Mulheres não precisam do corpo perfeito. Elas já nasceram com o coração em forma

Seja livre! Deixe a balança na loja. Não leve esse peso para casa. Muitas pessoas estão tão obcecadas em embelezar o corpo que esquecem que o verdadeiro valor está na alma.
Mulheres não precisam do corpo perfeito. Elas já nasceram com o coração em forma.
Hoje em dia, existe uma pressão muito grande, principalmente, sobre as mulheres para terem o corpo perfeito das modelos de revistas. O curioso é que tais corpos não existem. O famoso photoshop entra em ação para esconder as imperfeições que todos têm. Mas mesmo assim, milhares de mulheres buscam insistentemente dietas ditas milagrosas que nunca são de fato eficientes e colocam suas vidas e mentes em risco na busca de uma forma física que não passa de uma mera ilusão publicitária.
Aqueles corpos de revista não existem! Toda mulher tem celulite. A maioria também tem estrias e algumas gordurinhas a mais ou localizadas. Existem também aquelas artistas que após terem filho postam fotos que tiraram antes de engravidarem para mostrar uma forma que, de fato, ainda não têm e provavelmente nunca mais terão. Elas negam o corpo de mãe como se fosse algo a se envergonhar. Mas não é!  Estrias na barriga são para mulheres fortes que enjoaram muito para carregar um ser na barriga por 9 meses, sentiram as quase insuportáveis dores das contrações e, muitas vezes, passaram por partos difíceis uma, duas ou mais vezes. Além do processo de gravidez, são noites em claro cuidando e alimentando um filho. Sim, o busto cairá, mas pela responsabilidade de ser mãe e ajudar um novo ser a se desenvolver saudavelmente, o que significa muito mais para o mundo do que uma fugaz e falsa capa de revista. Corpo de mãe é referência de sucesso e não o contrário como tentam impor.
Essa cultura do corpo perfeito é inventada por um sistema que não liga para os sentimentos humanos, mas sim, para a superficialidade do exterior. Então, vestir 36 é mais importante do que ser uma mulher de fibra e personalidade.
Do que ter um bom coração. É mais válido do que ser uma batalhadora que dá conta da casa, dos filhos e ainda tem uma carreira, mas que veste um número maior que 40. E fica realmente difícil tentar entender a razão dessa inversão, porque esse ideal inventado, além de levar a mulher à depressão, a comportamentos extremos ou a transtornos alimentares, também objetifica seu corpo e comunica que elas devem estar sempre em forma para satisfazerem os olhares curiosos das outras mulheres e os cheios de desejo dos homens, que nem sempre são muito chegados a mulheres magras.
É claro que todo mundo precisa se cuidar, ter uma alimentação saudável, fazer exercícios, etc. Mas cada um tem seu metabolismo, sua idade e seu peso ideal, o qual nunca será o das fotos de revista, mas precisa ser respeitado para que tenhamos uma vida alegre, sem sofrimento. Então, preste bem atenção: não cometer excessos alimentícios não significa ser magra.
Por isso, a mulher deve se libertar urgentemente dessa necessidade de exibição do seu corpo e vencer o mito da beleza que faz parte dessa obsessão pela obediência feminina.
Ela precisa descer do salto e andar com um calçado confortável, ao invés de encherem os dedos de calos para desfilar para as outras pessoas. Porque elas não são modelos sofridas por se manterem 23% mais magras que o padrão e se tornarem produtos. São mães, são trabalhadoras, são guerreiras. E jamais terão fotografadas em alguma capa de revista sua sensibilidade, sua força, sua necessidade de afeto e seu coração maior que o mundo. Aliás, ele nem caberia em uma revista inteira.
Portanto, pare de brigar com suas medidas. Liberte-se agora! Elas são como deveriam ser.  O mais importante é que você seja feliz do jeito que é, sem jamais permitir que a balança se torne um peso em seu coração, pois, ele é incapaz de fazer dieta de amor.

*Luciano Cazz

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