Que Deus nos livre do mal disfarçado de bem!


Não tem nada a ver com religião, tudo está mais relacionado ao cotidiano mesmo.


E às vezes a gente nem quer acreditar no que está vendo, ouvindo, descobrindo…


Os sorrisos que pareciam sinceros, as palavras que pareciam verdadeiras, as atitudes que pareciam despretensiosas. Mas não, não eram. E “parecer” é a palavra-chave desse texto.


E o mal disfarçado de bem está aí, por toda parte.


Onde está o mal disfarçado de bem?


No amigo de antes, no novo e promissor amor e nas relações de um modo geral. Não dá para entender o que leva um ser a fingir e enganar tanto até que por fim suas reais intenções venham à tona. Tão pouco conseguimos aceitar tão facilmente a ideia de que estamos sim nos decepcionando – e quem sabe de novo – e de repente pela mesma razão: confiar no que parecia ser bom.


No fim das contas tudo passou de mera ilusão. Como quem dorme e sonha com algo maravilhoso, porém é interrompido bruscamente e se depara com um pesadelo.


Mas não podemos nos esquecer de algo fundamental: em hipótese alguma somos os errados ao dar crédito a alguém que se mostrava bacana. A culpa não é de quem ainda crê no que seus olhos estão vendo. A culpa é de quem engana, ilude, usa etc.


Não vamos inverter os valores. E até que se prove o contrário, apesar de mais cautela e cuidados, também não podemos passar a viver com o “pé atrás” com todos. A vida já é difícil e complexa bem aqui, no presente. Imagine se ainda mantivermos esse tal “pé atrás“?


Vamos é ficar atentos aos sinais e ao que é dito por quem efetivamente quer o nosso bem. De fora os outros sempre enxergam melhor que nós. E talvez nada evite que o mal (outrora bom) se aproxime, mas não custa tentar observar o básico: se palavras condizem com atos.


No mais, tem coisas que precisamos passar para finalmente aprender. Não a ser igual, mas a identificar casos em que o que parecia bom seja no fundo prejudicial.


*Angelica Araujo

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