Sobre o amor que foi — e ainda é, de algum jeito



Nem todo amor precisa durar para ser eterno.
Alguns chegam como uma tempestade suave, como uma brisa que muda tudo sem fazer alarde.
Você foi isso pra mim.
Um encontro raro, mágico, daqueles que não se explicam, só se sentem.
Você chegou sem aviso, sem promessas, sem planos — e mesmo assim, virou tudo.
Virou ponto de partida, virou pausa, virou poesia.

Foi intenso. Foi bonito. Foi verdadeiro.
E mesmo que não tenha dado certo no tempo, no espaço, na forma…
Deu certo no que importa: no coração.
Porque viver você foi como tocar algo sagrado.
Como descobrir que o amor, quando é real, não precisa de garantias — só de presença.
E você esteve presente.
Nos gestos, nos olhares, nas conversas que pareciam eternas mesmo com poucas palavras.
Nos silêncios que não doíam, porque eram cheios de sentido.

A gente se encontrou num momento em que talvez não estávamos prontos, mas estávamos abertos.
E isso foi suficiente para criar algo que não se apaga.
Algo que não se desfaz com o tempo, que não se dissolve com a distância.
Te olhar era como ver o mundo com mais cor.
Como se tudo ganhasse brilho só porque você estava ali.
Te ouvir era como escutar a alma dizendo “é aqui”.
Te sentir era como voltar pra casa, mesmo sem saber que eu estava longe.
Você foi abrigo, mesmo sem saber.
Foi paz, mesmo em meio ao caos.

E mesmo que o caminho tenha nos levado para lados diferentes,
eu não carrego dor — carrego gratidão.
Gratidão por ter vivido algo que muitos passam a vida buscando.
Gratidão por ter sentido o amor em sua forma mais pura: sem controle, sem posse, sem medo.
Gratidão por ter sido tocada por algo que me transformou, que me ensinou, que me elevou.
Você foi amor.
Amor que me ensinou a sentir sem medo.
Amor que me tocou sem invadir.
Amor que me transformou sem me apagar.

Amor que me fez acreditar que o coração tem razões que a razão jamais entenderá.
Amor que, mesmo tendo partido, deixou raízes.
Raízes que ainda florescem em mim, em lembranças, em gestos, em palavras que aprendi com você.
E se hoje eu falo de você com ternura, é porque foi lindo.
Foi mágico.
Foi nosso.
E isso ninguém tira.

Talvez não tenha sido para durar — mas foi para marcar.
E marcou.
Com delicadeza, com intensidade, com verdade.
Com aquela beleza que não se explica, só se sente.
Com aquela força que não se mede, só se vive.

Obrigada por ter sido esse capítulo bonito da minha história.
Obrigada por ter sido amor, mesmo que por um tempo breve.
Obrigada por ter me mostrado que o amor existe — e que ele pode ser leve, profundo, transformador.
Você foi amor.
E isso já é tudo.
Tudo o que importa.
Tudo o que fica.


*César

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