sabedoria é tão importante na convivência. Não devemos impor a nossa presença se ela não está sendo agradável a outras. Mas aí vem a pergunta, mas Iara, se em todos os ambientes que eu estiver existirem pessoas com inveja de mim, eu terei que me retirar?

Tente conquistar as pessoas sempre! Mas se você perceber que existe uma maldade em relação a você, se afaste sim, e procure outras oportunidades!

As vezes ficamos presos em um trabalho achando que não vamos arrumar outro, por conta da crise, por conta da idade. Isso não é verdade!

Temos constantemente a chance de fazer networking e não podemos perder essas brechas que a vida nos dá. Se não está bom em um lugar, tente mais um pouco, mas não tente a vida toda!

E quanto a família… Não é à toa que Deus te colocou nela! Por tanto, utilize o conselho a cima que também serve!


*Iara Fonseca

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