Sobre paz, razão e a liberdade de agradar a Deus
Busque a paz.
Mesmo que isso signifique abrir mão da razão.
Mesmo que você tenha argumentos sólidos, provas incontestáveis, verdades na ponta da língua prontas para serem lançadas como flechas.
Porque às vezes, vencer uma discussão é perder a paz.
E a paz, quando se vai, leva junto a leveza, o sono tranquilo, o coração sereno.
Leva embora o silêncio que cura, a respiração profunda, a alma em descanso.
Deixe a razão para os outros.
Deixe que pensem o que quiserem.
Deixe que digam o que acham, que interpretem como quiserem, que tirem conclusões baseadas em suas próprias limitações.
Você não precisa convencer ninguém para estar em paz consigo mesmo.
Você não precisa se justificar para quem não está disposto a compreender.
A sua verdade não precisa ser validada por aplausos.
Ela só precisa ser vivida com integridade.
A satisfação, a gente só deve a Deus.
Não ao mundo, não às expectativas alheias, não aos julgamentos que vêm de fora.
Porque o mundo muda de opinião o tempo todo.
Hoje te aplaude, amanhã te esquece.
Hoje te exalta, amanhã te questiona.
Hoje te chama de inspiração, amanhã te acusa de incoerência.
Mas Deus… Deus conhece o coração.
Ele vê o que ninguém vê.
Ele entende o silêncio, o esforço, a intenção.
Ele sabe o que você carrega, o que você enfrenta, o que você escolhe calar para não ferir.
Então, viva para agradar a Ele.
Para ser fiel ao que você sente, ao que você crê, ao que te faz inteiro.
Não viva tentando provar nada.
Não viva tentando justificar tudo.
Não viva tentando ser compreendido por quem só quer te rotular.
A paz não mora na explicação — mora na entrega.
Na entrega de quem sabe que está fazendo o melhor que pode, com o coração limpo e a alma em oração.
E quando você escolhe a paz, algo muda.
Você se liberta.
Você respira.
Você se afasta do barulho e se aproxima da essência.
Você entende que nem tudo precisa de resposta.
Que nem toda provocação merece reação.
Que nem toda razão vale o desgaste.
Você aprende que o silêncio, às vezes, é mais sábio que qualquer argumento.
E que a paz não é ausência de conflito — é presença de Deus.
Busque a paz.
Deixe a razão para os outros.
E lembre-se: a sua satisfação não está em agradar pessoas — está em agradar a Deus.
E quando Ele se agrada de você, o resto se alinha.
O coração se acalma.
A alma floresce.
E a vida encontra sentido.
*|César

