Como o Vento

“o sonho coincidiu com a realidade, e as mesmas bocas uniram-se na imaginação e fora dela.” (Machado de Assis, Várias Histórias, p. 55).

És como Vento, certo dia vens para mim em brisas calmas e suaves outras vezes como uma tempestade arrebatando minha alma e deixando aos pedaços minha emoção. Fugáz, efêmera, és para mim igual ao vento, não te vejo, mais amor, te sinto todos os dias perto de mim.

Não sei onde estás e nem para onde vais, mais amor eu sinto que você está perto. Sentir, sem que veja seus olhos.

Ouso dizer que amo, sem que exista no meu presente para que se diga, mas as palavras de amor que tenho não as poderei guardar, não poderei calar.
 

Como o vento, imagino a tua forma, como uma brisa penso em tua delicadeza, que preenche cada espaço vazio, sendo aquilo que não sou em mim e eu sendo o que você não é em você. Como um valioso tesouro estás oculta, por entre o desconhecido destino, entre o incógnito futuro, és uma certeza tão duvidosa que põe em prova minha fé.
 

Se sem te ver já me deixas sem fôlego, se sem olhar em teus olhos já me deixas sem jeito, se sem ouvir tua voz já perco meus sentidos, se sem te conhecer já te amo, imagine então, que amor maior ou igual ao meu não existe, que poeta mais sonhador que eu não se houve, que deseje e que te queira mais do que eu, pois sou quimera da tua alma, peregrino de teu caminho, tua sombra doce e calma.
 
Sou teu sonho, teu amanhã, sou teu amigo, teu amante, sou apenas este teu desvairo apaixonante, que por sonhar demais já te ama sem que te tenha percebido.
 
                                                                                                                          *por romanticorebelde

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