"Quando dois mundos se encontram, não é por acaso. É propósito."



Existem momentos na vida que parecem pequenos, quase imperceptíveis. Um olhar que cruza o seu no meio da multidão. Uma conversa que começa por acaso e termina como revelação. Uma presença que chega sem aviso, mas que parece ter sido esperada por toda a eternidade. E, por um tempo, você acredita que foi sorte. Coincidência. Acaso. Mas com o passar dos dias, com o amadurecimento da alma, você percebe: não foi sorte. Foi chamado. Foi propósito.

Porque quando dois mundos se encontram, não é apenas sobre pessoas que se esbarram. É sobre histórias que se entrelaçam com precisão divina. É sobre caminhos que se cruzam no exato momento em que precisam se tocar. É sobre almas que se reconhecem, mesmo sem entender como ou por quê. É sobre algo maior do que o encontro em si — é sobre o que nasce a partir dele.

Às vezes, esse encontro vem como cura. Como bálsamo para feridas que você nem sabia que estavam abertas. Outras vezes, vem como aprendizado. Como espelho que te mostra partes de si que você evitava encarar. Pode ser leve como brisa, suave como um toque de paz. Ou intenso como tempestade, avassalador como uma verdade que não pode mais ser ignorada. Pode durar uma vida inteira, ou apenas um instante. Mas sempre deixa marcas. Sempre transforma. Sempre revela algo que estava adormecido em você.

Não é por acaso que alguém aparece justo quando você está prestes a desistir. Quando tudo parece escuro, quando a esperança se esconde, quando o silêncio pesa. Não é por acaso que uma conversa te desperta, que um abraço te acalma, que uma presença te fortalece. Há uma inteligência invisível guiando esses encontros. Uma sabedoria que não se explica, mas se sente. Que não se vê, mas se vive. Que não se entende com a mente, mas se reconhece com o coração.

E quando você entende isso, começa a olhar para os encontros com mais reverência. Começa a perceber que cada pessoa que cruza seu caminho carrega uma chave. Uma chave para abrir portas dentro de você que talvez você nem soubesse que existiam. Portas que levam à cura, à expansão, à reconexão com sua essência. Portas que te convidam a ser mais verdadeiro, mais inteiro, mais você.

Alguns encontros vêm para te lembrar quem você é. Outros, para te mostrar quem você pode se tornar. Alguns vêm para te ensinar a amar. Outros, para te ensinar a deixar ir. Mas todos, sem exceção, têm um papel. Um sentido. Uma missão. Mesmo os encontros que doem. Mesmo os que terminam. Mesmo os que parecem não fazer sentido — fazem. Só que às vezes, o sentido só se revela depois. Quando você já está mais forte. Mais desperto. Mais consciente.

Então, da próxima vez que dois mundos se encontrarem — o seu e o de alguém — pare. Sinta. Escute. Observe. Porque pode ser que ali, naquele instante, esteja acontecendo algo muito maior do que você imagina. Algo que não cabe em palavras, mas cabe em alma. Algo que não se explica, mas se honra.

Não é acaso. É propósito. É alinhamento. É destino em movimento. É o universo dizendo: “Você não está só. Você está exatamente onde deveria estar.”


*César


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