EXAGERADAMENTE!

É porque eu ainda insisto em te dizer certas coisas. Insisto em te enxergar por dentro, antecipar teus passos, antever seus medos... E tolamente ainda espero que você mesmo consiga ir além... Além do planejado, além do combinado e do ensaiado, além da reta traçada, da rota marcada, além de fórmulas prontas, além do “burburinho” e convenções, sou muito mais pelas intenções... Segundas, terceiras, quartas... Todas! Boas? Más? Quaisquer que forem. Desde que sejam inteiras, sem medo, sem pressão, nada por obrigação.

Intenções... Minhas! Tuas! Verdadeiramente nossas! Assumidas! Sem ensaios ou disfarces! Autênticas. Simplesmente como são, não como convém! E tudo que vejo é você retrocedendo, e ainda tento, juro que tento não julgar... Mas, olha que ta difícil, difícil não sentir aquela coisinha “feia” aqui dentro, aquela raiva que surge quando penso em tudo que já falamos, de tudo que já ouvi de você. Em tudo que já vivemos.

Pior que sei que foi verdadeiro, pena que se quebrou antes que você de fato pudesse entender... Se bem que não acredito na quebra daquilo que nunca foi inteiro, e hoje, só consigo te ver assim: pela metade, seguindo e voltando, incompleta perdida! Sei lá, talvez tudo daquilo que você sempre reclamou, seja mesmo o que serve pra você... Talvez as coisas intensas é que te assustem tanto, as mornas são mais fáceis de lidar...

E você me diz que se desespera quando perde o controle das coisas, e tenta se apegar no discurso covarde de que certas coisas simplesmente não podem ser, não adianta insistir... porque choveu, porque o “mundo” inteiro “ligou”, porque o cachorro latiu, porque o vento soprou, porque você adoeceu... (o corpo sempre adoece quando a alma tem medo).

Pra você tudo é porque não tinha que ser, você procura as falhas e só vê as coisas externas. Sem se olhar, você não enxerga o que realmente importa: o que você sente no mais dentro de você! Se nada acontece por acaso, não foi por acaso que não tivemos dúvida! Mas, isso você não vê ou não quer. Já nem sei... Tudo sinalizando a nossa história, e você preferindo acreditar no que não é bom... prefere o presságio ruim aos sinais que nos fizeram chegar até aqui...

Tudo em nome de uma falsa paz, de um pessoa toda certinha, que erra o tempo todo com ele mesma, que mantém o “controle” e deixa passar o que sempre quis. Olha, que se for pra ser assim, prefiro o descontrole (completo!) do que viver uma mentira qualquer de uma vida contida, vazia de momentos que façam seu coração bater mais forte e seu corpo inteiro estremecer! Porque se for pra amar que seja até o último instante. Que seja sem fôlego. Há de se abrir o peito e deixar, de um só golpe, a coisa acontecer!

É... mas, se ainda insisto e te falo, é porque ainda acredito, ou pelo menos tento... tento acreditar que um dia você vai entender que para se conhecer e amar alguém de verdade nem uma vida inteira basta se você não estiver atento ao que te passa por dentro. Porque o tempo, meu caro, e foi você mesmo que me disse, e eu, é claro, não esqueci, “o tempo é convenção dos homens”, esse aí, pro meu gosto, anda cheio de convenções demais...

É como eu disse, prefiro as intenções, a intenção verdadeira que brota daquele momento, único! Em que os olhos falam à alma, os corpos se (con)fundem e um único instante faz nossa vida inteira valer a pena! Porque sou exagerado,Provavelmente... mas, quer saber? Prefiro assim...

E, se o sentimento é mesmo assim tão forte como você diz não consigo pensar em outra forma de viver isso que não EXAGERADAMENTE!

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