Coração aberto
Hoje eu acordei pensando no amor. Não aquele de novela, cheio de promessas e cenas ensaiadas… mas o amor que acontece nas entrelinhas da vida real.
Aquele que cresce devagar, no silêncio de uma companhia leve, no gesto que cuida sem alarde, no olhar que entende antes da palavra.
É quarta-feira, e talvez o dia pareça comum. Mas eu te convido a olhar com outros olhos.
Olhar com os olhos de quem se permite sentir.
De quem sabe que amar não é espetáculo — é presença.
O amor mais bonito que eu já vi não veio com declarações grandiosas. Ele veio quando alguém esperou pacientemente meu tempo. Quando respeitou meu silêncio. Quando ficou, mesmo sem prometer.
Amar é estar.
É escolher caminhar junto mesmo quando o outro tropeça.
É não desistir no primeiro cansaço.
É ser abrigo quando o mundo lá fora exige armadura.
E se hoje o coração anda meio desacreditado, eu entendo. Nem todo amor foi justo. Nem todo toque deixou paz.
Mas ainda assim, acredito — com tudo o que já senti e sobrevivi — que o amor de verdade não machuca.
Ele afrouxa os nós. Ele alivia as pressas. Ele ensina a respirar sem medo.
Então nesta quarta, mesmo que o mundo esteja corrido, cansado, ou indiferente…
seja amor.
Mesmo em silêncio, mesmo com medo, mesmo aos poucos.
Seja quem estende, acolhe, escuta.
E também — seja quem sabe dizer: "Hoje, eu preciso de colo."
Amar é isso: encontro.
Com o outro, mas antes de tudo, com a gente mesmo.
Feliz quarta. Que o amor te encontre onde você estiver.
*César